Bunge Brasil reduz consumo de água em fábrica do Jaguaré/SP

A ação, combinada com outras providências para evitar desperdício e vazamentos, resultou na redução de 40% na captação e tratamento de água até o final de 2014

30.11.2015 | 21:59 (UTC -3)
Raissa Noronha

Com a intenção de se adaptar ao cenário de crise hídrica vivenciado por São Paulo e promover ações dentro do princípio de sustentabilidade, a Bunge Brasil, uma das maiores empresas de agronegócio e alimentos do país, decidiu reaproveitar os efluentes líquidos gerados pela estação de tratamento da fábrica de Jaguaré, na cidade de São Paulo. A ação, combinada com outras providências para evitar desperdício e vazamentos, resultou na redução de 40% na captação e tratamento de água até o final de 2014.

Para chegar a esse resultado, a empresa contou com o know-how da Veolia Water Technologies, líder mundial na prestação de serviços relacionados ao tratamento de água e efluentes líquidos. Em 2013, a Veolia forneceu à Bunge uma unidade móvel com a tecnologia Actiflo para auxiliar no reuso das águas geradas na estação de tratamento.

No início da locação da tecnologia, o consumo específico de água no parque industrial era de 2,39 m³/ton de produtos acabados. Em 2014, com a reutilização, o consumo específico alcançou uma média de 1,46 m³/ton, o que propiciou uma economia significativa de água e redução dos efluentes líquidos gerados. O objetivo da implantação do sistema de reuso foi reaproveitar o efluente líquido gerado na unidade para uso em caldeiras e na reposição das torres de resfriamento. “Pelo fato destes processos exigirem uma excelente qualidade de água, optou-se pela adoção do sistema de clarificação e osmose reversa da Veolia, já que as soluções convencionais não atendem a qualidade final exigida pelos processos da Bunge”, comenta Michel Santos, diretor global de sustentabilidade da Bunge.

A solução de clarificação Actiflo utiliza processo físico-químico com recirculação de microareia que visa promover a aglutinação de partículas em suspensão, filtros multimídia e de carvão ativo, seguidos de polimento com membranas de osmose reversa para remoção de sais dissolvidos e a desidratação do lodo por centrifugação. Com esta tecnologia, foi possível atingir o parâmetro de qualidade necessário para o funcionamento da caldeira a vapor do setor de utilidades. “O Actiflo reduz o volume de águas captadas e tratadas que são lançadas nas redes coletoras e nos mananciais. Além de trazer ganhos ambientais, também diminui os custos operacionais gerados com tratamento de águas em geral”, explica Carlos Pasqualini, gerente de desenvolvimento de operações Solutions da Veolia Water Technologies.

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