Primeiro ano do Arroz Protegido tem R$ 2,97 milhões em sinistros

Programa de seguro rural cobriu 15,8 mil hectares e assegurou R$ 58,79 milhões em lavouras

24.05.2016 | 20:59 (UTC -3)
Nestor Tipa Júnior

Em seu primeiro ano, o programa Arroz Protegido, realizado em parceria pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e Tovese Corretora de Seguros, com o apoio da AgroBrasil, assegurou 15,8 mil hectares de lavouras do grão no Rio Grande do Sul. No total, a importância assegurada girou no valor de R$ 58,79 milhões sendo que foram pagos R$ 2,97 milhões em sinistros registrados.

Na avaliação do diretor da Tovese, Otavio Simch, a safra 2015/2016 foi muito preocupante para os produtores de arroz. Analisa que o clima foi agressivo e deixou rastros de prejuízos e necessidades de alongamento de dívidas. "Estamos convictos que o seguro do Arroz Protegido minimizou este prejuízo para os produtores que contrataram o seguro", adverte.

Simch alerta que o clima, no sul do país vai continuar a trazer surpresas. Lembra também que é importante que o produtor agilize a contratação do seguro para ficar na frente na fila da subvenção e não correr riscos caso haja cortes nos subsídios como foi na última safra. "Para ao longo do tempo conseguirmos reduzir ao máximo os prejuízos dos produtores. É preciso avançar rapidamente na contratação dos seguros para as lavouras. Tanto mais lavouras seguradas menos problemas o setor terá para administrar em futuros eventos climáticos", observa.

Para o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, é importante que os produtores busquem assegurar a sua produção de forma a evitar os problemas como os causados pelo último período. Salienta também que os produtores devem avaliar as modalidades disponíveis pelas seguradoras. "Aqueles produtores nos quais as lavouras se localizam em encostas de rios, o seguro multirrisco é o mais adequado. Para outros que não têm o risco de enchente, a opção do seguro para granizo é a que apresenta melhor custo-benefício", explica.

Dornelles acredita que os produtores precisam ter a consciência que a cadeia produtiva também engloba os agentes financeiros. Como o dinheiro é cada vez mais escasso e oneroso, é importante contribuir para minimizar os riscos das operações, colaborando com a evolução do relacionamento com o setor financeiro. Frisa também que quanto mais popular for a contratação do seguro, mais desonerado ele tende a ser para os arrozeiros. "Se o seguro não nos atende, as entidades precisam trabalhar para isto ser superado. E isso é o que estamos fazendo", complementa.

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