Abiove apresenta ações de sustentabilidade a empresários chineses

Exemplo recente do fortalecimento do intervencionismo estatal chinês foi a realização de investimento em empresas internacionais de originação de soja em grão

09.12.2015 | 21:59 (UTC -3)
Abiove

Uma delegação de 13 executivos de corporações chinesas - Cofco, China Soy Association, Hopefull Group, Jiusan Group, Sinograin, Chongqing Grain Group, CP Group, Shandgong Scents, Shandong Shengquan e Fundação Moore –, acompanhada de diretores da TNC, Solidaridad, WWF-US e do Paulson Institute, participou na última segunda-feira (7/12) de uma tarde de palestras em São Paulo sobre a sustentabilidade da soja brasileira e os avanços na governança ambiental do País.

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Carlo Lovatelli, apresentou as ações estratégicas da cadeia da soja para melhorar a sustentabilidade, a exemplo da Moratória da Soja e do Programa Soja Plus, que ilustram o compromisso setorial em ofertar ao mercado internacional um produto de origem sustentável.

Fabio Trigueirinho, secretário-geral da Abiove, falou sobre a competitividade do agronegócio soja do Brasil – atendimento à ampliação da demanda da China.

Bernardo Pires, gerente de sustentabilidade, explicou o desafio de conciliar a produção de alimentos com a conservação da biodiversidade. Apresentou, também, as exigências do novo Código Florestal e a melhoria significativa da governança pública ambiental nos últimos dez anos.

Os dirigentes da Abiove ressaltaram a importância de a China importar mais produtos com valor agregado do Brasil, como farelo de soja e óleo. O Estado chinês tem uma política clara de apoio à agregação de valor e à geração local de emprego, por meio de um conjunto de medidas: escalada tarifária, investimento governamental na indústria, fornecimento de matéria-prima pelo governo.

Exemplo recente do fortalecimento do intervencionismo estatal chinês foi a realização de investimento em empresas internacionais de originação de soja em grão. A China também protege o seu mercado de valor agregado com barreiras técnicas e sanitárias.

David Cleary, diretor de agricultura da TNC, diz que o objetivo da missão é informar aos compradores chineses sobre a origem da soja brasileira, cujas exportações são destinadas majoritariamente para a China. “Queremos que os chineses conheçam as iniciativas de sustentabilidade na sojicultura, que fazem do Brasil o país mais avançado na América do Sul nessa matéria”.

Na China foi constituído o Grupo de Trabalho da Sustentabilidade da Soja, formado por empresas importadoras e pelas ONGs TNC, Solidaridad e WWF.

A China importa soja também da Argentina e do Paraguai, países que a missão visitará em 2016. Segundo Cleary, é importante que os importadores chineses façam a comparação entre os três países e cobrem de argentinos e paraguaios “o mesmo grau de empenho do Brasil”.

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