Estudo mostra itens que mais pesam no custo de produção do arroz

Os dados estão no 4º volume da série Compêndio de Estudos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)

21.12.2016 | 21:59 (UTC -3)
Conab

Os itens que apresentaram maior participação nos custos de produção do arroz nos últimos 10 anos foram os fertilizantes, as operações com máquinas, os defensivos e as sementes, que juntos representam, em média, 59,69% do custo variável. Os dados estão no 4º volume da série Compêndio de Estudos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), lançado nesta quarta-feira (21). O estudo analisa a evolução dos custos entre os anos safra 2007/2008 e 2016/2017.

O trabalho, elaborado pela Superintendência de Informações do Agronegócio da Conab, apresenta informações a respeito da evolução tecnológica da produção de arroz e seus impactos na rentabilidade dos produtores. Os dados poderão ser utilizados por agentes públicos e privados no desenvolvimento de projetos, programas e ações, com vistas ao desenvolvimento dessa cultura.

As análises abrangem os estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Maranhão, principais regiões produtoras. Além de compilar dados sobre as particularidades das diferentes regiões arrozeiras do país, o estudo também oferece subsídios para a compreensão e melhoria do seu processo produtivo, além de contribuir para o desenvolvimento tecnológico e para a rentabilidade do produtor de arroz irrigado e sequeiro no Brasil.

De acordo com a publicação, o maior índice de participação nos custos variáveis são os fertilizantes – média de 22,95% – principalmente nos locais que cultivam o arroz sequeiro, que apresentam maior custo por saco durante o período analisado, quando comparado ao irrigado. Já a participação média das operações com máquinas representa 15,69% do total dos custos variáveis, que são influenciadas pelo preço de óleo diesel, gastos com filtros e lubrificantes, potência das máquinas e preço dos equipamentos novos, além do preço da energia elétrica, no caso dos sistemas irrigados. No caso das sementes, apresentam participação média de apenas 6,21% nos custos variáveis.

O estudo mostra, ainda, que Uruguaiana/RS é a região mais produtiva, com o menor custo de produção e as melhores características para o cultivo do arroz, como alta radiação solar, umidade e temperatura. Cachoeira do Sul e Santo Antônio da Patrulha, também no Rio Grande do Sul, são as regiões com maiores custos de produção e menores produtividades.


Confira o estudo completo

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