Sojicultura brasileira ganha programa focado no manejo sustentável das lavouras

“Manejo Consciente”, lançado pela Syngenta, aposta na transferência de conhecimento em prol das melhores práticas agrícolas

01.08.2016 | 20:59 (UTC -3)
Fabiana Trebilock

Principal cultura da agricultura brasileira, com quase 32 milhões de hectares plantados, a soja pode ser atacada por um grande números de doenças no Brasil. Dentre os danos que essas doenças podem ocasionar, salta aos olhos os danos ligados à ferrugem asiática, capaz de devastar por completo o potencial produtivo de uma lavoura de soja. Ameaçadora e temida por agricultores, a doença necessita de estratégias inteligentes de controle para que não se torne ainda mais forte e resistente. Alinhada à importância de disseminar conhecimentos ligados ao manejo correto da ferrugem e de outras doenças da soja, a Syngenta desenvolveu o programa Manejo Consciente, com o objetivo de unir esforços pela efetividade das tecnologias e sustentabilidade na agricultura.

A utilização correta dos defensivos, a assistência técnica no campo e o planejamento detalhado das safras são as principais ferramentas para o controle de doenças como a ferrugem. Para evitar a resistência a estas ferramentas e todos os riscos que isso implica, é necessário executar ações de mitigação. Por isso, além de chamar a atenção para o problema, por meio do Programa Manejo Consciente, a Syngenta tem o objetivo de disseminar as melhores práticas agrícolas de forma efetiva, com o apoio de técnicos, pesquisadores e demais entidades do agronegócio.

Por meio de treinamentos, workshops e outras iniciativas envolvendo uma rede de parceiros, o Programa Manejo Consciente prevê o compartilhamento de informações sobre o comportamento dos fungos, a evolução das doenças, os diversos fatores que podem causar a resistência e as perdas que ela implica, tanto para a produtividade da soja quanto para o meio ambiente. Passando, prioritariamente, pelo uso correto dos fungicidas.

“Ao transferir conhecimentos e orientar produtores rurais sobre o manejo adequado de doenças, buscamos não apenas proteger a efetividade dos fungicidas e a produtividade da soja, mas principalmente atuar com práticas ambientalmente sustentáveis, em linha com os compromissos assumidos em nosso Plano de Agricultura Sustentável”, afirma Robison Serafim, gerente de portfólio de fungicidas da Syngenta.

A ameaça da ferrugem asiática

Mais de 40 doenças da soja já foram identificadas no Brasil, porém, a ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, é a doença mais desafiadora, implicando riscos altamente preocupantes à produção. Epidemias da doença são comuns em todo o País, sendo identificada,desde que chegou ao Brasil na safra 2001/02, todos os anos em diferentes níveis de intensidade.

Ironicamente, ótimas condições de clima para o desenvolvimento da cultura da soja são também condições ideais para o estabelecimento da ferrugem asiática. Os esporos do fungo podem ser facilmente disseminados por correntes de ventos a longas distâncias, o que caracteriza uma alta capacidade de dispersão do fungo para diferentes regiões brasileiras. Em termos de potencial de dano, a ferrugem é a doença mais severa e pode causar reduções de produtividade de até 100%.

Segundo estudos da ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio), a perda de controle da ferrugempoderia acarretar perdas significativas na indústria processadora, que girariam em torno de R$ 7,0 bilhões, R$ 2 bilhões deixariam de ser arrecadados em impostos e 300 mil empregos poderiam deixar de existir. Os impactos econômicos também se estenderiam à cadeia de insumos, máquinas, serviços, entre outros.

O uso de fungicidas é a principal ferramenta para controle da ferrugem asiática no Brasil. “Portanto, o uso correto das tecnologias possibilita altos níveis de controle da doença de maior impacto na sojicultura brasileira, e a redução da eficácia desses fungicidas pode reduzir significativamente a produção da oleaginosa de tanto valor para o País. Assim, deve haver um esforço ordenado para, além de proteger os cultivos, proteger a força da economia brasileira, da qual todos se beneficiam”, conclui Robison.

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