Área colhida das lavouras de milho do RS já alcança 85% e produtividade segue alta

​A área colhida das lavouras de milho no Rio Grande do Sul atingiu nesta semana 85% do total plantado

20.04.2016 | 20:59 (UTC -3)
Mateus de Oliveira

A área colhida das lavouras de milho no Rio Grande do Sul atingiu nesta semana 85% do total plantado, tendo ainda 10% maduro e por colher e 5% em fase final de formação de grãos, que deve ser colhida até o final de maio, destaca o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quarta-feira (20/04). As produtividades se mantiveram em níveis elevados durante todo o processo de retirada dos grãos, com raras exceções. Atualmente, a média está em 6,3 mil kg/ha. No milho destinado à silagem, a colheita ultrapassa os 90%. “Também neste caso a produtividade foi bastante elevada, situando-se próxima a 36,5 mil kg de massa verde por hectare”, informa o diretor técnico da Emater/RS, Lino Moura.


Os preços permanecem firmes diante da escassez de oferta e da demanda em alta, principalmente pelo consumo das aves e suínos. Durante a semana, o preço médio da saca de 60 kg ficou em R$ 41,87 pagos ao produtor.

Soja

A soja obteve significativo avanço na colheita, alcançando 75% de área. Apesar do registro de alguns focos mais intensos de ferrugem asiática e da ocorrência de chuvas mais intensas em algumas áreas da região Sul e Campanha neste final de ciclo, a cultura conseguiu manter as produtividades em níveis satisfatórios, mantendo a média geral para o Estado acima do projetado inicialmente. “É bem provável que a atual estimativa divulgada para a soja, de 2.938 kg/ha, tenha que ser revista ligeiramente para cima”, comenta Lino Moura.

Com relação à comercialização do grão, os sojicultores estão vendendo pequenos lotes para saldar dívidas e retendo o produto à espera de melhor definição do mercado. Na Bolsa de Mercadorias de Chicago, as cotações da soja foram positivas na última semana, com alta de US$ 0,38/bushel. Segundo analistas, essa valorização é sustentada pela demanda chinesa, pelo aumento do esmagamento nos Estados Unidos, e pelo risco de perda da safra Argentina, estimada em três milhões de toneladas, devido ao excesso de chuva na colheita e pela volta dos fundos de investimentos a apostar nas commodities agrícolas. No mercado local, a saca de 60 kg ficou cotada a um preço médio para o produtor em R$ 67,75.

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