ANPII e ESALQ-USP negociam contrato para desenvolvimento de novo inoculante

Objetivo da parceria é expandir o uso de inoculantes para outras finalidades além da fixação biológica de nitrogênio

18.02.2019 | 20:59 (UTC -3)
Élcio Ramos

A Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII), além de promover e conscientizar sobre a importância da FBN, aplica um modelo de parceria com institutos de pesquisas para o desenvolvimento de novos inoculantes que poderão ser implementados pelas empresas associadas. Em fase avançada de negociação, uma pesquisa conjunta de inoculante à base de bactérias do gênero Bacillus, deverá ser realizada pelos pesquisadores do Departamento de Genética da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ - USP), em Piracicaba, no interior de São Paulo.

“As bactérias produzem hormônios vegetais e outras substâncias que atuam no desenvolvimento das plantas, levando a uma maior produtividade. Dentro da parceria, a novidade é que se trata de uma bactéria não específica. Sendo assim, a expectativa é de poder associá-las a uma grande gama de plantas, apresentando potencial para ser utilizada em diversas culturas”, explica o presidente da ANPII, José Roberto de Castro. A cepa do microrganismo foi selecionada pela pesquisadora Maria Carolina Quecine Verdi, que fez todos os testes preliminares em laboratório e em casa de vegetação da ESALQ. No convênio que está sendo firmado, o desenvolvimento em escala industrial e os testes de campo visando o registro do inoculante no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) serão conduzidos pela associação, tendo todo o suporte e respaldo científico da universidade.

“Os trabalhos serão, em breve, desenvolvidos na fase pré-competitiva em um consórcio das empresas associadas, focados no desenvolvimento de novos produtos que venham a trazer maior produtividade e sustentabilidade para a agricultura brasileira, características essenciais dos produtos biológicos”, analisa o engenheiro-agrônomo e consultor da ANPII, Solon Cordeiro de Araujo. A assinatura do contrato entre ANPII e ESALQ deve ocorrer no início de março e a estimativa inicial do tempo de desenvolvimento do novo inoculante é de 24 meses.

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