Colheita do Pêssego é aberta em Pelotas, RS

A Embrapa Clima Temperado lança duas novas cultivares para indústria de conservas e para consumo in natura: BRS RubraMoore e BRS Citrino

22.11.2016 | 21:59 (UTC -3)
Cristiane Betemps

A Abertura Regional da Colheita do Pêssego foi inaugurada oficialmente neste sábado (19/11), na propriedade de Dari Bosembecker, na colônia Santa Helena (Pelotas,RS). Os 10 hectares, de uma das três propriedades do persicultor, dedicado à cultura do pessegueiro colocaram à prova e ao gosto dos participantes a diversidade de frutos, incluindo o lançamento de duas novas cultivares de pessegueiro da Embrapa Clima Temperado: a BRS RubraMoore e a BRS Citrino. O público presente, às 10h30, percorreu o pomar, pode colher as frutas e saboreá-las. O evento contou com uma programação extensa e com a presença de autoridades como o prefeito municipal, Eduardo Leite.

O persicultor Dari Bosembecker cultiva o pessegueiro desde criança. São 45 anos trabalhando direto com a cultura, mas é a primeira vez que é escolhido para ser anfitrião da Abertura. As suas principais cultivares a serem destacadas pela produtividade, perenidade e características sensoriais são a BRS Maciel e BRS Esmeralda. Mas, o agricultor que recebeu a propriedade por sucessão familiar, ao longo do tempo adquiriu mais duas, e hoje, administra três propriedades (Santa Helena-Sede; Santa Helena e Santa Áurea), totalizando 25 hectares direcionados à produção de pêssego. "Tenho árvores experimentais da nova cultivar BRS Citrino, e também, tenho 23 áreas de experimentos diferenciados e mais 11 cultivares plantadas. Essa safra 2016/2017 não será uma safra cheia, mas estamos com uma boa produção", comentou Dari.

A Abertura da Colheita contou com descerramento do pomar de pessegueiros, colheita pelas autoridades,lançamento das novas variedades da pesquisa e degustação de frutas de diferentes variedades lançadas pela Embrapa. As soberanas da Colheita do Pessego também participaram de todos os atos.

Lançamento das Cultivares
As duas cultivares, BRS RubraMoore e BRS Citrino, foram lançadas para a indústria de conservas e para consumo in natura. De polpa amarela e branca, respectivamente. A BRS RubraMoore de película bem vermelha, é uma cultivar produtora de frutos doces e suculentos; enquanto a BRS Citrino é uma planta de vigor e porte médio, possui película amarela e sabor doce-ácido.

Segundo a pesquisadora Maria do Carmo Bassols Raseira, a cultivar BRS Citrino segue a padronização dos nomes dos materiais já lançados pela Embrapa. "É um tipo de pedra caracterizada por tonalidades de amarelo ouro e laranja acinzentado. É considerado um dos cristais mais poderosos para atrair prosperidade e abundância e é também muito conhecido por sua grande energia vitalizadora", explica a pesquisadora.

A cultivar BRS RubraMoore foi denominada por sua cor vermelha (Rubro) e para homenagear o doutor James Moore, melhorista de frutíferas estado-unidense. As duas cultivares puderam ser conhecidas e saboreados, in natura e em conserva, na propriedade do agricultor. As mudas das duas cultivares poderão ser obtidas junto aos viveiristas a partir de julho de 2017.

Fala das autoridades
Após, o lançamento das cultivares a programação seguiu com um almoço de confraternização na Comunidade São Luiz, a benção da colheita feita pelo padre Capone e pelo pastor Jorge Signorini, contando com diversos pronunciamentos de lideranças da região, entre elas, do prefeito municipal, Eduardo Leite e do chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Clenio Pillon.

Clenio Pillon falou do orgulho de possuir uma equipe de pesquisa em fruticultura comprometida com o setor por acompanhar os esforços de oferecer aos agricultores novos produtos que atendam as necessidades frutícolas e de mercado, além de exaltar os resultados da união de estruturas públicas e privadas. "É preciso lembrar que o setor da fruticultura é um gerador de empregos para o município e que a Embrapa não tem somente cultivares de frutas, mas também boas práticas agropecuárias para a cadeia", destacou Pillon.

O prefeito municipal falou do engrandecimento da Quinzena do Pêssego, a cada ano, no município e na região e da importância de desenvolver um trabalho de motivação ao agricultor e também aos futuros cidadãos de reconhecimento e valorização ao trabalhador do campo. " As escolas da nossa rede de ensino municipal elaboraram atividades pedagógicas junto ao público estudantil, envolvendo a presença da mascote da festa, a "Peslota", que foi destaque na elaboração de cartas e outros trabalhos educacionais", explicou Eduardo Leite. Para ele, a Quinzena do Pêssego estimula a necessidade de reequilibar a relação entre campo e cidade, por consequência, o desenvolvimento social da região.

Estiveram presentes neste ato, além do prefeito municipal e o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, o secretário municipal de Desenvolvimento Rural, Wilson Karnopp, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pelotas, Nilson Loeck; o gerente regional da Emater/RS-Ascar, Luis Maria Godói; o presidente da Associação dos Produtores de Pêssego de Pelotas, Marcos Schiller; o presidente da CAFSul, Roni Silveira; deputado estadual, Pedro Pereira; e o vereador Toninho Peres.


Compartilhar

Mosaic Biosciences Março 2024