Mais produção

Os bioativadores são capazes de aumentar a qualidade dos frutos. Veja as vantagens dessa técnica.

10.11.2015 | 21:59 (UTC -3)

As culturas do tomate e da batata são de maior importância mundial. Segundo o IBGE, estima-se, atualmente, uma área de aproximadamente 55.000 hectares ocupados pela cultura do tomate no Brasil, sendo 27 % dessa área de plantio destinada à indústria e 73% ao consumo “in natura”.

Com a modernização da agricultura, vários avanços nas técnicas de cultivo têm sido obtidos, visando atenuar os fatores limitantes da produção tais como o clima, temperatura, pragas entre outras. A fisiologia vegetal é um dos campos da ciência agronômica que tem promovido grandes avanços nos últimos anos através do advento de modernas técnicas como a produção de plantas por cultura de tecidos, manipulação genética e biotecnologia. Dentre essas modernas técnicas, a utilização de bioativadores que visam aumentar o potencial produtivo das plantas, é uma prática de uso crescente na agricultura moderna e amplamente difundida nos países altamente tecnificados, citando como exemplo os Estados Unidos, Espanha, Chile, México e Itália.

Vantagens dos bioativadores

Os bioativadores são substâncias naturais de origem vegetal que possuem ações semelhantes aos principais reguladores vegetais, visando o crescimento e desenvolvimento da planta. Proporcionam um melhor equilíbrio fisiológico, favorecendo uma maior aproximação ao potencial genético da cultura.

Os bioativadores, quando aplicados às plantas, modificam ou alteram vários processos metabólicos e fisiológicos específicos das mesmas como: aumento da divisão e alongamento celular; estímulo da síntese de clorofila; estímulo da fotossíntese; diferenciação das gemas florais; aumento da vida útil das plantas, amenizando os efeitos das condições climáticas adversas bem como aumentando a absorção de nutrientes; aumento na fixação (pegamento) e no tamanho dos frutos.

Segundo Varga & Bruinsma (1981), a produção do tomateiro não é determinada pelo número de flores formadas, mas sim pela porcentagem de frutos fixados e pelo tamanho dos mesmos. Fatores como temperatura noturna elevada, doenças, pragas, excesso e deficiência de nitrogênio interferem na fixação dos frutos do tomateiro (Filgueira, 2000). Um outro problema encontrado pelos tomaticultores é a produção de frutos pequenos, de baixo valor comercial, principalmente nos cachos terminais; o que dificulta a comercialização.

Vários trabalhos têm demonstrado que os reguladores vegetais e compostos com atividades afins estão intimamente relacionados aos processos de fixação e desenvolvimento dos frutos de tomate ( Castro, 1990; Tunkay, 1999; Al-Shahhaf, 2000; Ozguven et al., 1998; El-Habbacha et al., 1999; Shittu & Adeleke, 1999).

No Brasil, o uso de bioativadores começa a ser explorado e vários experimentos têm demonstrado que essas substâncias têm proporcionado aumentos significativos na produtividade e, principalmente, na qualidade, onde se tem observado incrementos significativos na quantidade de frutos maiores (tipo 2A), sendo este um dos maiores objetivos perseguidos pelos tomaticultores, pois geram sempre maior lucratividade.

A foto de abertura mostra o efeito das aplicações do bioativador Biozyme TF sobre a produtividade dos frutos de tomate “Carmen”. Observa-se um aumento de aproximadamente 30% na produtividade total em relação à testemunha, na dosagem de 240 ml/100 l (Gráfico 1 -

).

A foto ao lado mostra o incremento de 75% no número de caixas com frutos do tipo 2 A, na dosagem de 240 ml/100 l de água, comparado à testemunha ( Gráfico 2).

Os resultados acima referem-se a 9 colheitas realizadas no experimento e se confirmam em outros trabalhos realizados no ano de 2001.

Chryz Melinski Serciloto,

Mestre em Fisiologia e Bioquímica de Plantas Coord. Desen. GBM

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