​Tomate híbrido é aposta em regiões de clima ameno

Lançado em 2015 pela linha Topseed Premium, o Itaipava F1 é aposta de vendas em Santa Catarina e Rio Grande do Sul

12.09.2016 | 20:59 (UTC -3)
Juliana Bonassa

O tomate Itaipava F1, lançamento da Agristar pela linha Topseed Premium em 2015, mostra os seus resultados em duas regiões de maior cultivo, os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Como destaque está o seu excelente pegamento de frutos nas primeiras pencas, principalmente em condições adversas ou com temperaturas amenas.

O Especialista em Tomates e Pimentões, Thiago Teodoro Alcântara, explica que o Sul é umas das suas principais regiões de cultivo e a produtividade se torna um grande diferencial da variedade, pois esse pegamento se estende durante todo seu ciclo. A qualidade de fruto e a firmeza trazem total segurança ao agricultor para comercializar e enviar seu produto para todas as regiões do Brasil, sem preocupações com ponto de colheita, pois apresenta ótima coloração, qualidade e excelente pós-colheita (durabilidade na banca).

“Com o avanço das pesquisas, também conseguimos outras características interessantes para o tomate Itaipava: como precocidade na sua maturação, fator importante para regiões com clima ameno e uniformidade de frutos até seu ponteiro. Isso só foi possível pelo fato de possuir pencas definidas (dispensa mão de obra de raleio), garantindo frutos com tamanho comercial até o ponteiro da planta e, por último, a resistência ao TSWV (vírus do Vira-Cabeça), virose que vem causando grandes prejuízos aos agricultores”, explica Alcântara.

Docimar Macanan – Consultor Técnico de Vendas no Rio Grande do Sul

“O mercado na região está mudando, com os produtores buscando um calibre maior de fruto. O Itaipava tem correspondido a essas expectativas, aliadas ainda à alta produtividade. O Itaipava se adaptou muito bem, pois nesta última safra as precipitações foram muito acima da média e mesmo assim ele mostrou ser muito tolerante a doenças foliares e a micro rachaduras no fruto. Nesta última safra obtivemos uma participação de 10 % do mercado, aproximadamente, e todas as áreas tiveram excelentes resultados na produtividade e classificação. Notamos nas lavouras uma planta compacta, com pencas muito próximas umas das outras; ótimo pegamento de fruto por penca, com média de cinco frutos; precocidade de colheita nas primeiras pencas; planta bem robusta com folhas bem distribuídas, dando uma ótima proteção de frutos; excelente pós-colheita, com coloração de fruto bem atrativa. Os produtores de Santa Lúcia do Piaí (RS), região que concentra 50% da produção do estado, terão áreas maiores nesta próxima safra, dando mais uma oportunidade de crescimento em participação do mercado. Muitos produtores terão 100 % da área plantada com Itaipava”.

Carlos Xavier – Coordenador Técnico de Vendas Santa Catarina

“O mercado de tomate salada tipo caqui em Santa Catarina é bem expressivo, se concentrando nas cidades de Lebon Régis e Caçador, no meio-oeste, e Urubici na Serra Catarinense. Uma característica peculiar deste mercado é a exportação para outras regiões do Brasil, destacando-se o Sudeste e Centro Oeste. Há oito anos nossa estação experimental situada em Ituporanga seleciona produtos que atendam às necessidades específicas de nossa região, pois a maior parte do semeio de tomate ocorre ainda em um período frio para o melhor desenvolvimento da cultura. Sendo assim, novos produtos precisam ser bem adaptados ao frio para promover uma boa produtividade. Além deste fator, como o mercado consumidor é de fora da região é necessário que as novas genéticas tenham uma boa pós-colheita. Juntando a adaptabilidade ao frio, firmeza de fruto no pós-colheita, uma coloração e sabor agradáveis, conseguimos entregar ao mercado um novo híbrido, o tomate Itaipava F1. Estas características despontaram desde as primeiras avaliações que fizemos. Após a criteriosa fase de avaliação, introduzimos o tomate Itaipava no mercado. Todos os produtores que fizeram o semeio obtiveram resultados espetaculares, lembrando que o verão de 2015 foi extremamente adverso, com muita chuva no Sul, o que dificultou as boas práticas culturais nas lavouras de tomate. A consagração de nosso híbrido se deu com o empenho da equipe comercial em fazer com que os produtores realizassem o manejo correto do produto. Assim, os melhores resultados na última safra de tomate da região meio-oeste e Serra Catarinense foram com o tomate Itaipava F1”.

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