Lançamentos de soja são destaque no Belasafra, em Londrina

A Embrapa Soja apresenta três lançamentos de soja - BRS 1010 IPRO, BRS 388RR e BRS 399RR – no evento técnico que ocorre de 26 a 29 de janeiro de 2016, em Londrina

21.01.2016 | 21:59 (UTC -3)
Lebna Landgraf

A Embrapa Soja apresenta três lançamentos de soja - BRS 1010 IPRO, BRS 388RR e BRS 399RR – no 15º Belasafra, evento técnico promovido pela Belagrícola, de 26 a 29 de janeiro de 2016, no Arejo Buffet, em Londrina (PR). Além dos lançamentos, serão debatidos com os produtores alguns dos principais temas que impactam a cultura da soja: Nutrição de Plantas, Fixação Biológica do Nitrogênio, Ferrugem Asiática da Soja e Manejo Integrado de Pragas, com destaque para a manutenção de áreas de refúgio.

Nutrição de plantas em equilíbrio

Durante o Belasafra, os pesquisadores da Embrapa irão abordar a influência do potássio (K) na produtividade da soja. Os pesquisadores da Embrapa Soja informam que tem sido frequente o aparecimento de sintomas de deficiência de K em lavouras de soja, caracterizados por uma clorose nas folhas superiores da planta. Isso porque cada tonelada de grãos de soja retira de 20 a 25 kg/ha de K2O. Por isso, a adubação com o potássio deve ser bem planejada, visando atender a alta exportação na cultura da soja. A recomendação dos pesquisadores é que a aplicação desse nutriente seja realizada no sulco de semeadura, desde que a dose aplicada seja inferior a 50 kg/ha de K2O. Para doses maiores, deve-se aplicar parte do fertilizante em cobertura. Antes de realizar a adubação, faça de análise de solo para avaliar a disponibilidade do nutriente, bem como a quantidade de fertilizante a ser aplicada", orienta o pesquisador Adilson de Oliveira Júnior, da Embrapa Soja. "Em complemento, pode-se realizar a análise foliar para avaliar o estado nutricional da lavoura".

O pesquisador também irá abordar a relevância do Fósforo (P), nutriente que mais limita a obtenção de altas produtividades de soja, principalmente, em áreas recém-incorporadas ao sistema de produção. De acordo com o pesquisador, em lavouras com sintomas de deficiência de P, as plantas apresentam redução de porte, de área foliar e consequentemente, de produtividade. Cada tonelada de grãos de soja, retira de 10 a 13 kg/ha de P2O5. "A adubação com fósforo deve ser realizada visando corrigir a deficiência desse nutriente em solos com baixa disponibilidade ou atender a exportação na cultura da soja, no caso se solos com adequada disponibilidade de P (adubação de manutenção)", recomenda Oliveira. Antes de realizar a adubação, o pesquisador reforça a necessidade de que seja feita a análise de solo para avaliar a disponibilidade do nutriente e a quantidade de fertilizante a ser aplicada. "Como complemento, o produtor pode realizar a análise foliar para avaliar o estado nutricional da lavoura", destaca.

Soja: BRS 1010 IPRO

A Embrapa e a Fundação Meridional estão colocando no mercado a BRS 1010IPRO com a tecnologia Intacta RR2 PRO™. A novidade é indicada para Santa Catarina, Paraná e São Paulo. A tecnologia Intacta reúne características como a resistência ao herbicida glifosato para o manejo de plantas daninhas e também tem a toxina Bacillus thuringiensis (Bt) que auxilia no controle de algumas espécies de lagartas.

A BRS 1010 IPRO é uma cultivar de soja precoce, com crescimento indeterminado e excelente potencial produtivo, também em áreas com presença do nematoide de galha Meloidogyne javanica. Possui resistência às doenças cancro da haste e mancha olho de rã. Também tem resistência de campo à podridão radicular de Phytophthora. Indicada para as regiões de adaptação edafoclimáticas PR, SC e SP (REC 103), PR (REC 201) e SP (REC 203).

Refúgio - A BRS 1010IPRO é produto das inovações tecnológicas da transgenia e de um extenso trabalho de seleção de plantas altamente produtivas, adaptadas às diferentes regiões e de boa sanidade - diferencial do banco de germoplasma da Embrapa. A tecnologia, ao mesmo tempo em que confere proteção a algumas espécies de lagartas, também pode, a longo prazo, selecionar insetos resistentes, afirma Daniel Sosa Gómez, da Embrapa Soja. Por isso, a Embrapa defende a manutenção de um Programa de Manejo Responsável no campo que envolve a adoção de práticas de manejo sustentável. Entre as diversas medidas, recomenda-se o cultivo de área de refúgio: percentagem da área (no mesmo talhão) com a mesma cultura não-Bt. O objetivo é manter a população de insetos suscetíveis à toxina para que haja o acasalamento com os indivíduos potencialmente resistentes - provenientes das áreas com plantas Bt - retardando, assim, a seleção de insetos resistentes à tecnologia.

Soja: BRS 388RR

A BRS 388RR é transgênica com tolerância ao glifosato, possui tipo de crescimento indeterminado e grupo de maturidade relativa 6.4. É uma soja precoce que pode ser utilizada em sistemas de produção que utilizam a safrinha de milho.

Esta cultivar tem alto potencial produtivo e excelente estabilidade em diferentes épocas de semeadura e ambientes de produção. Entre seus diferenciais estão a resistência às doenças: cancro da haste, podridão radicular de Phytophthora e mosaico comum da soja. Esse lançamento é recomendado para as seguintes regiões edafoclimáticas: PR (REC201), PR, MS, SP (REC 202) SP (REC 203), MS (REC 204), MS e GO (REC 301), SP, MG e GO (REC 302) e MG e GO (REC 303).

Soja: BRS 399RR

A cultivar BRS 399RR apresenta alto potencial produtivo, além de boa sanidade. É resistente aos nematoides de galha Meloidogyne incógnita e Meloidogyne javanica e às raças 3 e 14 do nematoide de cisto. Também é resistente ao nematoide Rotylenchulus reniformis. A BRS 399RR possui crescimento indeterminado e está no grupo de maturidade 6.0. Em razão da sua precocidade, favorece a semeadura da segunda safra de milho. A BRS 399RR é indicada para as regiões edafoclimáticas: SC, PR (REC 102), PR, SC, SP (REC 103), PR (REC 201) e SP (REC 203).

Outras informações: http://belasafra.com/

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