Axial-Flow Série 130 é o maior lançamento dos últimos anos da Case IH no Brasil

A nova linha de colheitadeiras tem motores eletrônicos FPT Industrial que apresentam até o dobro de reserva de potência

29.02.2016 | 20:59 (UTC -3)
Elaine Prada

A Case IH acaba de lançar a evolução do sistema de colheita axial com as novas máquinas Axial-Flow Série 130, composta de quatro modelos: 4130 (da classe 5), 5130 e 6130 (da classe 6) e 7130 (da classe 7). As classes 5,6 e 7 são usadas em todas as regiões do Brasil e representam mais de dois terços do mercado de colheitadeiras de grãos no país. Atualmente, a tecnologia axial está presente em aproximadamente 70% das máquinas vendidas. O sistema axial foi introduzido no Brasil de forma pioneira pela fabricante na década de 90.

O lançamento da Série 130 é um dos maiores da história da fabricante no Brasil. Foram investidos 40 milhões de dólares no desenvolvimento do projeto, testes de campo e na preparação de uma linha de montagem exclusiva na fábrica de Sorocaba, no interior de São Paulo. “Estamos renovando a linha de maior sucesso da marca, com o sistema Axial-Flow, que já é reconhecido e aprovado pelo produtor rural, por isso nosso compromisso em apresentar uma solução ainda melhor, mais completa e eficiente era muito grande”, afirma Mirco Romagnoli, vice-presidente da Case IH para a América Latina.

Na nova linha os motores mecânicos foram substituídos por motores eletrônicos FPT Industrial, cuja reserva de potência pode chegar ao dobro do principal concorrente; o rotor Small Tube apresenta um volume 26% maior para o processamento de grãos, comparado ao modelo anterior, e as áreas de peneiras são as maiores da categoria.

Desenvolvida sob o conceito Efficient Power da Case IH, que oferece recursos tecnológicos para o agricultor produzir mais com custos operacionais menores, a Série 130 chega ao mercado apresentando as seguintes vantagens: maior produtividade da categoria, colheita fácil em qualquer condição, melhor qualidade de colheita e maior disponibilidade e ainda o menor custo operacional.

“Além de novos motores e rotores, nós pensamos em todos os detalhes que fizessem a máquina colher mais em qualquer condição de trabalho, apresentando grãos mais limpos e inteiros, e que facilitassem a rotina do operador na hora dos ajustes e manutenção”, diz Christian Gonzalez, diretor de Marketing da Case IH para a América Latina.

Principais diferenciais

Motor- A Série 130 vem equipada com novos motores eletrônicos (FPT NEF 6 para os modelos 4130 e 5130 e FPT Cursor 9 para os modelos 6130 e 7130) de até 378 cavalos e com até o dobro de reserva de potência dos modelos atuais do mercado. Essa característica permite que a máquina tenha resposta mais rápida para ganhar potência e torque, mantendo a velocidade de colheita, de rotação do industrial e do processamento dos grãos mesmo quando as condições de colheita são difíceis, como nos casos de soja com talo verde ou material úmido.

Com a mudança na motorização, os testes de campo mostram que o equipamento Case IH é até 10% mais produtivo e consome 11% menos combustível, quando comparado ao principal concorrente, como é o caso do modelo 5130.

Além de mais potentes e econômicos, os motores, com sistema de injeção Common Rail, são menos poluentes. Um dispositivo de recirculação interna dos gases de exaustão diminui a quantidade de emissões no meio ambiente. Por isso, as novas colheitadeiras já foram homologadas de acordo com as normas Tier III, que controlam os níveis de poluentes emitidos pelas máquinas e entrarão em vigor no Brasil em 2017.

O sistema de arrefecimento recebeu uma tela estacionária, cujo funcionamento a vácuo garante ar de admissão e refrigeração mais limpo, prolongando a vida útil dos filtros de ar do motor.

Para suportar o aumento de produtividade, o conjunto de acionamento da Série 130 foi redesenhado. A caixa de transmissão (PTO) foi redimensionada e a correia do motor aumentou em 33% a capacidade de carga.

O tanque de combustível, que aumentou em 40% a capacidade de armazenamento em relação à linha Axial-Flow atual, oferece maior autonomia ao operador na hora da colheita.

Rotor - O sistema Axial-Flow, reconhecido por preservar a qualidade dos grãos e reduzir as perdas, foi aprimorado na Série 130. Os modelos 5130, 6130 e 7130 receberam o novo rotor Small Tube, cujo espaço da área de debulha e separação ficou 26% maior. A mudança aumenta em até 5% a capacidade operacional da máquina em condições de colheita adversas, que exigem mais do equipamento.

“O Small Tube tem um diâmetro menor e gengivas maiores, por isso o contato entre os grãos colhidos e a máquina diminui, preservando a qualidade do material”, explica Roberto Biasotto, gerente de Marketing de Produto da Case IH. O novo rotor também contribui para aumentar a janela de colheita.

O alimentador das colheitadeiras, que é a porta de entrada do material colhido, teve o seu comprimento aumentado para se adaptar aos índices de produtividade maiores da nova série. Além disso, o tensionamento da correia do alimentador passou a ser automático, via cilindro hidráulico, possibilitando que o operador faça o ajuste sem precisar sair da cabine e ainda mantenha a velocidade de operação da máquina constante.

Outro item que colabora para melhorar o índice de produtividade é a nova mesa de sem fim, responsável por transportar e distribuir o material separado e debulhado pelo rotor. Na Axial-Flow 4130 houve um acréscimo de 13% na capacidade de transporte e distribuição, e nas versões 5130, 6130 e 7130 o aumento chegou a 26%.

Nas novas axiais cada mesa de sem fim alimenta uma seção de peneira, contribuindo para aumentar a limpeza do material colhido, mesmo em velocidades mais rápidas. Com área de peneira até 42% maior que o do principal concorrente, as colheitadeiras da Série 130 tornam-se as maiores do mercado (em termos de tamanho) na categoria de potência média.

Para o resíduo da colheita, a Série 130 oferece duas opções: o picador de lâminas fixas, que pica o material em tamanhos médios de 9 cm, e o de lâminas móveis, que deixa as partículas com 3 cm, em média, recomendado para a triticultura. “Essa diferença de tamanho tem um grande impacto no cultivo do trigo porque se a palhada não for bem triturada nas condições de alta umidade, pode causar problemas durante o plantio, como o embuchamento das plantadeiras”, acrescenta Biasotto.

Manutenção - O novo tanque graneleiro, com capacidade para armazenar até 10.600 litros, teve a cobertura redesenhada e ganhou uma extensão em lona na parte interna, evitando a entrada de chuva e reduzindo as perdas. A limpeza e manutenção estão mais simples porque não é necessário o uso de travessas de estruturação.

Outra novidade relacionada ao sistema de armazenamento e transporte é o aumento da vazão do tubo de descarga, até 46% maior do que o principal concorrente. Também ficou mais fácil fazer o descarregamento com a máquina em movimento, devido ao aumento do comprimento dos tubos de descarga. A biqueira maior evita o desperdício de grãos nessa etapa da operação.

A Série 130 traz um design moderno e prático, pensado para facilitar a manutenção e a rotina do operador. Entre os detalhes está a inclusão de luzes internas em toda a carenagem da colheitadeira, para facilitar os serviços de manutenção mesmo quando feitos à noite.

Além de mais fácil, a manutenção das novas colheitadeiras também visa reduzir os gastos para o produtor rural. No total, 15 itens tiveram a frequência de manutenção estendida, 11 deles com impacto direto nos custos, como óleo do motor, o que reduzem 27% o tempo de manutenção.

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