Embrapa participa da reunião plenária do Comitê Consultivo Internacional do Algodão

As inovações em sistemas de cultivos com alto uso de insumos foi tema de reunião paralela, que discutiu as oportunidades e opções para aumentar o lucro em sistemas altamente produtivos

10.12.2015 | 21:59 (UTC -3)
Edna Santos

O chefe-geral da Embrapa Algodão, Sebastião Barbosa, e o articulador internacional da Unidade, Alderi Araújo, participam de 6 a 11 de dezembro, da 74ª Reunião Plenária do Comitê Consultivo Internacional do Algodão - ICAC (na sigla em inglês), em Mumbai, na Índia. Com o tema "Do campo ao tecido: as várias facetas do algodão" esta edição do evento debate uma gama de assuntos incluindo mudanças climáticas, colheita mecanizada, mercado internacional, práticas sustentáveis de produção e uso de subprodutos do algodão.

O ICAC é o organismo internacional de referência para produtores e consumidores de algodão e tem por finalidade servir como fórum para o desenvolvimento de políticas e soluções para o fortalecimento da cadeia produtiva do algodão; melhorar a transparência do mercado; incentivar o desenvolvimento e disseminação do conhecimento; e promover a sustentabilidade da produção de algodão.

Na segunda-feira, a sessão de abertura abordou o tema "Rumo a uma agricultura mais sustentável: aprendendo com outras commodities". As inovações em sistemas de cultivos com alto uso de insumos foi tema de reunião paralela, que discutiu as oportunidades e opções para aumentar o lucro em sistemas altamente produtivos, tendo em vista a necessidade de limitar o uso de insumos.

Na terça-feira foram apresentadas as perspectivas para a oferta mundial de algodão, comércio, estoques e preços em 2015/16 e expectativas para as tendências futuras, bem como o relatório anual sobre as medidas governamentais que distorcem a produção e o comércio de algodão. Em paralelo, houve discussão sobre os subprodutos de algodão, que podem trazer uma importante contribuição para a cotonicultura, levando-se em conta que a fibra do algodão corresponde a menos da metade do seu peso em caroço.

A colheita mecanizada do algodão foi outro assunto em pauta na terça-feira. Apesar dos grandes países produtores terem o cultivo totalmente mecanizado, os pequenos produtores ainda enfrentam dificuldade para mecanizar as operações, especialmente a colheita. Serão apresentadas tecnologias para colheita em pequena escala.

A eliminação dos inseticidas na produção algodoeira é possível? Este foi o tema de abertura de seminário na quarta-feira. Foram discutidas as mudanças que permitiram acentuar a capacidade do algodoeiro se defender dos insetos, possibilitando a redução das aplicações de inseticidas. Houve ainda reunião do Comitê Internacional sobre a 6ª Conferência Mundial de Pesquisa do Algodão (WCRC-6), que será realizada no Brasil, em 2016.

Nesta quinta-feira está em discussão o impacto das mudanças climáticas no cultivo de algodão. Serão avaliadas pesquisas sobre as variedades tolerantes ao calor e a implementação de políticas públicas adequadas. Os desafios para impulsionar o algodão africano e o intercâmbio internacional de germoplasma, e os algodões especiais incluindo o orgânico e o naturalmente colorido também serão analisados pelos integrantes do ICAC na quinta-feira.

O evento encerra na sexta-feira com a divulgação da declaração final do ICAC, contendo os principais resultados e deliberações da reunião.

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