Academia Bayer de Inovação promove intercâmbio de informações entre os países da América Latina

Pela primeira vez na Bolívia, pesquisadores da Academia Bayer de Inovação Fitopatologia se reúnem para discutir os desafios da agricultura na América Latina

21.02.2017 | 20:59 (UTC -3)
Patricia Mitsumoto

A soja tem um grande peso na balança comercial dos brasileiros e latino-americanos e impulsiona o debate em torno dos principais avanços na pesquisa para combater pragas e doenças que atacam as lavouras e, dessa forma, contribuir com a produtividade no campo. Com isso em mente, a Bayer reune os integrantes da Academia Bayer de Inovação do Brasil, com pesquisadores da Argentina, Bolívia e Paraguai, entre os dias 20 e 22 de fevereiro em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia).

Na oportunidade, irão debater as principais doenças da cultura da soja, os métodos de manejo de doença e a constante busca por soluções sustentáveis no campo científico. A ideia é realizar o intercâmbio de informações entre os países da América Latina a partir de soluções e estratégias realizadas no Brasil, que podem contribuir para o manejo integrado nos demais países latinos.

As plenárias vão se estender a partir do tema “soja sem fronteiras”. Especialistas em fitopatologia irão mostrar a importância da troca de conhecimento entre países vizinhos em relação ao manejo de resistência e a preservação das ferramentas de controle, já que os problemas enfrentados nas lavouras são semelhantes.

De acordo com o Gerente de Desenvolvimento Avançado de Fungicidas da Bayer, Rogério Bortolan, este encontro será importante para que pesquisadores de diferentes países compartilhem informações e experiências sobre os problemas e soluções no campo. “Esperamos ouvir, debater e fomentar o uso das melhores estratégias de controle de doenças da soja, assim, garantir a preservação das ferramentas, principalmente dos fungicidas, almejando sempre uma produção mais sustentável, uma vez que o Brasil tem sido protagonista nos estudos sobre o manejo de doenças da soja”, destaca.

Além de discutir as práticas de manejo por meio de plenárias de especialistas nacionais e internacionais, os participantes irão conhecer os ensaios de fungicidas em soja no Centro Experimental da Bayer na Bolívia e depois seguirão para uma visita a campo, em um importante produtor boliviano.

O Pesquisador da Embrapa, Dr. Maurício Meyer, um dos integrantes da Academia, ressalta que a ferrugem asiática é um dos principais problemas enfrentados na lavoura nos países da América Latina e, para combater o fungo, é necessário canalizar o plantio, usar fungicidas com diferentes princípios ativos e respeitar o período de vazio sanitário. “No entanto, assim como a soja não tem fronteira, o fungo também não, por isso é necessário praticar um manejo integrado”, explica Meyer.

De acordo com o Gerente de Alianças da Divisão Crop Science da Bayer, Renato Luzzardi, a Academia Bayer de Inovação reúne mais de 130 dos principais pesquisadores agrícolas do Brasil e tem por objetivo aproximar a empresa dos acadêmicos, estimular a troca de informações e gerar projetos de pesquisa compartilhados, com o propósito de identificar e desenvolver soluções inovadoras para as necessidades da agricultura na América Latina.

“Ao longo de seis anos de existência, a plataforma uniu os principais pesquisadores, instituições e empresas brasileiras e colecionou sucessos de desenvolvimento de tecnologias com foco na sustentabilidade e produtividade. A ideia é ampliar a iniciativa para a região”, comenta Luzzardi.

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