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string(356) "<p>Ensaios cooperativos avaliam desempenho de fungicidas no controle de doenças como a mancha-branca em milho segunda safra no Paraná. Objetivo da iniciativa é fornecer informações científicas para produtores, técnicos e pesquisadores sobre o impacto produtivo e o uso racional dos produtos.</p>"
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string(10755) "<figure><img src="http://www.grupocultivar.com.br/ativemanager/uploads/plugin/imagens/956712d809332e97c9da3d7ad831f770.JPG"></figure><p>A produção de milho vem crescendo no Brasil e no mundo nas últimas décadas. Nesse contexto, no Brasil, o milho segunda safra ou safrinha teve a área triplicada desde 2000, passando a ser responsável na última safra 2019 por aproximadamente 73% da produção total de milho brasileira. Esses números tendem a crescer ainda mais, visto os investimentos em tecnologia e pesquisas para o milho safrinha nos últimos anos.</p>
<p>No mesmo sentido da produção, a ocorrência de doenças de foliares no Brasil também vem crescendo. Tanto é que, recentemente, pesquisadores do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), em parceira com CPA-Copacol, identificaram uma nova doença bacteriana em lavouras comerciais (Leite <i>et al, </i>2018). Entre as doenças foliares de maior importância em milho, a mancha-branca é a que mais ocorre no Paraná.
</p>
<p>O uso de fungicidas em milho tem sido cada vez maior. No entanto, a eficiência de controle de alguns produtos é questionável. Nesse contexto, pesquisadores do programa milho do Iapar, em parceria com Coamo Cooperativa Agroindustrial (Coamo), iniciaram em 2016 e 2017 um projeto-piloto para conhecer a influência de fungicidas para controlar a mancha-branca do milho. Este trabalho resultou em 2018 e 2019 no estabelecimento da rede de ensaios cooperativos de fungicidas em milho segunda safra, envolvendo uma parceria público-privada de várias Instituições formada por Iapar, Embrapa, universidades, cooperativas, empresas de experimentação e multinacionais fabricantes de agroquímicos. O objetivo desta rede será estudar programas de manejo de doenças do milho segunda safra, fornecendo informações científicas para produtores, técnicos e pesquisadores da eficiência de controle, impacto produtivo e uso racional de fungicidas.</p><figure><img src="http://www.grupocultivar.com.br/ativemanager/uploads/plugin/imagens/d3a82bdba4338ddbe0352d3932dd8f44.JPG" alt="Houve redução de produtividade na área sem aplicação de fungicidas" title="Houve redução de produtividade na área sem aplicação de fungicidas"><figcaption>Houve redução de produtividade na área sem aplicação de fungicidas</figcaption></figure><p>
</p>
<h2>Condução dos ensaios</h2>
<p>Os ensaios do projeto-piloto foram conduzidos nos anos de 2016 e 2017 em Londrina e Campo Mourão, semeados em duas épocas em cada localidade. Parcelas experimentais de 3,6 x 6 metros, com espaçamento entre linhas de 0,9m e população variando de acordo com a recomendação do fabricante. O híbrido utilizado foi “Fórmula VIP3”. Os tratos culturais do campo experimental foram realizados conforme recomendações técnicas para a cultura. A adubação de cobertura ocorreu aos 15 dias e 30 dias após a emergência, com aplicação de 125kg/ha de ureia. Os fungicidas testados no controle de mancha-branca do milho foram compostos por moléculas isoladas e misturas duplas ou triplas (Tabela 1).
</p><figure><img src="http://www.grupocultivar.com.br/ativemanager/uploads/plugin/imagens/09c26b46eb40c7209d8f099ce1b9e544.jpg"></figure><p>Para conhecer a eficiência de controle, três aplicações foram realizadas nos estádios fenológicos de oito folhas (V8), pré-pendoamento e pós-pendoamento (R2), com pulverizador costal pressurizado e volume de calda de 200 litros/ha. A severidade da doença foi aferida no estádio de grão pastoso (R4), avaliando-se a folha abaixo da espiga. Produtividade e severidade foram submetidas a análise conjunta.</p>
<h2>RESULTADOS
</h2>
<p> Nos ensaios conduzidos em Campo Mourão, a severidade média de mancha-branca em R4 do tratamento sem aplicação de fungicidas foi 28%. A aplicação de fungicidas reduziu a severidade da doença em relação ao tratamento testemunha, sem fungicida (Figura 1). </p><figure><img src="http://www.grupocultivar.com.br/ativemanager/uploads/plugin/imagens/4a7c5378557811b607d2b9a7d4e95af1.jpg" alt="Figura 1 - Severidade de mancha-branca do milho em programas de controle com aplicação de fungicidas. Campo Mourão-PR - Coamo. Segunda safra 2016 e 2017" title="Figura 1 - Severidade de mancha-branca do milho em programas de controle com aplicação de fungicidas. Campo Mourão-PR - Coamo. Segunda safra 2016 e 2017"><figcaption>Figura 1 - Severidade de mancha-branca do milho em programas de controle com aplicação de fungicidas. Campo Mourão-PR - Coamo. Segunda safra 2016 e 2017</figcaption></figure><figure><img src="http://www.grupocultivar.com.br/ativemanager/uploads/plugin/imagens/326dbd56dbaa744e6d503bf4fd369585.jpg" alt="Figura 2 - Produtividade (kg/ha) de milho em programas de controle de mancha-branca. Campo Mourão-PR - Coamo. Segunda safra 2016 e 2017" title="Figura 2 - Produtividade (kg/ha) de milho em programas de controle de mancha-branca. Campo Mourão-PR - Coamo. Segunda safra 2016 e 2017"><figcaption>Figura 2 - Produtividade (kg/ha) de milho em programas de controle de mancha-branca. Campo Mourão-PR - Coamo. Segunda safra 2016 e 2017</figcaption></figure><p>Nas condições testadas, o controle da doença pela aplicação de fungicidas impactou na produtividade final da cultura. No tratamento testemunha, sem aplicação de fungicidas, a produtividade foi inferior aos tratamentos com fungicidas (Figura 3).<br></p><figure><img src="http://www.grupocultivar.com.br/ativemanager/uploads/plugin/imagens/bb580d62caf7fc754797b6bc84312396.jpg" alt="Figura 3 - Severidade de mancha-branca do milho em programas de controle com aplicação de fungicidas. Londrina-PR – Iapar. Segunda safra 2016 e 2017" title="Figura 3 - Severidade de mancha-branca do milho em programas de controle com aplicação de fungicidas. Londrina-PR – Iapar. Segunda safra 2016 e 2017"><figcaption>Figura 3 - Severidade de mancha-branca do milho em programas de controle com aplicação de fungicidas. Londrina-PR – Iapar. Segunda safra 2016 e 2017</figcaption></figure><p>Os ensaios conduzidos em Londrina, em geral, apresentaram severidade média na testemunha avaliada em R4 de 15%. A severidade foi superior nos ensaios conduzidos na segunda época de semeadura (Figura 4). O uso de fungicidas reduziu a severidade de mancha-branca em relação à testemunha sem aplicação.<br></p><figure><img src="http://www.grupocultivar.com.br/ativemanager/uploads/plugin/imagens/79c7b841cd9c9daf81550f91fcb8b4bf.jpg" alt="Figura 4 - Produtividade (kg ha-1) de milho em programas de controle de mancha-branca. Londrina-PR - Iapar. Segunda safra 2016" title="Figura 4 - Produtividade (kg ha-1) de milho em programas de controle de mancha-branca. Londrina-PR - Iapar. Segunda safra 2016"><figcaption>Figura 4 - Produtividade (kg ha-1) de milho em programas de controle de mancha-branca. Londrina-PR - Iapar. Segunda safra 2016</figcaption></figure><p>Os tratamentos compostos por misturas duplas e triplas apresentaram maior eficiência de controle quando comparadas a moléculas isolados. Da mesma forma, a resposta em produtividade média foi observada para essas composições na safra 2017 (Figura 4).<br></p>
<p>Em função da ocorrência de “fortes ventos”, a produtividade da safra 2016 não foi avaliada porque o ensaio foi perdido.</p><figure><img src="http://www.grupocultivar.com.br/ativemanager/uploads/plugin/imagens/02c41587e5688ddcbbba38947f711e55.JPG" alt="O posicionamento adequado de fungicidas tende a garantir melhores produtividades" title="O posicionamento adequado de fungicidas tende a garantir melhores produtividades"><figcaption>O posicionamento adequado de fungicidas tende a garantir melhores produtividades</figcaption></figure><p>
</p>
<figure><img src="http://www.grupocultivar.com.br/ativemanager/uploads/plugin/imagens/edbe7ff2c8fecc3c786a8e471625fea1.JPG" alt="Folha de milho com a presença de sintomas da mancha-branca" title="Folha de milho com a presença de sintomas da mancha-branca"><figcaption>Folha de milho com a presença de sintomas da mancha-branca</figcaption></figure><h2>CONSIDERAÇÕES FINAIS</h2>
<p>O posicionamento adequado de fungicidas com eficiência superior apresenta alta probabilidade de garantir maiores produtividades. </p>
<p>Novas moléculas de fungicidas sítio-específicos ou multissítios com diferentes modos de ação ou novas combinações de formulações poderão ser oferecidas ao setor produtivo nos próximos anos.
</p>
<p>Por meio desta rede de ensaios cooperativos envolvendo várias instituições nos biomas Mata Atlântica e Cerrado, será possível ofertar informações científicas ao setor produtivo sobre a eficiência, o impacto produtivo e o uso racional de fungicidas foliares para controlar doenças.
</p>
<p>
</p>
<p>Lucas Henrique Fantin e Karla Braga, UEL; Lucas Simas de Oliveira Moreira, Coamo; Marcelo Giovanetti Canteri, UEL; Adriano Augusto de Paiva Custódio,
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