Aluno do MasterCitrus apresenta dissertação sobre doses de óleo mineral e resina orgânica no controle de pinta preta

​O aluno do Mestrado Profissional em Controle de Doenças e Pragas dos Citros – MasterCitrus do Fundecitrus, Mario Roberto Moraes, defendeu sua dissertação de mestrado nesta quarta-feira (9), na sede da instituição

10.08.2017 | 20:59 (UTC -3)
Fundecitrus

O aluno do Mestrado Profissional em Controle de Doenças e Pragas dos Citros – MasterCitrus do Fundecitrus, Mario Roberto Moraes, defendeu sua dissertação de mestrado nesta quarta-feira (9), na sede da instituição. O engenheiro agrônomo avaliou em sua pesquisa diferentes doses de óleo mineral e resina orgânica em combinação com fungicidas no controle da pinta preta.

Pela primeira vez o controle da pinta preta foi avaliado em pomares novos e velhos de diferentes variedades de laranja doce. O experimento foi conduzido em pomares de laranja doce 'Hamlin' (precoce) com 8 e 12 anos, 'Pera' (meia-estação) com 6 e 19 anos, e 'Valência' (tardia) com 9 e 14 anos, em Mogi Guaçú/SP, na safra 2015/2016. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito de diferentes doses de óleo mineral (0,25, 0,20 e 0,15%) ou resina orgânica (0,015%) acrescidos a caldas com cobre e/ou estrobilurina no controle da pinta preta, visando a redução de custos de controle dessa importante doença dos citros.

Os resultados da pesquisa apontaram que as caldas contendo fungicidas, com ou sem adição de óleo ou resina orgânica, reduziram a intensidade dos sintomas nas seis áreas avaliadas. Entretanto, o controle químico da pinta preta com calda acrescida de óleo mineral apresentou viabilidade econômica apenas nos pomares mais velhos das variedades 'Pera' e 'Valência'. A resina orgânica acrescida à calda fungicida, em substituição ao óleo mineral, não promoveu aumento de eficiência da calda fungicida no controle da pinta preta em comparação com a calda fungicida sem óleo.

“Esse estudo apresenta resultados muito importantes para o manejo da doença em diferentes variedades. Porém, vale ressaltar que, o trabalho apresentado contém dados obtidos em apenas um ano de estudo, e até o final de 2017 serão divulgados os resultados da segunda safra de avaliação desse experimento”, afirma Moraes. De acordo com o pesquisador do Fundecitrus, orientador do trabalho, Geraldo José Silva Junior, esse estudo pioneiro no manejo de pinta preta indicou que há possibilidade de redução da dose de óleo de 0,25% (5L/2000 L) em pomares mais novos de laranjeiras doces, porém essa dose ainda deve ser utilizada pelos citricultores até que resultados mais consistentes sejam obtidos nas próximas safras.

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