​Aprosoja discute Zoneamento Agrícola de forma inédita

Juntamente com Embrapa, reunião na quinta-feira (15) promoveu troca de informações entre produtores e entidades

16.09.2016 | 20:59 (UTC -3)
Ascom Aprosoja

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) se uniram na quinta-feira (15) para discutir com produtores rurais de mais de oito municípios do Estado e representantes de ambas entidades o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc).

O Zoneamento é um instrumento de política agrícola e gestão de riscos na agricultura, criado em 1996, então para a cultura do trigo. Atualizado anualmente, o estudo é elaborado com o objetivo de minimizar os riscos relacionados aos fenômenos climáticos e permite a cada município identificar a melhor época de plantio das culturas, nos diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares.

Inédita, a discussão em Mato Grosso incluiu temas como a redefinição do calendário de plantio no Estado, cultivares e recomendações gerais. O objetivo é que a troca de informações entre produtores e entidades como Aprosoja e Embrapa possibilitem mais segurança ao produtor e também melhor planejamento da safra.

“A seca deste ano foi um grande e grave fator para que pudéssemos, pela primeira vez em mais de 20 anos da criação do Zoneamento, escutar e entender as problemáticas que o produtor passa. A partir da redefinição de um calendário de plantio o produtor, por exemplo, pode ter mais segurança na hora da compra de sementes ou do recolhimento do seguro rural”, afirma o presidente da Aprosoja, Endrigo Dalcin.

De acordo com o diretor técnico da Aprosoja, Nery Ribas, o encontro foi o primeiro passo. “Essa troca de informações é essencial para entendermos e registrarmos que cada região tem suas especificidades e isso deve ser levado em conta. Precisamos diminuir os riscos”, alerta.

Metodologia – Atualmente, para elaborar o estudo de Zoneamento, são analisados os parâmetros de clima, solo e de ciclos de cultivares, a partir de uma metodologia validada pela Embrapa e adotada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Desta forma são quantificados os riscos climáticos envolvidos na condução das lavouras que podem ocasionar perdas na produção. Esse estudo resulta na relação de municípios indicados ao plantio de determinadas culturas, com seus respectivos calendários de plantio.

Hoje, os estudos de zoneamentos agrícolas já contemplam 40 culturas, segundo informações do Mapa, sendo 15 de ciclo anual e 24 permanentes, além do zoneamento para o consórcio de milho com braquiária, alcançando 24 Unidades da Federação. O documento recebe revisão anual e é publicado na forma de portarias, no Diário Oficial da União e no site do Ministério.

Participantes – A reunião de quinta-feira (15), além da presença de Endrigo Dalcin e Nery Ribas, contou com a participação do gerente de Política Agrícola da Aprosoja, Frederico Azevedo; dos analistas de Defesa Agrícola da Aprosoja, Eduardo Vaz e Chantal Gabardo; do estagiário de Defesa Agrícola da Aprosoja, Márcio Junior; do pesquisador da Embrapa, Cornélio Zolin; do pesquisador do Cearpa, Pedro Guesser; do gestor do Imea, Angelo Ozelame, e do analista, também do Imea, Tiago Assis.

Os Núcleos da Aprosoja que tiveram representantes foram Sorriso, Água Boa, Campo Novo do Parecis, Tapurah, Nova Mutum, Diamantino, Tangará da Serra e Primavera Do Leste.

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