Para presidente da CNA, o foco na qualidade da produção está reinventando o café brasileiro

João Martins participou, nesta quarta, da abertura da 4ª edição da Semana Internacional do Café, que acontece de 21 a 23 de setembro, em Belo Horizonte

22.09.2016 | 20:59 (UTC -3)
Assessoria de Comunicação CNA

Na abertura da Semana Internacional do Café (SIC), nessa quarta-feira (21/09), na Expominas, em Belo Horizonte, (MG), o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, afirmou que as boas práticas de produção estão reinventando o café brasileiro. “Apesar das dificuldades, a produção sustentável de café com qualidade tem sido prioridade para o produtor e para o setor”, observou.

A quarta edição do maior encontro de café do Brasil reúne cafeicultores, torrefadores, empresários, exportadores e baristas, até sexta-feira (23/09), para debater temas como mercado, consumo, técnicas e inovações, além de proporcionar a realização de novos negócios entre produtor e comprador. “Esse evento é mais uma oportunidade para a troca de conhecimento e promoção do café brasileiro”, destacou o presidente da CNA. “Iniciativas têm promovido o desenvolvimento regional e a valorização do produto, como as indicações geográficas e as denominações de origem, que estão ganhando espaços no mercado e vêm contribuindo para a melhoria da renda do produtor”, disse.

A importância do setor cafeeiro para o país, principalmente para o estado de Minas Gerais, foi destacada no primeiro dia. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o país deverá colher, na safra 2016/2017, 49,6 milhões de sacas, sendo Minas Gerais responsável por 59% da produção, com 29 milhões sacas. “É um resultado fantástico que mostra as oportunidades, a pujança, a força do nosso setor, e que dispensa palavras sobre suas estatísticas em termos de renda, emprego e exportações”, comentou o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), Roberto Simões.

O representante da Café Editora, Caio Alonso Fontes, disse que apesar de este ser um ano de desafios para o Brasil, se tratando da questão econômica, tanto a feira quanto o mercado de cafés apresentaram expansão, se colocando de forma dinâmica e inovadora. “A SIC cresceu 10% em número de expositores e estamos com estimativa de que a visitação bata a do ano passado, algo em torno de 14% nesses três dias”, detalhou Fontes.

Para o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, João Cruz Reis Filho, o café tem o papel de reunir as pessoas em volta da mesa, da xícara, do fogão de lenha, e essa aproximação se entende para de todos os envolvidos na cadeia. “Precisamos colocar o café brasileiro no seu devido lugar no mundo. Hoje, somos a base dos cafés de qualidade, mas ainda falta agregar valor para equiparar preços”, enfatizou.

A programação da SIC conta com encontros, seminários, cursos, concursos, sessões de cupping (prova de cafés), que serão divididos em três eixos temáticos: Mercado e Consumo, Conhecimento e Inovação, Negócios e Empreendedorismo. Neste ano, dois temas ganharam destaque: a sustentabilidade, ponto forte entre os produtores nacionais em todos os níveis (ambiental, econômico e social), e as oportunidades apresentadas no segmento de cafés especiais, uma realidade em todo o mundo.

A Semana Internacional do Café acontece desde 2013, em Minas Gerais, maior estado produtor do país. O principal objetivo é o desenvolvimento do mercado brasileiro e a divulgação da qualidade dos cafés nacionais para o consumidor interno e países compradores, além de potencializar o resultado econômico e social do setor.

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