Estratégias de manejo de plantas daninhas em dessecação pré-plantio da soja

Por João Ibelli Neto, gerente de Produtos da Adama

04.05.2021 | 20:59 (UTC -3)

Quando falamos em manejo de dessecação, um cenário nem tão longínquo nos remete ao tempo em que esse procedimento era realizado de forma mecânica, com arado e grade e, simultaneamente, a utilização de produtos que atuavam em conjunto.

Com o passar do tempo, a dessecação química passou a ser uma alternativa garantida e o glifosato, usado para essa função, também era uma ferramenta de controle para a pós-emergência das plantas daninhas. Com o aumento da resistência das invasoras, as estratégias tiveram de ser alteradas e o produtor precisa de novas ferramentas para o controle das plantas daninhas. Da mesma forma, o glifosato não é mais capaz de solucionar sozinho o problema de plantas daninhas.

Ainda na temática do glifosato, das 10 plantas com maior resistência ao princípio ativo, sete estão presentes no Paraná e Mato Grosso do Sul. Entre estas, a buva e o capim-amargoso são as mais problemáticas e que causam os maiores prejuízos. Atualmente, depois de cinco a sete dias, já são notadas perdas expressivas por matocompetição. Como exemplo, duas a três plantas de capim amargoso por m² podem provocar uma perda de 50 a 60 % de produtividade.

O sucesso do manejo, no entanto, depende de alguns fatores. O clima influencia muito (e o estresse hídrico pode ser um fator muito importante para o insucesso), assim como a tecnologia de aplicação, as doses dos princípios ativos, a incidência dos ventos, o tamanho das plantas daninhas.

A chave da dessecação é um bom planejamento. O melhor sistema de dessecação é aquele bem planejado, que começa no outono, quando as plantas não estão tão grandes, e que não passaram por um estresse hídrico prolongado.

Como pontos mais relevantes para o planejamento podemos elencar:

• Condições climáticas adequadas: chuvas com volume de ao menos 15mm auxiliam nos resultados do manejo tanto de buva como de capim amargoso.

• Escolha de produtos que controlem igualmente folhas largas e folhas estreitas.

• Utilização de produtos que não tenham antagonismo em sua ação.

• Garantia de que não haja residual do manejo para o plantio de soja.

O controle das plantas daninhas antes da semeadura é muito importante e o sistema sequencial, com duas aplicações na dessecação, apresenta bons resultados ao trazer produtos sistêmicos na primeira delas. Como característica de ação, se deslocam mais e pegam plantas maiores, para controlar e garantir um efeito mais forte logo na chegada. Na segunda aplicação, a indicação é de um produto de contato, com pouca translocação, para complementar o que foi feito na primeira rodada.

Como protagonista para a ação do manejo de plantas daninhas em dessecação, a ADAMA disponibiliza aos produtores o herbicida Araddo, combinação altamente eficiente para o manejo de Capim-amargoso, Capim-pé-de-galinha e Buva, entre outras, que chega como uma solução completa no manejo de folhas largas e gramíneas na dessecação das culturas da soja, milho e trigo.

A Buva, planta daninha importante no Sul do Brasil, está avançando também para o Cerrado. Já o capim-amargoso e capim-pé-de-galinha mostram-se resistentes ao glifosato e estão avançando rapidamente por todas as principais regiões agrícolas do Brasil. A ocorrência simultânea dessas três plantas daninhas - presentes em mais de 20 milhões de hectares de soja - frequentemente leva à aplicação conjugada de graminicidas e auxínicos. Com formulação exclusiva e patenteada, o herbicida Araddo controla com alta eficácia tanto as gramíneas como as plantas daninhas de folha larga sem efeito antagônico.

Além disso, outro grande diferencial da formulação do herbicida Araddo refere-se à segurança para o produtor realizar o plantio após a aplicação. Dessa forma, Araddo inaugura um novo segmento onde não tem restrição de intervalo entre a aplicação e a semeadura da soja.

Temos com Araddo uma solução completa para o manejo de ervas resistentes ao glifosato e com estabilidade de resultados em diferentes condições. Além disso, por se apresentar como uma mistura pronta, traz facilidade de aplicação e ganho de tempo para o produtor.

Araddo é mais uma solução trazida pela ADAMA como parte de um portfólio robusto e voltado às necessidades dos agricultores. Cada vez mais, a empresa tem se preocupado com os desafios que os agricultores enfrentam, os escutado de forma ativa e genuína, procurando entender suas necessidades e experiências e entregar o que o agricultor quer. Escutar, entender e entregar são as palavras que refletem a essência do trabalho da ADAMA, que recentemente lançou sua nova assinatura global: Listen > Learn > D eliver .


João Ibelli Neto, gerente de Produtos da Adama

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