Cooperativas agropecuárias gaúchas investem R$ 210 milhões em armazenagem

A alta nos últimos anos na safra de grãos fez com que as cooperativas agropecuárias investissem fortemente na ampliação das unidades de recebimento

21.01.2016 | 21:59 (UTC -3)
Rejane Costa

A alta nos últimos anos na safra gaúcha de grãos, que vem batendo recordes, aliada ao crescimento da participação no recebimento da produção agrícola, fez com que as cooperativas agropecuárias investissem fortemente na ampliação das unidades de recebimento. Em 2015, o sistema aplicou o montante de R$ 210 milhões em estruturas de conservação e modernização de armazéns.

Estes investimentos se devem especialmente à projeção de novo aumento de participação da originação dos grãos. No caso da soja, por exemplo, a expectativa é de que as cooperativas elevem a participação no recebimento da oleaginosa na safra 2015/2016, sendo que no período anterior receberam 40% de um total de 15 milhões de toneladas produzidas no Estado, o equivalente a 6 milhões de toneladas de acordo com dados da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS). “Este espaço não foi suficiente para a armazenagem do volume recebido. Com isto, vislumbrando uma maior participação na originação,o sistema fez investimentos na ampliação”, salienta o presidente da entidade, Paulo Pires.

Entre os investimentos, o dirigente lembra que a CCGL destinou montantes superiores a R$ 50 milhões a ampliação de suas estruturas dos terminais Termasa e Tegrasa, no porto de Rio Grande, visando à agilização das atividades de exportação. Pires lembra que atualmente as cooperativas agropecuárias gaúchas representam mais de 30% da capacidade de armazenagem no Estado. “O Rio Grande do Sul tem espaço para 28 milhões de toneladas e as cooperativas já tem uma capacidade superior a 10 milhões de toneladas, segundo dados da Conab, o que é expressivo", sinaliza.

As ampliações também foram realizadas nos parques industriais de laticínios. O presidente da FecoAgro/RS cita exemplos como a própria CCGL, em Cruz Alta, que duplicou a sua capacidade de processamento de leite, assim como a Santa Clara, em Carlos Barbosa, na Serra, que instalou uma nova fábrica no município de Casca, no Norte do Estado, para processar um milhão de litros de leite ao dia. Além disso, a Cooperativa Languiru investiu em um novo centro de distribuição no município de Teutônia, no Vale do Taquari.

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