Brasil poderá colher até 238 milhões de toneladas de grãos na safra 2018/19

Número se aproxima do recorde de 238,8 milhões da safra 2016/2017 e supera em 4,7% resultado da colheita anterior

11.10.2018 | 20:59 (UTC -3)
MAPA

A produção estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o primeiro levantamento da safra 2018/19 indica volume entre 233,6 e 238,5 milhões de toneladas, com variação entre 2,5% e 4,7% a mais do que a safra passada. Isso significa que a produção nacional poderá aumentar entre 5,6 e 10,6 milhões de toneladas. Os números estão no 1º levantamento da safra de grãos, divulgado nesta quinta-feira (11), pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, e pelo presidente da Conab, Marcelo Bezerra.

O número previsto é muito próximo ao do recorde histórico alcançado na safra 2016/2017, de 238,8 milhões de toneladas. De acordo com o ministro, dados colhidos até agora, como o da área plantada e o aumento das vendas de fertilizantes corroboram com a previsão e acrescentou que o diferencial, daqui para a frente, será o comportamento do clima.

Nas principais culturas do país, a soja pode alcançar produção entre 117 milhões de t e 119,4 milhões de t, enquanto o milho total pode chegar até 91,1 milhões de t. A esrimativa é de que a primeira safra de milho pode ser maior em relação à passada, alcançando entre 26 milhões de t e 27,3 milhões de t, enquanto a segunda seria de até 63,7 milhões de t.

Outras culturas também destacam-se com a estimativa de aumento da produção, como o algodão, amendoim, feijão-comum cores e girassol. No caso do algodão, o bom desempenho das cotações da pluma, tanto no mercado interno quanto no externo, estimulou os produtores a investirem na lavoura, sendo esperados incrementos recordes na área plantada.

Em relação ao milho, a grande aposta dos produtores é a expectativa de normalização das chuvas para a temporada que inicia. O mercado mostra-se promissor e vem se fortalecendo a cada ano, com as alternativas de exportação para o mercado chinês, os reflexos da taxa de câmbio e a fabricação de etanol a partir de milho, além do forte mercado interno produtor de proteína animal, destacou o presidente da Conab.

O estudo mostra também que a definição da área plantada do milho está condicionada à evolução do clima nos próximos meses, que estimulará, caso ocorra normalização das chuvas, o uso de um pacote tecnológico avançado, fato não ocorrido na temporada passada. Sendo assim, a estimativa de área total deverá apresentar forte incremento, com um intervalo de 16,6 a 16,8 milhões de hectares.

Já a soja vem se consolidando como o principal produto na evolução do agronegócio brasileiro e que tradicionalmente impulsiona o incremento da área nacional produtora de grãos, apresentando, neste exercício, intervalo entre 35,4 milhões de hectares e 36,2 milhões de hectares.

Com relação à área total de grãos no país, a perspectiva é de aumento de 0,2 a 2,3% para o plantio da safra 2018/19, que poderá variar de 61,9 a 63,1 milhões de hectares.

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