Manejo fisiológico do milho ajuda produtores a garantirem boa rentabilidade

A elevação de preços causada pelos baixos estoques nacionais de milho e as previsões meteorológicas têm animado os agricultores.

23.02.2016 | 20:59 (UTC -3)
Gabriela Titon

A elevação de preços causada pelos baixos estoques nacionais de milho e as previsões meteorológicas têm animado os agricultores. Com a safrinha em fase de plantio, um dos tratamentos indicados para incrementar a produtividade é o manejo fisiológico, como explica o engenheiro agrônomo Fransérgio Batista, gerente técnico de grãos da Alltech Crop Science.

O passo inicial, segundo Batista, é estimular o enraizamento com o auxílio de soluções biotecnológicas. “Muitas vezes, não está mais chovendo no final do ciclo. Então, uma raiz mais profunda vai favorecer a absorção de água e nutrientes. Dessa maneira, a planta vai sentir menos os efeitos da falta de chuva, minimizando possíveis perdas".

Entre quatro e seis folhas, momento em que o potencial produtivo é estabelecido e a espiga começa a se formar, é importante promover a divisão e a diferenciação celular. “Já no pré-pendoamento, fase que define o tamanho da espiga do milho, a aplicação contribui com o crescimento, auxiliando a planta a atingir seu potencial produtivo", observa.

Outro fator relevante é o diâmetro do colmo, como ressalta o engenheiro agrônomo. “Além das folhas, o colmo é o lugar onde a planta mais acumula reserva. E a quantidade de reserva pode contribuir de 30% a 40% no enchimento do grão. No final, isso proporciona um número maior de grãos cheios. Ou seja, maior peso de grão e, consequentemente, produtividade".

Em campo

O agricultor Fábio Mavsak, de Patos de Minas (MG), utiliza o manejo fisiológico há quatro anos. “Notamos a melhora na coloração e no desenvolvimento da planta na parte aérea e na raiz. E isso reflete em produtividade, com mais aproveitamento e peso superior de grãos. O mercado está competitivo, mas é possível obter um preço satisfatório se tiver qualidade".

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