Goiás tem mais de 237 mil hectares de área irrigada por pivôs centrais

Na sexta-feira, 23, Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan) divulgou um novo levantamento da área irrigada de Goiás

28.06.2017 | 20:59 (UTC -3)
Thalita Braga

Em um momento de crise econômica no País, o setor de agronegócio comemora o aumento da área irrigada em Goiás. Na última sexta-feira, 23, Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan) divulgou um novo levantamento da área irrigada de Goiás. Os números revelam uma evolução da área irrigada em todos os anos: no ano 2000, a área irrigada por pivôs era de 117.773 hectares (ha), passando para aproximadamente 212.217 ha em 2013. Já em 2015 esse número chegou a 237.365 ha, ou seja, um incremento de 24,698 ha, ou 11,61%.

O estudo destaca todos os pivôs centrais instalados em Goiás e no Distrito Federal no ano de 2015, que revelou um total de 3.502 equipamentos, sendo 3.284 em Goiás e 218 no Distrito Federal com área irrigada de 237.365,60 hectares e 13.519,83 hectares, respectivamente.

A agropecuária é uma das atividades bases da economia goiana. Seu grande avanço nas últimas décadas passa pela aplicação das mais diversas técnicas de irrigação, dentre elas se destaca a irrigação por pivô central, por ser um método eficiente com aproveitamento hídrico em torno de 80% e gerando boa produtividade.

Em análise do mapeamento em comparação aos dados históricos sobre pivôs centrais realizada pela Gerência de Cartografia e Geoprocessamento do IMB, observa-se que Cristalina se manteve como principal utilizador de pivôs nos últimos anos, sendo o município de destaque em relação à quantidade de equipamentos e à área cultivada por pivôs centrais em relação aos demais municípios goianos, apresentando o maior incremento (4.336,79 ha) em comparação ao ano de 2013.

Segundo o diretor executivo da Irrigo, Alécio Maróstica, existe hoje no município o cadastro de 152 produtores que irrigam por pivô central e, em contra partida, existe o quadruplo desse número querendo irrigar. “A Agência Nacional das Águas já deixou claro que para que haja liberação de novas outorgas para irrigação é preciso que se crie um modelo de gestão coletiva entre os irrigantes, não existe outro caminho". Alécio salienta a importância da irrigação para a produção de alimentos. “Em Cristalina, por exemplo, os 57.307 hectares irrigados produzem mais que os outros 259.200 hectares não irrigados. Descobrimos o caminho para a produtividade e agora precisamos nos organizar para garantirmos o uso do nosso principal insumo: a água!”.

Além de Cristalina, os municípios com maior área irrigada em Goiás são: Jussara, Paraúna, Morrinhos e Luziânia. Regiões produtoras de culturas temporárias ou de ciclos curtos - feijão, batata inglesa, tomate, alho e milho, que abastecem o mercado local e indústrias de alimento.

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