Cadeia produtiva de hortaliças ganha mapeamento de 13 culturas

O estudo feito pela CNA em parceria com a Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (Absem) contou com a colaboração de diversas instituições entre elas a Embrapa Hortaliças

08.12.2017 | 21:59 (UTC -3)
Gislene Alencar​

Adotar boas práticas, otimizar recursos, agregar valor e estar atento às tecnologias e aos novos comportamentos dos consumidores. Esses são alguns dos desafios da cadeia produtiva de hortaliças apontados no “Mapeamento e quantificação e cadeias produtivas”(disponível aqui) , lançado em 7 de dezembro na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília.  

O estudo feito pela CNA em parceria com a Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (Absem) contou com a colaboração de diversas instituições entre elas a Embrapa Hortaliças (Brasília – DF). O trabalho, inédito no Brasil, traz informações sobre 13 culturas (abóbora cabotiá, abobirnha, alface, alho, batata, beterraba, cebola, cenoura, coentro, couve-flor, pimentão, tomate mesa e tomate indústria). Considerando todos os elos da cadeia produtiva, a estimativa é que a movimentação financeira girou em torno de R$ 66 milhões, em 2016. 

O chefe-geral da Embrapa Hortaliças, Warley Nascimento, representou a diretoria da Embrapa no evento, conduzido pelo presidente da CNA, João Martins. Representantes de diversas instituições do setor agropecuário também estiveram presentes. Nascimento ressaltou a importância desse estudo para a cadeia produtiva, que é responsável por cerca de 2 milhões de empregos no campo. 

“Esse mapeamento copila dados de diversas instituições – e informações de produtores – sobre essa cadeia que é extremamente complexa. Produzimos hortaliças em praticamente todo o país, com sistemas de produção, nível tecnológico e comercialização diferentes. Por isso, a importância desse trabalho para subsidiar pesquisas, além de ser um norteador para todos os envolvidos com a cadeia”, pondera Nascimento.

O chefe-geral ressaltou que problemas e oportunidades – como desperdício e aumento de consumo - apontados no mapeamento, já são alvos de preocupação e de pesquisas na Embrapa Hortaliças. Ele cita, por exemplo, o site sobre o consumo consciente de hortaliças para evitar o desperdício, coordenado pela pesquisadora Milza Lana. 

A supervisora do Setor de Prospecção e Avaliação de Tecnologias da Embrapa Hortaliças, Flávia Clemente, ressalta a importância desse mapeamento e de como ele está alinhado com levantamento censitário realizado recentemente com produtores de pimentão e tomate em Planaltina (DF), em parceria com a Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural do DF e Emater/DF. “Esses dados nos possibilitam atuar de forma mais ativa e articulada institucionalmente para contribuir com a cadeia produtiva como um todo”, diz.

 


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