Aprosoja acompanha missão internacional da ISGA na Europa

A missão tem por objetivo discutir biotecnologia e acesso do mercado europeu para soja geneticamente modificada, bem como entender as demandas por esse produto

18.11.2015 | 21:59 (UTC -3)
Aprosoja

O diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Wellington Andrade, acompanha uma missão internacional da International Soybean Growers Alliance (ISGA), em português Aliança Internacional dos Produtores de Soja, com o objetivo de discutir biotecnologia e acesso do mercado europeu para soja geneticamente modificada, bem como entender as demandas por esse produto.

A ISGA representa produtores de soja, e também indústrias pertencentes à cadeia, dos Estados Unidos, Brasil, Argentina, Canadá, Uruguai e Paraguai. De acordo com Andrade, as discussões giram principalmente em torno do atraso na aprovação de novas biotecnologias na Europa e no opt-out de uso de produtos importados e geneticamente modificados. Opt-out é uma discussão feita atualmente na União Europeia para restrição ou proibição de importação de produtos geneticamente modificados pelos países membros.

Na última terça-feira (17/11), o grupo participou de quatro reuniões. A primeira foi com representantes agrícolas das embaixadas do Brasil, Estados Unidos, Argentina e Paraguai. A segunda com a OVID, uma associação alemã de produtores de óleos vegetais semelhante à Abiove. A terceira com Kees de Vries, representante do Partido Cristão do Parlamento Alemão. O quarto encontro foi com a Federação Alemã para Assuntos Legais e Científicos sobre Alimentação.

“Fizemos a reunião com o Partido Cristão porque, ao contrário dos partidos Verde e Socialista, o Cristão tende a compreender e apoiar produtos geneticamente modificados, desde que tenham o apoio da cadeia”, explica Wellington Andrade.

A questão do opt-out, segundo Andrade, é o ponto mais abordado e questionado durante os encontros. Isso se deve ao fato de que 95% de toda a soja produzida pelos membros da ISGA é geneticamente modificada.

“Todas as pessoas com as quais conversamos nas reuniões entendem que essa discussão hoje na Europa é eminentemente política, mas creem que a questão do opt-out para restrição ou proibição de uso de produtos importados e geneticamente modificados tende a se esvaziar, principalmente porque não condiz com as regras de mercado interno e nem com o comércio internacional. A Alemanha, em especial, tende a rejeitar esta proposta”, avalia o diretor executivo.

A missão

A missão da ISGA continua na Europa até sexta-feira (20/11). Além da Alemanha, o grupo visita a Dinamarca e a Bélgica, e nesta quinta-feira (19/11), Wellington Andrade profere uma palestra e participa de um painel no evento GMCC-15 em Amsterdam, sobre a coexistência de produtos geneticamente modificados e não-geneticamente modificados.

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