Dia de Campo no interior de São Paulo mostra genéricos de alta tecnologia para a sojicultura brasileira

Companhia desenvolve a plataforma Hibio, em fase de registro nos órgãos reguladores; dados revelam salto na utilização de fungicidas protetores no País

07.03.2018 | 20:59 (UTC -3)
Fernanda Campos

A consultoria Detec promove esta semana seu Dia de Campo anual, na cidade paulista de Taquarivaí, com ênfase na cultura da soja. A empresa americana Albaugh, especialista no desenvolvimento de agroquímicos genéricos, será um dos destaques do evento. A companhia apresenta no local sua linha de tecnologias voltada à cadeia produtiva da oleaginosa.

Engenheiro agrônomo com passagem por grandes empresas do setor de defensivos, o diretor comercial e de marketing da Albaugh, Paulo Tiburcio, acredita que os agroquímicos genéricos farão pelo sojicultor o que os medicamentos genéricos fizeram pelo consumidor, ou seja, abrirão caminho à redução de custos. Para Tiburcio, o custo do produtor brasileiro com os agroquímicos “tem aumentado além do suportável”. 

“No caso da soja, a elevação acumulada de preços nos últimos 18 anos foi de 234%, enquanto a produtividade subiu 28% no mesmo período”, observa Tiburcio.

De acordo com Tiburcio, no segmento de fungicidas de contato ou multissítios a Albaugh desenvolve no País a plataforma Hibio de produtos à base de cobre, que futuramente deverá ser posicionada, especificamente, para o manejo de resistência do fungo causador da ferrugem asiática. A nova plataforma está em fase de registro nos órgãos reguladores.

Segundo Tiburcio, a expectativa da empresa é introduzir a plataforma Hibio no mercado nacional em 2019. Ele acrescenta ainda que essa linha de insumos será formada por fungicidas cúpricos mais potentes e com impacto ambiental menor, na comparação aos produtos tradicionais dessa categoria.

Dados da consultoria Spark apontam que a adoção média de fungicidas protetores saltou de 6% para 38% da área de soja brasileira entre as safras 2014-15 e 2016-17. As vendas de fungicidas representam 33% do mercado nacional de defensivos agrícolas, que movimentou US$ 9,6 bilhões em 2016.

“Produtos multissítios ou de contato tornaram-se indispensáveis ao manejo da resistência do fungo causador da ferrugem asiática aos fungicidas ‘sistêmicos’ hoje comercializados no Brasil”, exemplifica Paulo Tiburcio.

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