Helicoverpa armigera: manejar ou perder

A lagarta Helicoverpa armigera é uma praga extremamente agressiva, que se alimenta de mais de 100 tipos de plantas, tem grande capacidade migratória

03.10.2016 | 20:59 (UTC -3)

A lagarta Helicoverpa armigera é uma espécie-praga distribuída em toda a Ásia, Oceania, África e parte da Europa. Em muitos países destes continentes é considerada a praga mais importante, como em algodão na China, Índia, Paquistão e Austrália; em milho na Austrália e em hortaliças na Europa. Sua fase larval é extremamente agressiva, quando pode se alimentar de mais de 100 espécies de plantas de ocorrência natural ou cultivadas. A espécie apresenta resistência às variações do clima, como calor ou baixas temperaturas, além de ser pouco afetada pela seca. Apresenta grande prolificidade, ovipositando entre 300 ovos e dois mil ovos, viáveis em sua maioria. Completa seu ciclo de ovo a adulto em aproximadamente 30 dias sob temperatura de 25oC, resultando em grande capacidade de crescimento populacional e capaz de gerar surtos da praga, com grandes riscos aos cultivos agrícolas. Nos locais onde ocorre a praga, há sérias dificuldades no seu controle, especialmente por tolerar naturalmente muitos inseticidas e doses que controlam outras espécies. De outro lado, estas populações locais desenvolvem resistência para muitos inseticidas em uso nos cultivos, com grande rapidez. Este conjunto de características de Helicoverpa armigera coloca esta espécie como a mais importante e temida pela agricultura brasileira em todos os tempos, visto apresentar riscos a mais de 50 milhões de hectares e possivelmente alguns bilhões de reais, seja pelo aumento do uso de inseticidas ou pelas perdas impostas aos cultivos como soja, algodão, milho, outros cereais, tabaco, batata, tomate, hortaliças em geral etc.

Bioecologia de Helicoverpa armigera

Helicoverpa armigera apresenta muitas particularidades no seu desenvolvimento, que a tornam tão temida pelos produtores. O ciclo completo apresenta as fases de ovo, larva/pré-pupa, pupa e adulto, com período de desenvolvimento de 30 dias a 45 dias, que sob baixas temperaturas, pode ser mais longo. As mariposas colocam ovos isolados ou agrupados nas folhas, durante a noite, totalizando entre 300 ovos até mais de dois mil ovos. Os ovos são branco-amarelados, tornando-se marrom-escuros, próximo ao momento da eclosão da larva, que ocorre entre cinco dias e sete dias após a postura. As lagartas de primeiro e segundo instares são pouco móveis na planta e possuem coloração variando de branco-amarelada a marrom-avermelhada com cápsula cefálica de marrom-escuro a preta, medindo de 1,4mm a 4mm, respectivamente. Já as larvas de sexto instar podem chegar a 34mm de comprimento. A cor das lagartas depende da alimentação, sendo predominante do amarelo-palha ao verde com listras marrom na lateral do tórax, abdômen e na cabeça. O período larval varia de 17 dias a 35 dias.

A identificação de Helicoverpa armigera é muito difícil, inclusive nos últimos instares, entretanto, é possível separá-la dos outros grupos de lagartas da soja. Os heliotíneos têm um comportamento particular recurvando a cabeça e os segmentos abdominais em direção à região ventral, formando uma volta. Ao final da fase de lagarta, as larvas param de se alimentar e se deslocam até o solo, para pupar. Com a emergência do adulto, surgem as mariposas de Helicoverpa armigera, que apresentam asas dianteiras amareladas com uma série de pontos sobre as margens e uma mancha escurecida no centro da asa. As asas posteriores são mais claras com uma borda marrom-escura na sua extremidade apical.

A identificação morfológica dos adultos, pelo padrão das asas, permite separar Helicoverpa spp. de Heliothis virescens (que ocorre em todo o Brasil), entretanto, não permite separar as espécies de Helicoverpa, para as quais é necessário o exame da genitália, preferencialmente dos insetos machos. Este exame pode ser feito com insetos obtidos de criação e armadilha luminosa (machos e fêmeas) ou coletados nas armadilhas de feromônio sexual (somente machos). A identificação baseada nestes caracteres é realizada no Laboratório de Manejo Integrado de Pragas da Universidade Federal de Santa Maria (LabMIP-UFSM).

Comportamento e danos de Helicoverpa armigera

Os adultos de Helicoverpa armigera apresentam grande capacidade migratória, que pode ser comprovada pela sua expansão no Brasil, e pela rápida distribuição no Rio Grande do Sul, na safra 2013/14. A seleção do hospedeiro pelos adultos permite grande polifagia dessa espécie, cujas fêmeas são atraídas por culturas que possuem substâncias adocicadas e néctar nas flores. As lagartas se alimentam tanto de partes vegetativas quanto de reprodutivas de várias espécies de importância econômica. No Brasil, já foi relatada a presença da espécie em algodão, soja, milho, tomate, feijão, sorgo, milheto, guandu, trigo, crotalária, girassol, frutíferas, outras hortaliças, bem como em diversas plantas daninhas. Apresentam potencial de atacar muitas outras espécies vegetais, entre as quais está arroz, batata, tabaco, entre outras, todas de importância agrícola para o Brasil.

Na cultura da soja, apesar de se alimentarem de folhas e hastes das plantas, a preferência é por estruturas reprodutivas como botões florais, legumes e grãos. Os danos ocorrem desde quando as plantas estão emergindo, quando os cotilédones estão de fora e as folhas u

nifolioladas desenvolvendo-se, as lagartas seccionam as plantas sob ou sobre os cotilédones. A partir do estágio V3 a lagarta se comporta como desfolhadora e ataca o broto terminal. No período reprodutivo se alimenta tanto do botão floral quanto dos grãos, fazendo uma pequena abertura circular no legume justamente sobre o grão onde se alimenta. Helicoverpa gelotopoeon, que ocorre na Argentina, pode consumir entre oito grãos de soja e 15 grãos de soja, durante os dois últimos estágios larvais, demonstrando o grande potencial daninho dessa lagarta (Igarzábal, 2008). Esta espécie está presente no Sul do Brasil também e provavelmente divide espaços com H. armigera.


Helicoverpa armigera causando desfolha no período vegetativo e atacando o legume no período reprodutivo da soja

Danos de Helicoverpa armigera no legume da soja, perfurado no local do grão

Monitoramento de Helicoverpa armigera

O monitoramento das populações de Helicoverpa armigera é um procedimento-chave para o sucesso do manejo dessa praga. O acompanhamento da evolução populacional da praga, ao longo do ciclo das culturas e entre os cultivos, deve considerar os estágios de ovo, larva, pupa e adultos. É com base nesse monitoramento que serão definidas as estratégias de manejo, determinando a tomada de decisão sobre o uso do controle químico, a programação das pulverizações e a escolha de inseticidas e doses a serem empregados.

No monitoramento das mariposas (adultos) os fatores ambientais estão correlacionados com a captura da espécie e podem influenciar na eficiência do método usado. Os adultos podem ser monitorados por armadilhas luminosas que capturam machos e fêmeas ou com armadilhas com o feromônio sexual (Projeto LabMIP-UFSM e Nufarm Monitora safra 2013/14) que capturam somente machos. Com a captura das mariposas em armadilhas de feromônio e identificação positiva para Helicoverpa armigera, significa que nestas áreas pode haver acasalamentos e em seguida posturas pela população indicada nas armadilhas. Após a postura dos ovos, dentro de ± cinco dias a sete dias eclodem as lagartas que inicialmente são muito pequenas, consomem pouca área foliar e ficam protegidas da pulverização. Estes dados correlacionando a ocorrência de adultos e lagartas de Helicoverpa armigera foram comprovados em grão-de-bico, em que se observou resposta positiva dos indivíduos da população à temperatura e umidade relativa do ar elevada.

No Projeto LabMIP-UFSM e Nufarm Monitora - safra 2013/14, as armadilhas do tipo delta, iscadas com feromônio sexual Iscalure armigera ((Z)-9-hexadecenal (Z90C16Ald; (Z)-9-tetradecenal (Z9-C14Ald); (Z)-11-C16Ald), foram colocadas em áreas de soja de 47 municípios do Rio Grande do Sul. Em cada município foi escolhida aleatoriamente uma lavoura de soja e foi montada estrutura de madeira para suportar a armadilha de feromônio sexual. As armadilhas permaneceram no campo entre os dias 23 e 29 de novembro de 2013. Dos locais amostrados somente seis coletaram insetos. Os machos adultos foram dissecados no LabMIP-UFSM e pela genitália foi possível confirmar a espécie. Das armadilhas dos locais amostrados somente seis coletaram insetos. Os machos adultos foram dissecados no LabMIP-UFSM e pela genitália foi possível confirmar a espécie. As amostras positivas para Helicoverpa armigera foram de Ipiranga do Sul, Cruz Alta, Tupanciretã, Estrela Velha, Santa Maria, Rosário do Sul. Em novo conjunto de amostras, cujas armadilhas permaneceram no campo entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro de 2013, foram confirmadas positivas para Helicoverpa armigera as armadilhas de Entre Ijuís, Espumoso, Eugênio de Castro, Giruá, Santa Cruz do Sul, São Sepé, Santo Augusto, Soledade e Vacaria. Dois aspectos resultam destas constatações. O primeiro significa que em alguns dias após a comprovação da ocorrência dos adultos (entre dez dias e 15 dias) as lagartas poderão estar danificando a soja; e o segundo é a expansão da praga na lavoura de soja gaúcha, no mês de dezembro de 2013 com seus riscos e impactos à produção e à sustentabilidade. Como os resultados deste monitoramento são lançados a cada 14 dias, em um informe on-line da ocorrência e distribuição da praga, há ainda a necessidade de fazer o acompanhamento das populações de lagartas nas áreas, especialmente para verificar (1) se não havia populações anteriores; (2) o tamanho/estágio das lagartas; (3) as espécies e (4) principalmente a densidade e a distribuição da população.

Armadilha de feromônio sexual em lavoura de soja no Rio Grande do Sul, safra 2013/14

Desse modo, além do monitoramento de adultos com armadilhas, é necessária a verificação minuciosa das folhas e de toda a planta de soja desde o início do desenvolvimento até o final do ciclo, pelo menos duas vezes na semana, para a contagem e identificação de ovos e lagartas presentes e a definição da estratégia de manejo.

O LabMIP-UFSM recomenda o monitoramento da praga de formas distintas ao longo do ciclo da soja:

V1 – V3 àvistoriar 2m de fileira de soja (1m2), examinar minuciosamente as folhas e os brotos, contando ovos e lagartas;

V4 – Vnà fazer batida de pano tradicional em 2m de fileira de soja (1m2) e vistoriar minuciosamente as folhas e os brotos, contando ovos e lagartas, especialmente nos terços médio e superior da planta;

R1 – R4à fazer batida de pano vertical em 2m de fileira de soja (1m2) e vistoriar minuciosamente folhas, brotos, flores e legumes, contando lagartas, especialmente nos terços médio e superior da planta;

R5– R7àfazer batida de pano vertical em 2m de fileira de soja (1m2) e vistoriar minuciosamente os legumes, contando lagartas, especialmente nos terços médio e superior da planta;

Estas fases de monitoramento são propostas em função da fenologia da cultura, da área foliar da soja, da fase reprodutiva e da produção de legumes. Cada amostragem deve repetir-se em diversos pontos da lavoura de soja, de modo a representar os diferentes talhões e também as diferenças do manejo ali aplicado, permitindo uma visão geral da resposta de Helicoverpa armigera ao ambiente e ao manejo praticado na safra. Também esta separação em fases/formas de monitoramento deve anteceder especialmente os momentos tradicionais de pulverização da soja (Figura 1), seja para plantas daninhas e/ou para doenças. Por muito tempo estes problemas fitossanitários foram prioritários, entretanto, agora é necessário dar prioridade à praga que traz mais risco à lavoura de soja, ajustando o momento das pulverizações. A vistoria e a contagem dos ovos devem ser realizadas nas folhas, na haste central e nas hastes laterais; nas flores, legumes e especialmente nas brotações.

Para as lagartas, considerando as dificuldades de identificação em campo, devem ser coletadas, separadas por grupos (Anticarsia gemmatalis, Plusiinae, Spodoptera spp. e Heliothinae) e quantificadas com o objetivo de decidir o manejo a ser adotado. Os Heliotíneos, especialmente as Helicoverpa spp., podem ser enviados ao LabMIP-UFSM, onde serão criados até a fase adulta e identificados por espécie.

Figura 1 - Momentos e formas de monitoramento de Helicoverpa armigera e prováveis momentos de controle químico da praga em soja

Níveis de controle Helicoverpa armigera

O nível de controle para Helicoverpa armigera em soja encontra-se em estudo e ainda não foi estabelecido no Brasil. Com base na experiência de outros países como a Argentina e para outras espécies de Helicoverpa que atacam frutos e grãos, é possível estimar que os valores dos níveis de controle serão muito baixos, ou seja, poucas lagartas/m2 devido à agressividade da praga.

Por medida de precaução até o desenvolvimento dos estudos de níveis de controle para a soja brasileira, variando para cultivares, custo do tratamento e expectativa de produção, o LabMIP-UFSM recomenda a adoção destes valores.

Controle químico de Helicoverpa armigera

Com a ocorrência da lagarta Helicoverpa nas lavouras brasileiras, surgiram muitas dúvidas sobre o manejo desta praga. Inicialmente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) liberou o uso de inseticidas registrados nas culturas para outras espécies e estuda outras medidas para diminuir os riscos e a insegurança pela falta de alternativas de manejo. Para o controle químico, na falta de conhecimento da praga no País e nas nossas culturas, um dos pontos mais delicados é prever como irão se comportar os inseticidas, quais as doses eficientes e por quanto tempo serão eficazes. Um parâmetro emergencial que se pode utilizar nesse caso é a consulta de trabalhos realizados em outros países, com culturas semelhantes e, dessa forma, ter uma base com maior respaldo sobre quais as melhores alternativas para o controle da praga na cultura da soja nessa safra, aqui no Brasil.

Há inseticidas de praticamente todos os grupos de modos de ação, que controlam a lagarta Helicoverpa, tais como os organofosforados, os carbamatos, os piretroides, as spinosinas, as avermectinas, as oxadiazinas, as diamidas antranílicas, entre outros. Entretanto, há muitos inseticidas que necessitam de doses elevadas para controlar a praga, inviabilizando o seu uso; e outros para os quais a praga já desenvolveu resistência em muitos locais, como especialmente os inseticidas piretroides, para os quais há muita restrição de uso em muitos países. A Tabela 1 lista alguns dos inseticidas mais utilizados e mais eficientes para Helicoverpa armigera, avaliados em algodão e em bioensaios de laboratório. Os resultados permitem estimar que em soja é possível utilizar doses próximas ou abaixo das avaliadas, visto que em muitos destes experimentos se obteve eficiência de controle acima de 90%, permitindo resultados mais seguros.

Tabela 1 - Inseticidas e doses usados para o controle de Helicoverpa armigera em algodão em diversos países do mundo.

Ingrediente ativo

Concentração

Dose

Local dos ensaios

Fonte

Espinosade

480g/L

50 até 100 ml/ha

Austrália

Paquistão

FS-IRMS

Tarik et al, 2005

Indoxacarb

150g/L

400 até 800 ml/ha

Austrália

Paquistão

FS-IRMS

Tarik et al, 2005

Emamectina

17g/L

500 até 700 ml/ha

Austrália

França

Paquistão

FS-IRMS/Iain R Kay, 2007

Brévault et al, 2009

Ahmad et al, 2003

Clorantraniliprole

200g/L

150 até 250 ml/ha

Austrália

Farming Systems Insecticide Resistance

Management Strategy

(FS-IRMS)

Metomil

215g/L

1000 até 2000 ml/ha

Austrália

França

Paquistão

FS-IRMS/Iain R Kay, 2007

Achaleke et al, 2008

Tarik et al, 2005

Metoxifenozida

240g/L

1700 até 2500 ml/ha

Austrália

França

FS-IRMS/Iain R Kay, 2007

Achaleke et al, 2008

Ingrediente ativo

Concentração

Dose

Local dos ensaios

Fonte

Espinosade

480g/L

50 até 100 ml/ha

Austrália

Paquistão

FS-IRMS

Tarik et al, 2005

Indoxacarb

150g/L

400 até 800 ml/ha

Austrália

Paquistão

FS-IRMS

Tarik et al, 2005

Emamectina

17g/L

500 até 700 ml/ha

Austrália

França

Paquistão

FS-IRMS/Iain R Kay, 2007

Brévault et al, 2009

Ahmad et al, 2003

Clorantraniliprole

200g/L

150 até 250 ml/ha

Austrália

Farming Systems Insecticide Resistance

Management Strategy

(FS-IRMS)

Metomil

215g/L

1000 até 2000 ml/ha

Austrália

França

Paquistão

FS-IRMS/Iain R Kay, 2007

Achaleke et al, 2008

Tarik et al, 2005

Metoxifenozida

240g/L

1700 até 2500 ml/ha

Austrália

França

FS-IRMS/Iain R Kay, 2007

Achaleke et al, 2008

Um dos pontos mais importantes com relação ao controle químico de Helicoverpa armigera é a tecnologia de aplicação. Como essa espécie-praga ocorre desde muito cedo nas lavouras de soja (V1) até estágios finais de enchimento de grão (R6), os parâmetros para a pulverização de inseticidas não podem ser os mesmos nos distintos momentos. Deve-se considerar que existem três diferentes momentos de controle desta praga (Figura 1). O primeiro momento (V1 até V3), quando o principal fator limitante é a pequena área foliar da cultura e o rápido crescimento da planta, o que pode tornar algumas pulverizações pouco eficientes, como aquelas que utilizam piretroides, IGRs, entre outros que necessitam ser depositados e ingeridos para agir. O segundo momento (V4 até Vn), que é possível considerar como um dos mais importantes momentos de controle da praga, com o objetivo de impedir um estabelecimento da população, antes do fechamento da entre linha da cultura. Por fim, as aplicações de inseticidas realizadas depois do florescimento até o período final do enchimento de grãos (R1 até R7) requerem uma eficiente cobertura de gotas, principalmente porque após o aparecimento de legumes a praga passa a atacar preferencialmente essas estruturas, que se encontram distribuídas nos terços inferior, médio e superior das plantas. Para que o controle seja eficiente durante o ciclo da cultura, é necessário ajustar o volume de calda, especialmente nas associações com herbicidas ou fungicidas.

A ocorrência e o impacto da lagarta Helicoverpa armigera podem trazer muitos prejuízos econômicos, ambientais e até de sustentabilidade da cultura da soja no Brasil, porém, este sério problema vai permitir o desenvolvimento de novas práticas e novas tecnologias, com o aperfeiçoamento do manejo de pragas da soja. O produtor de soja é quem pode sofrer as maiores perdas, enquanto a pesquisa oficial e a administração pública trabalham a uma velocidade muito inferior à expansão da praga e dos riscos que carrega. Dentre os registros importantes e indispensáveis deste momento, está a convicção de que não haverá soluções milagrosas, oriundas da soberba científica, da pressa ou da imprudência. As soluções eficazes e duradouras para o problema de Helicoverpa armigera só podem vir do trabalho coletivo e cooperativo, da colaboração e da experiência internacional com a agricultura brasileira.


Clique aqui para ler o artigo na Revista Cultivar Grandes Culturas, edição 177.

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