​Novozymes apresenta novo estudo sobre produtividade e sustentabilidade

Análise leva em conta a produção agrícola, a criação de aves para alimentação, a geração de energia e biocombustíveis a partir do mesmo espaço de terra e como os recursos

24.04.2017 | 20:59 (UTC -3)
Paula Batista

A sustentabilidade da terra, a geração de alimentos, a produção de energia, a criação de animais para o consumo e a diminuição na emissão de gases na camada de ozônio. É possível gerar todos esses benefícios utilizando o mesmo hectare? Essas foram algumas das preocupações do novo estudo da Novozymes, lançado nesta segunda-feira 24/04.

Buscando novas respostas aprimorar a produtividade do agronegócio, os pesquisadores focaram nas opções de sustentabilidade da terra, tendo como premissas as recomendações da FAO – Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, entre elas a melhoria da eficiência da produção agrícola, a eficiência da produção e do fornecimento de energia, melhorar a conversão alimentar de cada animal, reduzir o uso da terra, proporcionar uma alimentação animal equilibrada e reduzir o uso de sistemas de manejo de dejetos líquidos a céu aberto.

Com essas premissas, a empresa conduziu o estudo “E se nós pudéssemos combater a pobreza, a fome e a poluição?”. O estudo discorre sobre como é possível gerar mais valor na cadeia da agricultura usando a biotecnologia. Para a análise, foram feitos levantamentos sobre a atual produtividade de um hectare utilizado para a criação de frangos nos Estados Unidos. A produção de milho, atual, rende 153 bu/ca (bushel por acre) ou 9,6 Toneladas por hectare) de milho que podem alimentar 900 frangos. Eles mostram como a biotecnologia pode ajudar os produtores a rentabilizar ainda mais o negócio, com uma produção mais sustentável e aproveitando melhor a terra para a geração de novos produtos, como o aproveitamento do adicional da produção para a geração de bioenergia, etanol, além da diminuição do impacto das emissões de CO2.

A utilização de microrganismos no plantio contribuem para melhorar a produção, por exemplo, do milho. É possível produzir muito mais com a mesma quantidade de terra. Hoje, o fósforo, é o nutriente que mais limita a produção agrícola. Com o apoio das biosoluções, aplicadas nas sementes do milho antes do plantio, que são revestidas com microrganismos, contribuem para a menor utilização do fósforo do terreno, deixando-o mais disponível para as plantações. O rendimento, demonstrado no estudo, sobe para 156 bu/ca ou 9,8 Ton/ha, contra as 153 ou 9,6 colhidas no manejo tradicional.

Com esse rendimento, é possível continuar alimentando a mesma quantidade de aves (900), mas a produção extra pode ser utilizada para novos negócios, como a geração de energia e a produção de biocombustíveis. Ao aplicar essas medidas, o agricultor substitui os combustíveis fósseis e diminui em 1 Tonelada de emissão de CO2.

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