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string(82) "Vinicius Abe, Alltech Crop Science e Universidade Estadual de Maringá (UEM)"
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string(52) "Importância da nutrição em soja "
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string(383) "<p>Na agricultura
planejada, que objetiva alcançar altas produtividades, atender às necessidades
nutricionais da lavoura, de acordo com cada fase da cultura, gera impacto
também em outros manejos, como o de doenças que encontram em plantas
debilitadas e mais vulneráveis a estresses o ambiente perfeito para causar
prejuízos.</p>"
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string(5744) "<figure><img src="http://www.grupocultivar.com.br/ativemanager/uploads/plugin/imagens/2292d75be6a0de33cba96ef89ad2d4f6.jpg"></figure><p>A nutrição de plantas está
diretamente ligada à defesa natural contra agentes externos, como as doenças.
Uma planta bem nutrida é naturalmente mais tolerante ou até resistente ao
ataque de patógenos, mas como isso funciona? As plantas se defendem
principalmente de duas maneiras: com a fortificação de barreiras externas, como
a lignificação da parede celular, e até contra-atacando através da produção de
substâncias que combatem os patógenos como as fitoalexinas.</p>
<p>A primeira forma faz parte
do metabolismo primário da planta, portanto é realizada durante seu
desenvolvimento natural, e alguns dos nutrientes mais importantes para isso são
o cálcio, o magnésio e o boro. O cálcio é um nutriente presente na lamela média
da parede celular, o magnésio é cofator da produção de enzimas necessárias para
a transferência de fosfatos (energia) na planta e o boro é essencial para que
ocorra alongamento celular e, portanto, boa formação das células e as estruturas
constituídas por essas. Sem a limitação de macro e micronutrientes, a planta se
desenvolve naturalmente mais resistente, permanecendo saudável por mais tempo,
assim como ocorre com os seres humanos.</p>
<p>Já o contra-ataque como
mecanismo de defesa faz parte do metabolismo secundário. Ele acontece quando
algo ativa este mecanismo, como o ataque de doenças ou a estimulação de rotas
de defesa natural da planta, passando a produzir substâncias naturais para
inibir ou atrasar o desenvolvimento de patógenos. A ativação deste processo
representa gastos energéticos, que podem ser compensados com o auxílio da
nutrição. Neste caso, é fundamental o uso de nutrientes como o cobre, que é
essencial para a ativação de enzimas, fixação de nitrogênio em leguminosas e
principalmente ajuda na assimilação de energia pela planta, por fazer parte da
fotossíntese. O nitrogênio também é importante, pois impulsiona o
desenvolvimento da planta, dando maior capacidade de crescimento e assimilação
de carbono. Outro nutriente é o fósforo, que é responsável pelo armazenamento
e, posteriormente, transferência de energia. Junto está o potássio, que auxilia
no transporte e na acumulação de carboidratos, contribuindo para maior
produtividade. É importante lembrar também que esta ativação da defesa da
planta nutricionalmente favorece a regulação dos processos energéticos, que
estariam desequilibrados, ocasionando perdas pela ocorrência de doenças. Outro
benefício desta técnica de manejo é a sua contribuição para a manutenção das
estruturas das plantas, diminuindo perdas de área foliar e auxiliando a
fotoassimilação. </p><figure><img src="http://www.grupocultivar.com.br/ativemanager/uploads/plugin/imagens/8cc50e4d365a3f9c00d3c4f992e0307b.jpg" alt="Necessidades nutricionais das lavouras de soja devem ser acompanhadas de perto pelos produtores" title="Necessidades nutricionais das lavouras de soja devem ser acompanhadas de perto pelos produtores"><figcaption>Necessidades nutricionais das lavouras de soja devem ser acompanhadas de perto pelos produtores</figcaption></figure><p>Além disso, tanto a falta de
nutrientes como o excesso podem ser prejudiciais às próprias plantas ou
micro-organismos benéficos da rizosfera, assim como favorecer o desenvolvimento
de doenças, sendo importante a oferta dos nutrientes de forma equilibrada,
principalmente no solo.<br></p>
<p>A nutrição de plantas também
se torna fundamental junto à aplicação de defensivos nas plantas, pois assim
como o uso de remédio em seres humanos, eles são benéficos, mas podem trazer
efeitos colaterais, como clorose e travamento, o que pode afetar a
produtividade. Um exemplo amplamente conhecido é o glifosato, que por ser uma
molécula com alta afinidade a cargas livres, indisponibiliza temporariamente
alguns nutrientes. Este efeito, por exemplo, pode ser amenizado com a
utilização de nutrientes como o manganês, o zinco e o enxofre. A utilização de
substâncias que aumentam a absorção e a utilização dos nutrientes, como os
aminoácidos, também é muito interessante para amenizar os estresses, pois
aumenta a eficiência da utilização de nutrientes e regula o metabolismo da
planta, acelerando a saída deste travamento. </p>
<p>Em suma, o produtor deve
acompanhar de perto as necessidades nutricionais da sua lavoura, fornecendo seu
suprimento de acordo com cada fase da cultura. Afinal, uma planta bem nutrida é
naturalmente mais resistente aos mais diversos estresses.</p><p><br></p><p>Vinicius Abe, Alltech Crop
Science e Universidade Estadual de Maringá (UEM)</p>"
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Na agricultura
planejada, que objetiva alcançar altas produtividades, atender às necessidades
nutricionais da lavoura, de acordo com cada fase da cultura, gera impacto
também em outros manejos, como o de doenças que encontram em plantas
debilitadas e mais vulneráveis a estresses o ambiente perfeito para causar
prejuízos.