​Aumento na produção de milho e soja ganha destaque no Noroeste gaúcho

Dia de Campo promovido pelo Clube da Irrigação apresenta ferramentas como a agricultura de precisão

23.01.2017 | 21:59 (UTC -3)
Rejane Costa e Emerson Alves

Dia de Campo tradicionalmente conhecido como "Tour Verde e Amarelo" realizado pelo Clube da Irrigação ocorre no próximo dia 27 de janeiro na propriedade AJ Moreno, em Santo Ângelo, na região Noroeste do Rio Grande do Sul. Com o tema “Manejo para altas produtividades de milho e soja”, o evento vai contar com todas as empresas que compõem o Clube, criado em 2010, por iniciativa da Comissão de Irrigantes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), com a colaboração da Dekalb, divisão de sementes de milho do grupo Monsanto. O Dia de Campo é gratuito e aberto para produtores e seus colaboradores.

Conforme o presidente do Clube da Irrigação e chefe da Divisão Técnica do Senar/RS, João Augusto Telles, o objetivo é visitar uma propriedade para mostrar a parte vegetativa da soja e a colheita do milho sobre pivô central e irrigação. “Para esse ano a expectativa é muito boa, principalmente para a lavoura de milho, que segundo relatos dos nossos técnicos, deve superar o desafio atingindo uma produtividade acima das 300 sacas/ha em alguma área dentro do pivô”, projeta.

A ideia é que cada empresa participante do Clube demonstre para os produtores irrigantes e não irrigantes o que está sendo feito nas propriedades associadas. Telles destaca que atualmente, a irrigação está em todo Estado. “A irrigação começou na região Noroeste, que detinha 80% da área irrigada por pivô. Mas agora a realidade é outra, ela está em todas as regiões, na metade Sul, Centro, Planalto, Norte, além da Noroeste”, afirma.

Diante da expansão da irrigação no Rio Grande do Sul, Telles também ressalta o aumento da diversificação do uso da irrigação em diferentes culturas. “Em Uruguaiana e São Borja, existe um trabalho muito forte de bovino de corte com pastagem irrigada. E se contarmos a irrigação de modo geral podemos incluir a fruticultura e olivicultura”, observa.

Telles reforça que nos primeiros anos de trabalho do Clube da Irrigação foram implantadas áreas experimentais cultivadas com milho e irrigadas com pivô central em propriedades rurais na metade norte do Estado, onde foram obtidos picos de produtividade de até 280 sacos por hectare. Com o objetivo de oferecer aos produtores rurais irrigantes um conjunto de ferramentas que possibilitem aumentar a eficiência no campo com sustentabilidade, o Clube foi agregando novas empresas e traçou um desafio para seus parceiros: atingir uma produtividade de 300 sacos por hectare de milho e 120 sacos por hectare na soja. A partir de 2013, juntaram-se gradualmente ao time as empresas Mosaic, Intacta RR2 PRO e Sistema Roundup Ready Plus, a Bayer CropScience, Stara, Fockink, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e a Falker, referência em Agricultura de Precisão.

O diretor da Falker, Marcio Albuquerque, afirma que, com a orientação disponibilizada pelo conjunto de empresas, o produtor tem conseguido alcançar incrementos de mais de 15% de produtividade nas áreas sob orientação do Clube. Salienta que neste momento quatro áreas, duas de soja e duas de milho, estão sendo trabalhadas, metade produz conforme as determinações do Clube e a outra metade do pivô utiliza o manejo já implementado pelo produtor.

A Falker estará participando do Tour Verde e Amarelo apresentando suas tecnologias para medição de compactação do solo, em uso no Clube da Irrigação, e também o sistema FarmLink. “Na safra 2016/2017, o sistema foi instalado pela primeira vez em uma área do Clube, permitindo um acompanhamento contínuo da irrigação da área”, explica Albuquerque.

Telles lembra que a agricultura de precisão é fundamental na irrigação e uma grande parceira na busca pela ampliação de produtividade com os mapas de colheita, mapas de coleta de solo que identificam onde é preciso melhorar, qual a taxa de adubação, ou seja, são técnicas e equipamentos que auxiliam no ajuste fino perseguido pelo produtor rural. “Acredito que esse instrumento que é a agricultura de precisão e essas tecnologias embarcadas nas máquinas irão facilitar as tomadas de decisão tanto de plantio como de colheita”, sinaliza.



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