Netafim dá dicas para uma irrigação sustentável

Confira cinco dicas para garantir uma irrigação sustentável na lavoura

31.05.2016 | 20:59 (UTC -3)
Tatiana Freitas

O agronegócio está sempre na contra mão da crise. Ainda que a agricultura seja pouco reconhecida pela sociedade urbana, os números confirmam: em 2015 o Brasil fechou mais de 1,5 milhão de vagas de empregos, segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Já a agricultura foi o único setor que gerou mais empregos: 9.821 vagas foram abertas nesse período.

A sustentabilidade no agro cresce a cada dia: produtores se preocupam com a gestão das lavouras, com a qualidade dos alimentos produzidos, em atuar de maneira responsável com boas práticas agrícolas, investindo no campo com tecnologia avançada e que aumentem a produtividade.

Quando o assunto é irrigação, não é só a água quem está envolvida. “É gestão do uso, é tecnologia, é conhecimento”, explica Carlos Sanches, gerente agronômico da Netafim que ressalta: “Temos que saber usar a água. É um bem finito, que serve a sociedade rural e urbana. Se não fizermos o uso correto, afetará o sistema de forma que até alimento faltará”. Dados mostram que a necessidade hídrica da agricultura brasileira chega a 72% de toda a água disponível para consumo.

Para isso, confira cinco dicas para garantir uma irrigação sustentável na lavoura:

- Conheça sua infraestrutura: avalie se possui o equipamento de irrigação mais adequado para a cultura. Eficiência de irrigação é a porcentagem de água que realmente entra no solo e é usada pela cultura em comparação com a quantidade bombeada para o sistema: medir e monitorar; uniformidade de aplicação; uso eficiente da água (m3/ha); e custos de funcionamento.

- Escolha bem a tecnologia: a irrigação por gotejamento consiste em levar água pontualmente e na medida certa para a planta através de tubos com gotejadores. O gotejo ainda auxilia no expressivo aumento da produtividade – podendo chegar até 200%. “O gotejador permite que o produtor também realize a técnica de nutrirrigação em que os nutrientes são aplicados direto na raiz através das gotas de água. Dessa forma, a planta se alimenta mais vezes e em menores quantidades, o que é ideal para que absorva os fertilizantes de forma saudável”, destaca. Além disso, o produtor reduz custos na produção (mão-de-obra, energia e insumos), garante homogeneidade das lavouras, facilidade de manejo com a implantação da nutrirrigação, entre outros, que podem representar até 20% de economia na fazenda.

- Monitore a lavoura: já existem tecnologias disponíveis para fazer o controle e gestão automatizados da fazenda, em tempo real. Mas ainda que o produtor não possa gastar neste momento, ele mesmo pode controlar. “É preciso gerir a quantidade de água, fertilizantes, e até de mão-de-obra. Pequenas mudanças na propriedade como a mudança do horário da irrigação podem afetar positivamente o balanço final”, acrescenta Sanches.

- Conheça os recursos hídricos e de solos, entenda o clima de propriedade (pluviosidade, temperatura e evapotranspiração), consulte um engenheiro agrônomo se houver necessidade, e entenda a outorga de água e suas condições e limitações. Por exemplo: A sua capacidade de armazenamento em barragem corresponde à sua outorga? Conheça a capacidade de retenção do solo.

- Conheça a real necessidade da cultura: compare o uso da água contra os outros na região. O conhecimento de quando e quanto deve ser aplicado de água depende de medição da humidade do solo e qual estado vegetativo se encontra a cultura. Muitos irrigantes ainda não utilizam qualquer forma de monitoramento e programação de irrigação, que devem formar a base do uso do planejamento de uso da água durante a temporada de irrigação. “Não é correto confiar somente na pré-programação sem examinar as condições do solo no campo, mas igualmente basear as decisões de irrigação objetivamente na intuição, experiência ou caminhando a pé pela área, não vão garantir a aplicação de água ideal”, alerta Sanches.

A agricultura está indo em direção à sustentabilidade, e para que este caminho seja cada vez mais curto, são necessárias mudanças frequentes para garantir a produtividade no futuro.

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