Artigo: Brasil e dá-lhe milho

Artigo escrito por José Luiz Tejon Megido, Conselheiro Fiscal do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), Dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM, Comentarista da Rádio Jovem Pan

01.03.2016 | 20:59 (UTC -3)
Por José Luiz Tejon Megido, Conselheiro Fiscal do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), Dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM, Comentarista da Rádio Jovem Pan

O ex-ministro Alysson Paolinelli foi considerado um dos mais importantes ministros da agricultura na história brasileira e agora completando 80 anos de idade continua atuante. O ex-ministro Paolinelli preside a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (ABRAMILHO). E qual a importância do milho?

Como dizia outro saudoso líder do agronegócio brasileiro o Dr. Ney Bittencourt de Araújo, “o milho está para o agronegócio assim como o aço para a indústria”. O milho entra em quase tudo, se transforma em proteína animal, como ração para suínos, frangos, bovinos, vira leite na silagem para vacas, entra na química industrial vira açúcar, vira etanol, e além de tudo isso, é óleo para alimentação humana, flocos, pães, massas, e não podemos esquecer da pipoca e do milho doce.

Pois bem, o Brasil poderia produzir só de milho, cerca de 380 milhões de toneladas Isso significa quase 50% a mais do que toda a safra brasileira atual com todos os grãos e um dia faremos.

Mas como o Brasil vai fazer isso? Simplesmente por soluções criativas geniais como explica o ex-ministro Alysson Paolinelli, através da integração lavoura, pecuária e floresta. Numa entrevista para uma revista, pesquisadores e técnicos criaram a inteligência para fazer na mesma área, ao mesmo tempo, soja, milho, árvores e gado. Cm isso, multiplicamos o potencial de produção no Brasil e, como o milho permite atingir 15 mil quilos por há, ou mais, sem dúvida, vai ser o rei dos grãos no Brasil.

Criatividade: um show que o agronegócio tem dado ao país e que precisa ser adotado nos planos dos governos. E o ex-ministro reclama que fizemos estudos geniais com a Embrapa e a Fundação Dom Cabral, mas ninguém do governo ainda quis ver.

Vamos ver como isso vai terminar e dá-lhe milho.

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