FENASOJA: Conservação de solos e de água recebe destaque através de oficinas

​A temática da conservação de solos tem recebido destaque na programação dos dias de campo realizados pela Emater/RS-Ascar, na Fenasoja

04.05.2016 | 20:59 (UTC -3)
Deise Froelich

A temática da conservação de solos tem recebido destaque na programação dos dias de campo realizados pela Emater/RS-Ascar, na área da Exporural, na 21ª Feira Nacional da Soja (Fenasoja), em Santa Rosa. Uma oficina específica sobre o tema apresenta as vantagens e práticas conservacionistas que podem ser adotadas para aumentar a produtividade e ao, mesmo tempo, atentar-se às questões ambientais, além de alertar para problemas existentes com a clara evidência da retomada do processo erosivo, que deve ser combatido. Além disso, o espaço é permanente e está disponível para visitação diariamente, das 10h às 18h.

No segundo dia de campo realizado nesta terça-feira (03/05), em torno de 350 pessoas passaram pelo espaço durante a visita dirigida. Os interessados em aprofundar mais sobre o assunto tiveram a oportunidade de participar de oficina ministrada pelo assistente técnico regional (ATR) da Emater/RS-Ascar, na área de Manejo de Recursos Naturais, Fernando Dornelles Fagundes e pelo engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, de Santo Ângelo, Álvaro Uggeri.

Em uma trincheira aberta os visitantes foram convidados a observar a densidade do solo em diversas profundidades, sendo estimulados a refletir sobre a influência do tráfego intenso de máquinas e de animais na compactação do solo e, consequente, taxa de infiltração de água no solo.

Cuidados com a amostragem de solo, exposição do potencial de desenvolvimento radicular de diversas culturas em situações favoráveis, além das consequências ambientais da erosão e formas prevení-la e evitar a perda de solo e de água também foram abordadas. Ugerri lembra que vivemos em um contexto que merece especial atenção, onde “o plantio direto como prática isolada não é mais suficiente para evitar solos compactados e erosão, com necessidade de adoção de outras práticas conservacionistas, principalmente para suportar situações adversas como estiagens”.

O produtor Silverino Smolski, de Porto Lucena, que optou pela oficina de solos, comenta que adota o sistema de plantio direto em sua propriedade e que, em alguns momentos, percebeu claramente a diferença em áreas compactadas e descompactadas. Aproveitou a oficina para conhecer mais possibilidades da conservação do solo em sua propriedade.

A importância da rotação de culturas, que consiste em alternar anualmente espécies vegetais numa mesma área agrícola, também foi abordada pelo ATR da Emater/RS-Ascar, Fernando Dornelles Fagundes. “É a base de sustentação do plantio direto. Não é simplesmente trocar de cultura, de maneira arbitrária, deve estabelecer um equilíbrio biológico e dinâmico”, reiterou.
Fórum Regional de Solo e Água

Outro evento voltado ao tema será o Fórum Regional de Solo e Água, que acontece na próxima sexta-feira (06/05), no Centro Administrativo do Parque de Exposições, com a presença de secretários municipais da Agricultura, secretários municipais de Educação, professores e técnicos. O evento inicia-se às 9h30, sendo esperados o secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) Ernani Polo e o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo Tarcísio Minetto. Na oportunidade, Polo apresentará informações sobre o Programa Estadual de Conservação do Solo e da Água “Conservar para Produzir Melhor”.

Na sequência, a proposta do Programa Estadual de Apoio ao Ensino do Solo e da Água nas Escolas será apresentada pela professora Ana Baggio, do núcleo de Educação no Campo da Secretaria Estadual de Educação. O professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Marcelo Ricardo de Lima, coordenador do Programa Solo na Escola, explana também sobre metodologias pedagógicas de ensino do solo e da água na escola.

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