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string(40) "manejo-preventivo-da-cigarrinha-do-milho"
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string(121) "Charles Martins de Oliveira, Embrapa Cerrados - Entomologia; Elizabeth de Oliveira, Embrapa Milho e Sorgo - Fitopatologia"
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string(41) "Manejo preventivo da cigarrinha-do-milho "
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string(471) "<p>Por se tratar de
um inseto-vetor, e por ser muito rápida a transmissão dos patógenos, não se
aplica à cigarrinha-do-milho o conceito de nível de dano normalmente utilizado
no controle de pragas. As ações contra Dalbulus maidis para o controle dos
enfezamentos devem ser essencialmente preventivas, de modo a evitar a
alimentação dos insetos infectantes nas plântulas de milho.</p>"
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string(20490) "<figure><img src="http://www.grupocultivar.com.br/ativemanager/uploads/plugin/imagens/4c83f8d724427cf661394454260a9a70.JPG"></figure><p>A cigarrinha-do-milho
<i>Dalbulus maidis</i> é o inseto responsável pela transmissão dos patógenos,
agentes causais dos enfezamentos pálido e vermelho. Os enfezamentos são doenças
que, quando ocorrem em elevada incidência, podem resultar em grandes prejuízos
em lavouras comerciais e em campos de produção de sementes de milho. Embora
surtos de enfezamentos no Brasil venham ocorrendo desde a década de 1990, foi a
partir de 2015 que o país experimentou os maiores prejuízos com essas doenças
em várias regiões, principalmente nos estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais e
São Paulo. Esse fenômeno tem sido atribuído, em grande parte, ao fornecimento
ininterrupto e abundante de milho e às altas temperaturas, que representam
condições favoráveis para o aumento da população do inseto-vetor e do inóculo
dos patógenos.</p>
<h2>Complexo
de enfezamento</h2><p><span></span></p>
<p>Os
enfezamentos são doenças sistêmicas do milho, causadas por micro-organismos
denominados molicutes (classe Mollicutes, divisão Bactéria), que infectam o
floema da planta. Existem dois tipos de enfezamento: o enfezamento-pálido,
causado por um espiroplasma (<i>Spiroplasma kunkelii</i>), e o enfezamento-vermelho,
causado por um fitoplasma (<i>Maize bushy stunt phytoplasma</i> =
MBS-fitoplasma). As plantas de milho infectadas com esses molicutes podem ser
infectadas também com <i>Maize rayado fino virus</i> (MRFV), uma vez que esses
três patógenos são transmitidos pelo mesmo inseto-vetor, a cigarrinha <i>D.
maidis</i>. No Brasil, essa virose é denominada risca. A infecção da planta de
milho pode ocorrer de forma isolada ou simultânea com um, dois ou três desses
patógenos, fato que dificulta a individualização dessas doenças no campo e
justifica a denominação comum utilizada por alguns técnicos: complexo de
enfezamento. Essas doenças ocorrem no milho nas regiões tropicais e
subtropicais das Américas, o que inclui o Brasil.</p>
<p>Os
sintomas foliares dos enfezamentos manifestam-se caracteristicamente na fase
reprodutiva das plantas de milho. Para o enfezamento-pálido, os sintomas
característicos e inequívocos para a identificação são estrias cloróticas
esbranquiçadas que se formam nas folhas e na palha das espigas, estendendo-se da
base em direção ao ápice e que podem coalescer, atingindo toda a área foliar.
Entretanto, dependendo do genótipo de milho, plantas infectadas com esse
patógeno podem apresentar apenas clorose seguida por avermelhamento ou seca,
principalmente nas margens e na parte apical das folhas. As plantas com essa
doença apresentam internódios mais curtos e espigas menores que as plantas
sadias, podendo ser drástica a redução no desenvolvimento e na produção. Para o
enfezamento-vermelho, os sintomas característicos são intenso avermelhamento
das folhas associado à proliferação das espigas, em geral, ao longo do colmo da
planta. Entretanto, plantas infectadas com esse patógeno podem apresentar
apenas clorose seguida por seca, principalmente nas margens e na parte apical
das folhas, e espigas pequenas. Além disso, pode ocorrer redução no comprimento
dos internódios da planta com enfezamento-vermelho, em grau variável dependendo
do genótipo de milho. O enfezamento-vermelho causa grande redução na produção
da planta infectada; as espigas são, em geral, pequenas e formam poucos grãos.
Os sintomas da risca aparecem nas folhas da plântula, cerca de duas semanas
após a infecção com o MRFV, e permanecem claramente visíveis na planta adulta.
Esse vírus infecta tecidos do parênquima, e a doença manifesta sintomas que se
caracterizam pela formação de pontos cloróticos nas folhas, que coalescem
formando riscas paralelas às nervuras e que se estendem da base em direção ao
ápice. </p><figure><img src="http://www.grupocultivar.com.br/ativemanager/uploads/plugin/imagens/2a0df8929a259b563801346fabdf961e.JPG" alt="Estrias cloróticas esbranquiçadas características de enfezamento-pálido" title="Estrias cloróticas esbranquiçadas características de enfezamento-pálido"><figcaption>Estrias cloróticas esbranquiçadas características de enfezamento-pálido</figcaption></figure>
<p>A
infecção com espiroplasma e/ou com fitoplasma e/ou com o MRFV pode ocorrer em
qualquer estádio de desenvolvimento da plântula de milho. Quanto mais jovem a
plântula de milho suscetível for infectada, maior será o dano no seu
desenvolvimento e produção. Apenas não ocorrerá dano no desenvolvimento e na
produção do genótipo de milho suscetível se a infecção com esses patógenos
ocorrer a partir da fase de florescimento da planta. </p>
<p>Nas
plantas afetadas por enfezamentos, a produção de grãos pode ser reduzida em
mais de 70% em relação às plantas sadias. A redução total em uma lavoura é
diretamente dependente do percentual de plantas doentes. Os enfezamentos podem
atingir até 100% das plantas de lavouras ou de campos de produção de sementes
causando prejuízos expressivos.</p><figure><img src="http://www.grupocultivar.com.br/ativemanager/uploads/plugin/imagens/f767c15162374a9a4bc42fae55678c64.jpg" alt="Intenso avermelhamento das folhas provocado pelo enfezamento-vermelho" title="Intenso avermelhamento das folhas provocado pelo enfezamento-vermelho"><figcaption>Intenso avermelhamento das folhas provocado pelo enfezamento-vermelho</figcaption></figure>
<h2>A
cigarrinha-do-milho Dalbulus
maidis</h2>
<p>A cigarrinha-do-milho
é o único inseto-vetor conhecido no Brasil capaz de transmitir os agentes
causais do enfezamento-pálido (espiroplasma), do enfezamento-vermelho
(fitoplasma) e da risca (MRFV). É um inseto pequeno com comprimento de cerca de
4mm. Apresenta coloração amarelo-palha ou esbranquiçada. Entretanto, espécimes
mais escuros podem ser encontrados dependendo da região e do clima. Os adultos
possuem duas manchas circulares negras bem marcadas no alto da cabeça, entre os
olhos, e essa característica permite distinguir <i>D. maidis </i>da maioria das
espécies de cigarrinhas comumente encontradas na cultura do milho. As fases
jovens (ninfas) são amareladas e não apresentam asas. Esse inseto habita
preferencialmente o interior do cartucho das plantas de milho, mas ocorre
também sobre as folhas das plantas adultas.</p>
<p>Originária
do México, a cigarrinha-do-milho ocorre apenas no continente americano. No
Brasil, apresenta ampla distribuição geográfica, podendo ser encontrada em
todas as regiões produtoras de milho, desde cultivos em áreas extensas até em
pequenas áreas de subsistência.</p>
<p>A
biologia de <i>D. maidis</i> varia de acordo com as condições climáticas,
sobretudo com relação à temperatura ambiente. Esse inseto se desenvolve de
forma mais rápida em regiões mais quentes. Sua postura é feita no interior das
folhas do milho, preferencialmente na nervura central. Os ovos são brancos,
alongados e medem cerca de 1,3mm. Após a postura, os ovos podem levar de cinco
dias a oito dias para dar origem às ninfas. Esse inseto apresenta cinco
instares e a duração total da fase ninfal é de aproximadamente 17 dias, podendo
variar, por exemplo, de 14 dias (em temperatura de 26°C) a 115 dias (em
temperatura de 10°C). Os adultos podem viver entre 50 dias e 60 dias e as
fêmeas podem colocar de 400 ovos a 600 ovos durante toda sua vida. Com base nos
dados biológicos dessa espécie, é possível afirmar que a cigarrinha-do-milho
complete uma geração em cerca de um mês e que seja capaz de produzir diversas
gerações por ano principalmente nos meses mais quentes. </p>
<p>No
Brasil, <i>D. maidis</i> só se reproduz no milho. Na ausência de sua planta
hospedeira (milho), esse inseto-vetor migra a longas distâncias para encontrar
novos plantios de milho, ou permanece localmente utilizando as plantas de milho
voluntárias (tiguera) que emergem após a colheita desse cereal. Entretanto,
estudos recentes realizados em campo e em condições controladas têm demonstrado
que na ausência do milho, a cigarrinha <i>D. maidis</i> pode também utilizar
outras espécies gramíneas da família Poaceae, como espécies de braquiária,
sorgo e milheto, para abrigo e/ou alimentação, aguardando a emergência de
plântulas de milho tiguera ou da semeadura subsequente desse cereal.</p><figure><img src="http://www.grupocultivar.com.br/ativemanager/uploads/plugin/imagens/3ba57f7ec0f39032b7929255eb758eb4.jpg" alt="Sintomas da risca aparecem nas folhas da plântula aproximadamente duas semanas após a infecção " title="Sintomas da risca aparecem nas folhas da plântula aproximadamente duas semanas após a infecção "><figcaption>Sintomas da risca aparecem nas folhas da plântula aproximadamente duas semanas após a infecção</figcaption></figure>
<h2>Manejo </h2>
<p>Por se
tratar de um inseto-vetor, e por ser muito rápida a transmissão dos patógenos,
não se aplica à cigarrinha-do-milho o conceito de “nível de dano” utilizado no
controle de insetos-praga. As ações para controle de <i>D. maidis</i> e para o
controle dos enfezamentos devem ser essencialmente preventivas, para evitar a
alimentação das cigarrinhas infectantes nas plântulas de milho. É importante
ressaltar que nem todas as cigarrinhas de uma população que chega à lavoura de
milho são infectantes, ou seja, portadoras dos patógenos. O percentual de
cigarrinhas infectantes que chega à lavoura de milho em estágio de plântulas
depende da origem da população. Se essa população provém de lavoura com alta
incidência dessas doenças, a taxa de infectividade das cigarrinhas será alta.
Assim, o uso de inseticidas químicos ou biológicos, registrados no Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para o controle dessas
cigarrinhas recém-chegadas pode não resultar no controle imediato dos
enfezamentos na lavoura tratada. Essa medida, no entanto, auxilia na redução da
população de cigarrinhas que migrarão para as lavouras subsequentes.
Ressalta-se, no entanto, que o uso excessivo de inseticidas, além de ser
ineficaz no controle desse inseto-vetor e dos enfezamentos, pode eliminar os
inimigos naturais da cigarrinha, favorecendo seu aumento populacional.</p>
<h2>Manejo do
risco </h2>
<p>Não há
uma prática agronômica que, isoladamente, seja eficaz o suficiente para
controlar os enfezamentos e/ou a cigarrinha no milho. Porém, diversas práticas
são recomendadas para reduzir o risco de danos por essas doenças e necessitam
ser adotadas por todos os produtores em uma região, para garantir eficácia
nessa redução.</p>
<p>Dessa
forma, algumas práticas podem ser recomendadas para o manejo dessas doenças e
de seu inseto-vetor. A colheita do milho, seja grão ou semente, deve ser
realizada evitando-se ao máximo deixar grãos e espigas no campo. Essa prática é
benéfica, pois maximiza o rendimento da colheita e evita a emergência de
plântulas tiguera, que concentram e aumentam a densidade populacional de
cigarrinhas e o inóculo dos molicutes e do MRFV na área, gerando risco para
plântulas de semeaduras seguintes. É benéfica também por evitar o custo de
dessecação de plantas tiguera com a utilização de produtos químicos. As espigas
e os grãos de milho que caem durante a colheita podem também ser posteriormente
recolhidos. </p>
<p>O milho
tiguera presente em áreas destinadas à semeadura desse cereal deve ser
dessecado com antecedência mínima de 30 dias. Essa prática é benéfica por
eliminar possíveis fontes de inóculo dos molicutes e MRFV e da cigarrinha. O
período de 30 dias é recomendado porque as cigarrinhas ainda permanecem vivas
nas plantas tiguera enquanto há tecido vivo, podendo também utilizar outras
espécies de plantas da família Poaceae para abrigo e alimentação por períodos
entre três semanas e cinco semanas.</p>
<p>Em
grandes propriedades, principalmente onde há irrigação por vários pivôs, a
distribuição das lavouras de milho, no tempo e no espaço, deve ser planejada de
forma a evitar a disseminação do milho tiguera indiscriminadamente por toda a
propriedade, principalmente nas áreas destinadas ao cultivo de outros cereais,
o que pode dificultar e limitar a dessecação posterior dessas plantas tigueras
com herbicidas que podem afetar esses cultivos. Essa prática pode reduzir o
custo do manejo da tiguera. </p>
<p>Deve-se
evitar a semeadura de lavouras de milho ao lado de lavouras com plantas adultas
que apresentem sintomas de enfezamentos e/ou da virose da risca. As ninfas da
cigarrinha que nascem nas plantas doentes adquirem os patógenos tornando-se
infectantes. Como as cigarrinhas preferem viver no cartucho das plântulas de
milho e migram das plantas adultas para a nova lavoura, as cigarrinhas
infectantes os transmitem para as plântulas. Quanto mais plantas adultas
doentes houver na lavoura adulta, maior será a população de cigarrinhas
infectantes e mais plântulas da nova lavoura de milho serão infectadas.</p>
<p> Para planejar a semeadura do milho, áreas e
períodos de outras semeaduras desse cereal nas imediações do local devem ser
monitorados para avaliação da possível migração de cigarrinhas infectantes para
as plântulas dessa nova lavoura. A presença de muitas lavouras de milho adultas
com alta frequência de sintomas de enfezamentos, próximas à área, com correntes
de vento nessa direção, pode significar risco, e a semeadura, nesse momento,
deve ser evitada.</p>
<p> Deve-se tratar as sementes e pulverizar a
lavoura no início de desenvolvimento (estádios V3 e V4) com inseticidas
registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para
controle da cigarrinha <i>D. maidis</i>. Essa prática deve ser adotada por
todos os produtores para reduzir a população desse inseto-vetor. Esse
tratamento trará benefício para a lavoura em questão, quando não houver fluxo
contínuo de entrada de cigarrinhas infectantes com os patógenos, provenientes
de milho tiguera ou de lavouras doentes, visto que a transmissão desses agentes
ocorre muito rapidamente, antes da morte do inseto. Porém, a redução da
população de cigarrinhas infectantes na localidade resultará sempre em
diminuição da disseminação dos patógenos, beneficiando os produtores, que devem
adotar essa prática. </p>
<p> Sincronizar o período de semeadura em uma
região, quando possível, pode evitar o aumento contínuo da população de
cigarrinhas e a consequente concentração de inóculo dos patógenos, decorrente
da migração desse inseto-vetor de lavouras adultas com plantas doentes para
lavouras nos estádios iniciais de desenvolvimento.</p>
<p> Diversificar e rotacionar cultivares de milho
e utilizar cultivares resistentes aos enfezamentos, quando ofertadas, são
práticas que podem contribuir para evitar a seleção de possíveis variantes
genéticas dos patógenos, que podem ser altamente destrutivas. Esse complexo
patossistema envolve três agentes patogênicos que interagem entre si, com o
inseto-vetor, com a planta de milho hospedeira e com o ambiente. Embora essas
interações não sejam completamente conhecidas, há evidências de influência da
temperatura na transmissão diferencial e na proliferação dos molicutes e de
variabilidade na transmissão de isolados desses agentes. Temperaturas mais
elevadas -igual ou acima de 17°C (noite) e de 27°C (dia) - favorecem a
proliferação desses patógenos nas cigarrinhas e nas plantas, e sua consequente
disseminação, aumentando a incidência dos enfezamentos. </p>
<p>Em
localidades com alta incidência de enfezamentos, deve-se realizar vazio
sanitário localizado, interrompendo a semeadura escalonada e deixando a área
sem milho pelo menos por 30 dias. Essa prática objetiva eliminar
simultaneamente fontes de inóculo e cigarrinhas e, em consequência, reduzir a
incidência de plantas infectadas com fitoplasma, espiroplasma e MRFV. Em geral,
o aumento de plantas doentes ocorre ao longo do tempo em localidades onde o
milho é cultivado em semeaduras sequenciais, durante o ano todo. As semeaduras
tardias, em geral, apresentam maiores níveis de incidência dessas doenças.
Portanto, o monitoramento da incidência de enfezamentos é essencial para a
decisão sobre a possível necessidade e sobre o momento mais adequado em que
deve ser feita essa interrupção.</p>
<p>Deve-se
pulverizar as plantas de milho em fase de produção com inseticida registrado no
Mapa para controle da cigarrinha <i>D. maidis</i>. Esse procedimento pode
reduzir a população de insetos portadores dos patógenos agentes causais dos
enfezamentos e contribuir para reduzir a incidência dessas doenças em novas
lavouras, tanto de milho semente quanto de milho grão.</p><p><br></p><p>Charles Martins de
Oliveira, Embrapa Cerrados -
Entomologia; Elizabeth de
Oliveira, Embrapa Milho e
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