Centro de Engenharia e Automação completa 51 anos em julho

Centro de pesquisas desenvolve sistemas revolucionários para levar mecanização à colheita da uva e melhorar desempenho de colhedoras de cana

13.07.2020 | 20:59 (UTC -3)
Fernanda Campos

Movido por uma equipe de cientistas atuante em diferentes segmentos do agronegócio, o Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, completa 51 anos no dia 15 de julho. Instalado na cidade de Jundiaí, o CEA abriga aos reconhecidos programas Aplique Bem, Adjuvantes da Pulverização, Quepia e Unidade de Referência. Lidera, ainda, projetos disruptivos nas áreas ambiental e de mecanização agrícola.

Um dos desafios tecnológicos encampados pela instituição em períodos recentes está sob responsabilidade do pesquisador Antonio Odair Santos, agrônomo e pós-doutor em viticultura e enologia. Trata-se da mecanização da colheita da uva, tecnologia ainda inédita no mundo. Santos desenvolveu e testa protótipos de máquinas colhedoras da fruta. Os equipamentos em análise realizam também a desfolha, poda e pulverização de videiras, por exemplo.

Além da colheita, Odair Santos estuda a qualidade da uva. Trabalho conduzido por ele e pela pesquisadora Maria A. Lima, ela doutora na área de tecnologia pós-colheita, deu origem a um veículo motorizado e a um aparelho portátil que operam integrados no mapeamento de padrões de qualidade da fruta. “O equipamento fornece amostras precisas de compostos fenólicos da uva antes da colheita, inclusive nível de açúcar, acidez e taninos”, destaca Maria.

A vocação do CEA para a mecanização agrícola encontra respaldo em outro projeto de última geração, este tocado pelo engenheiro e pesquisador Roberto da Cunha Mello. À frente de estudos sobre colhedoras de cana-de-açúcar, ele desenvolve uma máquina específica para minimizar efeitos da colheita mecanizada sobre a planta da cana, como a perda de produtividade.

“Ainda não existe no mercado mundial uma colhedora como a que estudamos no CEA, capaz de corrigir preparo do solo, plantio ou cultivo não adequados à colheita mecanizada”, antecipa Mello.

Engenheiro agrônomo e pesquisador há quase 35 anos, Afonso Peche conduz no CEA estudos nas áreas de agricultura conservacionista e gestão agroambiental. São diretrizes do trabalho dele medir e avaliar impactos ambientais de ocupação e uso da terra, além de desenvolver modelos para gerir e mitigar efeitos da intervenção da agricultura na natureza e fazer o inventário de águas no Estado de SP.

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