Adubação à base de cálcio e enxofre aumenta produtividade da soja no RS

No noroeste gaúcho, a média na colheita da soja para quem utilizou fertilizante mineral no solo tem sido em torno de 76 sacas por hectare

24.04.2018 | 20:59 (UTC -3)
Emerson Alves

Terceiro maior produtor brasileiro de soja, o Rio Grande do Sul destinou nesta safra 5.700 milhões de hectares plantados para esta cultura, boa parte na região noroeste do estado. O grão se firmou como um dos produtos de maior destaque na agricultura nacional e, consequentemente, na balança comercial, resultando, neste momento, em bons lucros para os produtores.

A soja, embora seja uma planta adaptável a diferentes tipos de solo, necessita de um solo com fertilidade média e que não seja muito ácido ou mal drenado, isso para desenvolver todo seu potencial produtivo. A partir disso, com um plantio bem planejado, adubação feita de maneira correta e ajuda das condições climáticas, a produtividade pode estar garantida.

No Rio Grande do Sul, a região noroeste é uma das principais produtoras de soja, que deve colher boa parte dos 17 milhões de toneladas estimadas pela Emater/RS para todo o estado. Mas, apesar da região apresentar um solo produtivo, ele também é bastante argiloso. Diante disso, para se obter o máximo potencial produtivo do grão na lavoura é preciso que a planta esteja bem nutrida e o solo esteja descompactado, como explica o engenheiro agrônomo e especialista em solo, Eduardo Silva e Silva. “O solo no sul do país é bastante argiloso, especialmente na região noroeste do RS, sendo necessária aplicação de sulfato de cálcio para afrouxar e ajudar a flocular a argila”, explica o agrônomo. 

A partir da ajuda do cálcio e do enxofre, o solo fica mais permeável permitindo que as raízes atinjam os nutrientes encontrados no solo e responsáveis pelo desenvolvimento da soja. Assim, o sulfato de cálcio entra como protagonista na adubação, principalmente onde há plantio direto, sendo aplicados uma parte no inverno e o restante no verão. “O sulfato de cálcio é uma das principais composições para equilibrar o solo, fornecendo cálcio e enxofre desde a raiz até a parte aérea da planta.”,  afirma Silva e Silva, que também é diretor técnico da SulGesso, empresa catarinense líder no fornecimento de sulfato de cálcio no sul do Brasil, e que tem registrado resultados surpreendentes em produtividade junto aos produtores gaúchos. “Tanto os produtores gaúchos quanto catarinenses atingiram resultados excelentes com a utilização do SulfaCal na lavoura de soja. Além disso, esse fertilizante granulado a base de sulfato de cálcio é mais solúvel que o calcário e também mais acessível, comparando o seu custo-benefício”, explica Silva e Silva.

O agrônomo lembra ainda que no noroeste gaúcho, a média na colheita da soja para quem aplicou o SulfaCal tem sido em torno de 76 sacas/ha, isso considerando um mês de estiagem. “Temos um estudo recente em São Sepé, onde foi aplicado o fertilizante mineral num lote com 60 dias de estiagem, dosagem a lanço de 300 a 500 kg, e o resultado foi até 22 sacas a mais que a testemunha; isso é muito expressivo e traz um ânimo muito grande entre os produtores”, destaca Silva e Silva.

Uma boa produção só acontece com uma boa nutrição, e como as plantas retiram muito cálcio e enxofre do solo, o engenheiro agrônomo recomenda a aplicação de pelo menos 300 kg de SulfaCal agora no inverno pra repor o que a soja retirou e ainda deixar um saldo para a planta de cobertura de solo se nutrir. “Por tonelada de soja são extraídos em torno de 20kg de cálcio e 8.8kg de enxofre. Então repor os nutrientes extraídos agora e realizando a manutenção dos níveis adequados de cálcio e enxofre são a garantia de constância nos médios a altos patamares de produtividade”, finaliza o agrônomo.


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