CNA debate alternativas para seca e tendências de consumo na cafeicultura

Para presidente da Comissão Nacional de Café do CNA, Breno Mesquita, cenário atual de seca é irreversível e levará quebra de produção da safra cafeeira 2021

07.12.2020 | 20:59 (UTC -3)
CNA

O presidente da Comissão Nacional de Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Mesquita, participou de dois eventos online, na sexta (04/12), para debater o atual impacto da seca nas lavouras de café e a visão de diferentes segmentos da cadeia produtiva do café sobre as tendências de consumo, desafios da sustentabilidade e a promoção da imagem do café brasileiro no cenário internacional.

Pela manhã, o encontro virtual foi organizado pela Frente Parlamentar do Café, coordenada pelo deputado Emidinho Madeira (PSB-MG), e contou com a participação da secretária de Agricultura de Minas Gerais, Ana Maria Valentin, representantes de cooperativas de Minas Gerais e São Paulo, parlamentares, pesquisadores e lideranças da cafeicultura.

Para Mesquita, o cenário atual de seca é irreversível e terá como consequências a quebra de produção para a safra cafeeira 2021. “Para minimizar os impactos é importante trabalharmos para ampliar o crédito e os recursos de linhas específicas para essas situações, como as do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), pois o nosso foco é atender o maior número de cafeicultores e evitar a descapitalização e endividamento do setor”, ressaltou.

No período da tarde, o debate virtual foi promovido pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) e contou com especialista de diferentes áreas para debater sobre a pesquisa e tecnologia, sustentabilidade da cadeia, transparência de mercado, rastreabilidade e promoção da imagem dos cafés brasileiros por meio da união da cadeia produtiva.

Mesquita destacou os programas do Sistema CNA e Federações para a capacitação do produtor rural e a Assistência Técnica e Gerencial como caminhos para fortalecer a cafeicultura no Brasil. Segundo ele, capacitação e conhecimento são fundamentais para torna o cafeicultor brasileiro ainda mais competitivo.

“O Sistema CNA/Senar leva informação e treinamento para que o nosso produtor se torne cada dia mais competitivo. O Senar oferece cursos e a assistência técnica promove a inserção tecnológica permitindo ao produtor trabalhar mais com menos, ter lucratividade, rentabilidade e melhor qualidade de seus cafés”, disse.

Ele também destacou a importância da inovação para ampliar a eficiência da cadeia produtiva, que pode ser alcançada com acesso à pesquisa, ações de promoção, parcerias com startups, além da sucessão familiar, com a permanência dos jovens no negócio da família.

“Não basta sermos os maiores produtores, também precisamos ser extremamente competitivos, tornar o produtor referência mundial. Esse é o nosso desafio, tanto do setor produtivo quanto de toda a cadeia, promover a competitividade e sustentabilidade da cafeicultura, independente do tamanho do produtor.”

Breno Mesquita citou ainda a Semana Internacional do Café (SIC) em Minas Gerais como um dos eventos mais importantes do setor para gerar informações e network para toda a cadeia. Segundo ele, na edição deste ano, mais de 58 países participaram do evento, que foi realizado de forma virtual devido à pandemia.

Na live do Cecafé, também participaram do debate o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, o Diretor de Relações Institucionais Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (ABICS), Aguinaldo José de Lima, o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), Celírio Inácio da Silva, o pesquisador da Embrapa Rondônia, Enrique Alves, e o representante especial do Brasil junto aos Organismos Internacionais em Londres (Rebraslon), embaixador Marco Farani.

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