Produtividade do milho surpreende no Rio Grande do Sul

As produtividades têm surpreendido positivamente em muitos casos, com os produtores colhendo quantidades acima do esperado, fazendo com que a média estadual, que agora se situa ao redor dos 6,3 mil kg/ha, seja revisada para cima ao final da c

07.04.2016 | 20:59 (UTC -3)
Adriane Rodrigues/Emater

A colheita do milho evolui em todas as regiões produtoras do Rio Grande do Sul, beneficiada pelo clima quente e seco dos últimos dias. O percentual de área colhida chega a 75% do total, tendo ainda 18% em condições para tanto. As produtividades têm surpreendido positivamente em muitos casos, com os produtores colhendo quantidades acima do esperado, fazendo com que a média estadual, que agora se situa ao redor dos 6,3 mil kg/ha, seja revisada para cima ao final da colheita. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, as áreas de milho implantadas fora do período recomendado ou mesmo as sobressemeadas estão em enchimento de grãos e apresentam muito bom aspecto visual. O milho destinado à produção de silagem alcança 80% de área já colhida, com as produtividades chegando, em média, a 36,6 mil kg/ha de massa verde.

Na soja, a colheita também evolui e o percentual de área colhida chega a 45% do total, sendo que outros 38% já se encontram prontos para serem ceifados. As produtividades obtidas até o momento apresentam grande amplitude, podendo variar de 30 a 70 sacas de soja por hectare em um mesmo município. Entretanto, a média estadual mantém as estimativas de 3 mil kg/ha.

A primeira safra de feijão do Rio Grande do Sul está em final de colheita, restando apenas parte dos Campos de Cima da Serra. A safrinha ou segunda safra, em evolução, apresenta bom desenvolvimento e potencial produtivo favorável. No final de março, as lavouras se encontravam em fases de desenvolvimento vegetativo (30%), floração (33%) e formação de vagem (29%). No momento, os agricultores seguem realizando preventivamente tratamentos fúngicos, pois em algumas regiões as manhãs com neblina favorecem a incidência de doenças.

Os agricultores aceleraram a colheita do arroz, especialmente no centro Leste do Rio Grande do Sul. No momento, o percentual de área colhida no estado gaúcho alcança 45% do total semeado, sendo que o produto colhido até aqui apresenta qualidade satisfatória, com os grãos obtendo bom rendimento no engenho. As produtividades alcançadas seguem dentro do esperado, em torno dos 7,6 mil kg/ha. Em muitas situações, as produtividades do arroz ultrapassam os 8 mil kg/ha.

Hortigranjeiros

Continua a carência de olerícolas nesta época do ano nas regiões do Alto Jacuí, Noroeste Colonial e Celeiro. Com a baixa oferta de alface, repolho, cenoura e beterraba e o declínio da produção do tomate, é intensificado o preparo das áreas para implantação das variedades de inverno e de morangueiro. Até o momento é baixa a procura por mudas de hortaliças.

Citros

As primeiras frutas cítricas já começam a ser colhidas na região do Vale do Caí, inaugurando a nova safra. A fruta cítrica mais precoce de todas é a bergamota Satsuma, sem semente e com pouca acidez. Esta variedade está com 80% das frutas colhidas, encaminhando-se para o final. As condições do tempo continuam favoráveis ao desenvolvimento das frutas cítricas, com a ocorrência de chuvas em bom volume e bem distribuídas. O preço médio recebido pelos citricultores está em R$ 18,00 pela caixa de 25 kg.

A principal prática realizada pelos citricultores nesta época é o raleio da bergamotinha verde, que consiste na retirada de parte das frutas produzidas, quando estas estão ainda pequenas, evitando que o excesso de frutas esgote a planta, que na safra seguinte não tem condições de produzir, característica chamada de alternância de produção. No Vale do Caí, estas bergamotas verdes raleadas são aproveitadas pelas indústrias para a extração do óleo presente na casca, utilizado na indústria da alimentação, como aromatizante ou para dar sabor a alimentos e bebidas, e na indústria de higiene, limpeza e perfumes. As cultivares de bergamotas utilizadas para este fim são as do grupo das comuns, Caí, Pareci e Montenegrina. A primeira cultivar raleada é a Caí, e em seguida a Pareci. Nestas duas cultivares, o raleio já está encerrado. Atualmente o raleio ocorre na cultivar Montenegrina, fruta mais tardia, e atinge 50% das plantas. O preço médio recebido pelos citricultores pela bergamotinha verde está em R$ 420,00 a tonelada.

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