​Pesquisa sobre consumo de arroz indica caminhos para revolucionar o setor

O estudo mostrou dados surpreendentes que devem balizar iniciativas de promoção e valorização do consumo do arroz

06.07.2017 | 20:59 (UTC -3)
Jéssica Fontoura

Para escolher que arroz comprar na gôndola do supermercado, 75% dos consumidores afirmam que a marca é um aspecto relevante. Um total de 75% considera importante, também, as informações contidas nas embalagens. Foi isso que mostrou uma pesquisa feita na região metropolitana de Goiânia, abordando os hábitos e impressões de quem compra arroz. O levantamento foi conduzido pela Embrapa e Universidade Federal de Goiás, com o apoio da empresa Camil Alimentos, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás, e da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz).

O estudo mostrou dados surpreendentes que devem balizar iniciativas de promoção e valorização do consumo do arroz. Contudo, os resultados referem-se somente à população goianense, já que o perfil do consumidor varia muito no país, como frisa a Abiarroz. A ideia é realizar a pesquisa em outros estados para ampliar o conhecimento sobre os hábitos e preferências das famílias em relação ao arroz. “Trata-se de um trabalho com potencial de fazer uma revolução no setor. Conhecer quem consome seu produto é imprescindível para melhor atender às expectativas do consumidor”, destaca a Abiarroz.

O estudo mostrou, por exemplo, que 10% dos entrevistados congela o arroz, enquanto o feijão é congelado por 71%. Já 89% dos entrevistados consomem arroz branco polido, 9,4% parboilizado e 1,6% o tipo integral. Dos pesquisados, 60,3% acreditam que o arroz pode ser substituído por outros alimentos nas refeições. “Muitas iniciativas visando ressaltar a importância do arroz para a sociedade brasileira, seja por parte de atores da cadeia produtiva ou por intermédio de ações políticas, partem de pressupostos equivocados, por exemplo, ao superestimar que o consumidor está deixando de comer o arroz e o feijão em função do junk food; vimos, com o estudo, que a população goianiense continua tendo apreço por esse alimento”, disse Carlos Magri, um dos responsáveis pela pesquisa.

Compartilhar

Mosaic Biosciences Março 2024