Safra 2015/16: manejo deve ir além da ferrugem asiática

As aplicações devem ser realizadas de forma antecipada, para proteger as plantas, pois é muito mais fácil e efetivo controlar um fungo antes de sua penetração nos tecidos vegetais

24.11.2015 | 21:59 (UTC -3)
Bruna Mathias

Estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a produção total da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2015 deverá ser de 199,6 milhões de toneladas, com resultado estimado de 3,5% a mais se comparado à safra obtida em 2014 (192,8 milhões de toneladas). Em números absolutos, o incremento mais significativo ocorre na produção de soja, que vai superar em 1 milhão de toneladas a safra do ano passado, ultrapassando os 80 milhões.

Neste cenário de aumento de produção e demanda é importante preparar-se para o manejo. Um ponto decisivo para o sucesso da lavoura será novamente o clima. Segundo o gerente de Marketing para Soja da BASF, Elias Guidini, é imprescindível que os sojicultores estejam atentos aos fenômenos climáticos, especialmente o El Niño. “Essa safra será muito influenciada pelo El Niño, que pode provocar chuvas díspares no Sudeste e no Centro-Oeste, bem como chuvas tardias na região Nordeste, e o mais importante, chuvas muito acima da média para a região Sul, especialmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, o que facilita a entrada da ferrugem da soja, bem como de outras doenças”, pondera o Guidini.

Em função disso, o momento de aplicação dos fungicidas torna-se crucial: “As aplicações devem ser realizadas de forma antecipada, para proteger as plantas, ou seja, antes da incidência da doença, já que é muito mais fácil e efetivo controlar um fungo antes de sua penetração nos tecidos vegetais” complementa Guidini. Ainda segundo o gerente, com aplicações preventivas os fungicidas podem inibir a germinação dos esporo e proporcionar maior período de controle (residual), possibilitando um periodo de proteção mais longo da lavoura.

Além da ferrugem, a BASF alerta para as chamadas Doenças de Final de Ciclo ou DFC`s. Calcula-se que existam mais de 40 doenças somente na cultura soja. Entretanto, algumas delas destacam-se como as mais importantes como, por exemplo, Mancha parda e Crestamento de Cercospora, Mofo branco, Oídio, Mancha alvo, Antracnose e Septoriose, além daquelas causadas por nematoides.

Neste sentido, a empresa dispõe de um portfólio variado aos sojicultores. Para o tratamento da semente, fase decisiva no que se refere ao controle de pragas e doenças, a BASF oferece o Standak® Top, o único com função inseticida e fungicida do mercado e líder no segmento. O produto permite a máxima expressão do potencial genético das sementes, além de contribuir para o melhor controle das principais pragas e doenças que atacam as sementes em processo de germinação e plântulas em desenvolvimento.

Outro destaque é o fungicida OrkestraTMSC, a primeira carboxamida lançada no Brasil para uso no cultivo da soja. Além de recomendado no tratamento da ferrugem-asiática, é efetivo no controle de doenças como mancha-alvo, antracnose, mancha parda e oídio, que também merecem extrema atenção, pois podem causar danos que levam a perdas de até 10 sacas de soja por hectare. Dessa forma, OrkestraTMSC figura com uma solução única para o controle de doenças em soja.

Manejo completo

Além dos cuidados ligados à prevenção de doenças, outros dois pontos são cruciais para a sanidade da lavoura de soja: o manejo das pragas e plantas daninhas. “A tomada de decisão deve integrar estratégias de prevenção da doenças, mas não deve deixar de lado o controle das pragas e das plantas invasoras, levando em conta também o monitoramento contínuo, pois os cenários podem variar bastante, de acordo com a localização da lavoura“ relembra Guidini.

No que se refere às pragas, o BASF recomenda atenção a dois grupos: as lagartas de difícil controle e os percevejos. Para o manejo das lagartas de difícil controle a empresa disponibiliza Pirate®, um produto com função inseticida e acaricida que apresenta efetivo controle da pragas como a Helicoverpa e a Falsa-medideira. “Dentro do segmento de lagartas é muito importante dispor de produtos com residual, mantendo a população baixa e diminuindo os danos em soja” afirma Guidini. Já para o controle de percevejos, a empresa disponibiliza o inseticida Fastac® Duo, especialmente efetivo no controle de três espécies muito temidas pelos agricultores: o percevejo marrom (Euschistus heros), o percevejo pequeno (Piezodorus guildinii) e o percevejo verde (Nezara viridula). Além disso, o produto confere seletividade, eficácia biológica e pode ser utilizado de forma rotacionada com outros ingredientes ativos, o que auxilia no manejo de resistência dos insetos.

As plantas daninhas também são uma grande ameça a saúde das lavouras. Nesse sentido, a BASF oferece o que há de mais novo e eficaz no controle de plantas invasoras (daninhas) de difícil controle: O herbicida Heat®. O produto é indicado para o controle da buva e de outras daninhas de folhas largas que, no Brasil, já apresentam tolerância a alguns herbicidas disponíveis. Além de sua rápida ação, o produto promove ganhos operacionais ao maquinário, já que permite ao agricultor – na maioria das situações – plantar logo após seu uso.

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