Boas Práticas Agrícolas: garantia de segurança ambiental, do agricultor e do consumidor

Por Rafael Milleo, coordenador de Desenvolvimento de Mercado na Adama Brasil

09.10.2017 | 20:59 (UTC -3)

O Brasil tem um papel importante na produção de alimentos mundial, principalmente por sua localização privilegiada nos trópicos, que proporciona três fatores primordiais para a boa agricultura: terras, água e excelente clima. Aqui, diferentemente de outros grandes países produtores, temos mais de uma safra em diversas culturas. Com uma boa gestão, uso de ciência e tecnologia, os produtores agrícolas conseguem bater recordes de produtividade ano após ano. Mais que um orgulho para o País, o agronegócio é o setor que compõe a parte positiva da balança econômica nacional.

O desafio a ser enfrentado pelo agronegócio é que, cada vez mais, além da produção em escala, o mercado consumidor vai exigir o atendimento às exigências como produção sustentável, certificações necessárias e comprometimento com o meio ambiente. É fundamental, portanto, colocar em prática uma série de procedimentos conhecidos como Boas Práticas Agrícolas (BPA), que envolvem processos que garantem a segurança ambiental e do aplicador e a qualidade do produto final.

Neste cenário, o bom uso e manejo dos insumos é fundamental para o negócio do produtor rural, correspondendo a 60% dos gastos em uma propriedade, em média. Por isso os defensivos agrícolas são parte importante do processo de plantio e, quando utilizados corretamente, atuam como legítimos protetores do cultivo de forma efetiva, eliminando pragas, doenças e plantas daninhas de suas lavouras.

Tecnologia: aliada do agricultor nas Boas Práticas Agrícolas

As soluções tecnológicas desenvolvidas para a agricultura também têm se mostrado grandes aliadas do produtor na execução das BPA. Segundo dados da Confederação Brasileira de Agricultura de Precisão, a tecnologia já é utilizada em 67% das propriedades rurais do Brasil, seja para auxiliar na gestão da fazenda, seja para ajudar na hora da plantação e colheita.

Por meio das informações fornecidas por estações meteorológicas, aplicativos que identificam pragas/plantas daninhas/doenças e drones que identificam matocompetição, o agricultor deixa de aplicar um produto desnecessário na lavoura. Por meio dessas ferramentas e da acuracidade das informações oferecidas por elas, o agricultor consegue optar pelo produto certo, com aplicação da dose correta e na época certa. No caso dos defensivos agrícolas, as tecnologias ajudam até mesmo a evitar a criação de resistência de pragas e doenças.

Além de contar com a tecnologia, alguns fatores também são essenciais para garantir uma execução eficiente das Boas Práticas Agrícolas, como o manejo e conservação do solo para evitar erosões, a preservação dos recursos hídricos, o uso de produtos fitossanitários registrados para a culturas, o uso das doses recomendadas no rótulo do produto e a utilização de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).

7 dicas para boas práticas com defensivos

- Não compre produtos com embalagens rompidas  - Lembre-se de verificar se o lacre e o rótulo do produto estão em bom estado - Verifique o prazo de validade do produto  - Não compre produtos contrabandeados ou falsificados - Respeite o intervalo entre aplicações recomendado pelo fabricante, bem como a dose recomendada pelo técnico - Utilize o EPI para a aplicação do defensivo - Lave bem as embalagens de defensivos vazias (realizando a tríplice lavagem) e as destine à unidade de recebimento licenciada mais próxima ao seu endereço - Consulte sempre um Engenheiro Agrônomo

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