Programa Profissionais do Futuro encerra turma 2015 com três estagiários contratados

Os outros seis recém-formados também estão com propostas em propriedades rurais pelas quais passaram ou em vizinhas

10.02.2016 | 21:59 (UTC -3)
Ascom Aprosoja

Após cinco meses em campo, os nove estudantes do programa Profissionais do Futuro apresentaram na última sexta-feira (5) os resultados de suas experiências. O ponto alto é que três deles foram efetivados e os outros seis receberam propostas das fazendas pelas quais passaram ou de propriedades vizinhas das que estiveram.

O programa é uma parceria entre a Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e a FMC e tem como objetivo principal captar talentos para atuar no agronegócio. Um dos maiores diferenciais do programa é sua duração. Enquanto os estágios das faculdades duram cerca de um mês, os do Profissionais do Futuro têm duração de cinco meses, o que permite aos participantes estar durante todo o ciclo da soja, desde o preparo do solo até a colheita.

Para o gerente de Marketing da FCM, Adelino Thomazini, a agricultura vive um momento de desafio quando o assunto é colocar no campo profissionais qualificados. Nesse sentido, o programa vem ao encontro dos anseios dos produtores e empresas.

“Quando um profissional se forma, ele tem várias opções: continuar na academia, fazer uma especialização, trabalhar em empresas de defensivos, por exemplo. Agora, dificilmente você vê muitos querendo ir diretamente para o campo. Então, o projeto é muito importante porque permite ao profissional ter esse contato. O programa permite o contato não só com a produção, mas ter a vida na fazenda, o dia a dia no campo e com certeza isso é apaixonante. E eu acredito que dentro desse projeto nós estamos criando pessoas que vão estar diretamente envolvidas na produção de alimentos”.

As experiências - Um dos contratados pela fazenda que estagiou, Francisco da Silva Sganzerla, 23 anos, afirma que o programa foi essencial para a formação de seu perfil profissional. “Foi uma experiência maravilhosa e a Roseli Giachini (proprietária da fazenda) sempre afirmou que esperava de mim um gerente técnico. E foi o que ela conseguiu construir. Graças a ela e todos da fazenda, que tiveram paciência, consegui me qualificar. Com isso, também, agora sou trainee”, explica. A propriedade em questão é a Fazenda Barra, em Cláudia.

Com proposta para permanecer no Grupo Berneck, no município de Brasnorte, Isabella Aires Brito, 22 anos, conta que o grande diferencial do Profissionais do Futuro foi a liberdade e a confiança que seus chefes tiveram em relação aos seus trabalhos.

“Eu já havia realizado alguns estágios em fazendas, porém desta vez foi uma experiência atípica porque eu tinha pessoas com bom relacionamento e elas me deram uma maior abertura e um grande suporte técnico para eu me desenvolver como engenheira agrônoma. Esse foi o diferencial na fazenda para que eu, como dizem, decolasse”.

Para Guilherme Augusto Neris Borges, 24 anos, recém-formado pela Anhanguera de Rondonópolis, a experiência foi única. Além de lidar com a lavoura de soja, ele aprendeu técnicas da pecuária.

“Eu cheguei na propriedade na época do preparo de solo e acompanhei até o plantio. No caso da pecuária, participei de processos de inseminação artificial e entendi um pouco mais a integração lavoura-pecuária. Eu aprendi muito nesses meses e foi uma oportunidade única, que só tenho a agradecer a Aprosoja e FCM. O programa é engrandecedor porque nem sempre as fazendas querem pegar por tanto tempo recém-formados. Além disso, nós saímos da faculdade com a teoria e, agora, temos a prática”, disse.

Mudanças - Gerente de Planejamento da Aprosoja, Cid Sanches avalia os avanços do Profissionais do Futuro neste último ano. “Neste ano incorporamos mais duas propriedades e também mudamos o período, antes era de agosto a dezembro, agora é de setembro a janeiro, o que fez com que vários participantes conseguissem acompanhar os ciclos completos da soja”.

Outro ponto positivo foram as contratações. “A gente não espera que eles sejam contratados logo de cara, pela mesma fazenda em que estagiaram, mas se forem, melhor ainda. Dessa vez, três já foram e os outros pelo que sabemos estão com proposta. E esse é o grande objetivo do programa: os produtores verem o valor de terem um agrônomo na sua fazenda, como um profissional da sua equipe, e os agrônomos terem interesse em serem profissionais de fazenda. As propriedades necessitam desses profissionais qualificados e isso é o que faz hoje o programa Profissionais do Futuro”, avalia Sanches.

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