Evento da empresa Momentive, nos EUA, debateu cenário da utilização de produtos adjuvantes na agricultura

Encontro em Nova York teve a presença do pesquisador Hamilton Ramos, do CEA-IAC

28.08.2017 | 20:59 (UTC -3)
Fernando Campos

O pesquisador científico Hamilton Ramos, do Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (CEA/IAC), representou o Brasil na reunião “Safra Forte”, em Nova York, nos Estados Unidos, organizada pela empresa americana Momentive. O cientista, que coordena na cidade de Jundiaí à Unidade de Referência em Tecnologia e Segurança na Aplicação de Agroquímicos, debateu o cenário e as perspectivas da utilização de produtos adjuvantes na agricultura brasileira e mundial.

Segundo explica o pesquisador, adjuvantes são compostos acrescidos à calda da pulverização dos defensivos agrícolas, e a Momentive, empresa patrocinadora do evento, está posicionada entre os maiores fabricantes de adjuvantes siliconados do mundo.

De acordo com Ramos, um dos temas tratados na reunião foi o alto nível de conhecimento registrado pela pesquisa científica brasileira sobre a adição de produtos adjuvantes no tratamento de lavouras, contra pragas, doenças e plantas daninhas.

Ele acrescenta que o CEA/IAC, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, mantém há mais de 15 anos o programa científico “Adjuvantes da Pulverização”, financiado com recursos privados. “Nosso trabalho visa a auxiliar a indústria de adjuvantes a aprimorar os resultados da associação destes produtos aos defensivos agrícolas”, resume Ramos.

Ramos explica que os pesquisadores dedicados ao estudo de adjuvantes no CEA-IAC, bem como na Unidade de Referência, atualmente trabalham na proposta de um novo modelo de classificação para esses produtos.

"Até há pouco tempo, tais produtos eram registrados como agroquímicos, embora não funcionem como agroquímicos. Hoje, são registrados como fertilizantes foliares, e conceitualmente não agem como fertilizantes foliares. Nossa proposta é para que cada adjuvante seja classificado segundo sua característica funcional: espalhante, umectante, adesionante etc.”, explica o pesquisador.

Ramos destaca ainda que além de potencializar o efeito dos defensivos agrícolas nas lavouras, um bom adjuvante ajuda a reduzir os custos desses tratamentos. “Se mal utilizado ou de má qualidade, o adjuvante prejudica o desempenho dos agroquímicos e eleva o custo de produção”, finaliza.

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