Brasil registra recorde de exportação para o mês de novembro, com 3,37 milhões de sacas de café

No acumulado das exportações dos últimos 12 meses, o Brasil vem mantendo a exportação média acima de 36 milhões de sacas

11.12.2015 | 21:59 (UTC -3)
Flávia Bessa

A Organização Internacional do Café - OIC divulga, mensalmente, o Relatório sobre o Mercado de Café. Segundo o Relatório de Novembro, a produção no ano-safra de 2014/15 se fixou em 143,3 milhões de sacas de 60 kg, e o consumo no ano civil de 2014 foi revisado, passando a 149,8 milhões de sacas. Essa revisão deve-se a uma demanda superior à estimada anteriormente na União Europeia, agora revisada para 42,4 milhões de sacas. O consumo mundial de 149,8 milhões de sacas em 2014 representa uma taxa de crescimento médio anual de 2,4% nos quatro últimos anos.

Com relação ao Brasil, a OIC aponta perspectivas positivas, destaca o recorde de exportação de 36,9 milhões de sacas no ano cafeeiro de 2014/15 e sugere que volumes significativos dos estoques internos foram usados para abastecer o mercado.

O Relatório Mensal Novembro/2015 do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – CeCafé, por sua vez, apontou que as exportações brasileiras de café no mês de novembro de 2015 foram 6,9% superior em comparação ao ano anterior e é recorde, considerando a série histórica do mês novembro. Além disso, registrou o volume de 3,37 milhões de sacas 60Kg e receita cambial de US$ 498,3 milhões, com destaque para o incremento de 14,1% nos embarques de café arábica e de 12,2% de solúvel.

No acumulado das exportações dos últimos 12 meses, o Brasil vem mantendo a exportação média acima de 36 milhões de sacas. No período de dezembro de 2014 a novembro de 2015, o país embarcou o volume de 36,7 milhões de sacas e obteve uma receita cambial de US$ 6,27 bilhões. Destaca-se, ainda nesse período, a exportação de 4,5 milhões de sacas de café conilon, volume recorde na comparação do mesmo período em anos anteriores.

Com relação ao período de janeiro a novembro de 2015, as exportações de café também apresentaram bom desempenho e alcançaram o volume embarcado de 33,5 milhões de sacas, 1,0% superior em comparação ano passado, e receita cambial de US$ 5,626 bilhões. No período, o café conilon apresentou o importante crescimento de 35% em relação ao período passado, ainda em decorrência da oferta reduzida de café vietnamita e de outras origens, alcançando o volume embarcado de 4 milhões de sacas e indicando o provável recorde da exportação dessa variedade no corrente ano. O café arábica correspondeu a 78,3% das exportações brasileiras; o conilon, a 12,1%; o solúvel, a 9,6%; e o Torrado&Moído, a 0,1%.

A exportação de cafés diferenciados no período de janeiro a novembro deste ano teve crescimento de 10,9% em comparação ao ano anterior e representou 24,8% dos embarques totais de café do Brasil, resultando no volume de 8,3 milhões de sacas. Do volume exportado de cafés diferenciados, os dez maiores países importadores representam 83% do total embarcado com diferenciação.

Em relação aos mercados de destinos das exportações de café, o Brasil tem acesso a 67% dos países reconhecidos pela ONU e os nossos principais compradores, no período de janeiro a novembro desse ano, foram os EUA. com 7,1 milhões de sacas (21% de participação); Alemanha, com 5,9 milhões de sacas (18%); Itália, com 2,8 milhões de sacas (8%); Japão, com 2,1 milhões de sacas (6%); e Bélgica, com 2,1 milhões de sacas (6%). Todos esses países juntos representam 60% do volume total embarcado. Nesse mesmo período, o volume embarcado para os EUA teve incremento de 6,78%; para a Itália, de 9,71%; Reino Unido, de 42,2%; e Turquia, de 31,4%.

O Brasil também manteve ampliado os volumes exportados para todos os continentes, com exceção da Europa e da América Central, com destaque ao crescimento de 19% para os países produtores, de 17% para o Oriente Médio, de 9% para os Países Árabes e de 43% para o Mercosul.

No período, o porto de Santos/SP foi responsável por 83,7% dos embarques de café do Brasil, com o volume exportado de 28 milhões de sacas de 60 Kg, indicando o crescimento de 7,2% em comparação ao ano anterior. O Rio de Janeiro/RJ exportou 3,3 milhões de sacas. E com 3,9% de participação, o porto de Vitória/ES embarcou 1,2 milhões de sacas.

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