Com forte presença da ferrugem nesta safra, produtor deve estar atento às alternativas de controle para a próxima

Nesta safra 2017/18, a Ferrugem asiática virou notícia e causou grandes prejuízos aos agricultores

24.04.2018 | 20:59 (UTC -3)
Dayane Pozzer

Nesta safra 2017/18, a Ferrugem asiática, uma das doenças mais severas da cultura da soja, voltou a aparecer. Virou notícia e causou grandes prejuízos aos agricultores, com maior número de ocorrências no sul do Brasil. Os primeiros registros, assim como nas últimas safras, foram a partir da segunda quinzena de novembro em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. No Mato Grosso, as primeiras ocorrências aconteceram após a segunda quinzena de dezembro.

Uma das condições que contribuíram para a maior incidência da ferrugem nesta safra foi a dificuldade na aplicação de fungicidas para o controle da doença, em razão de chuvas frequentes na região sul no final de dezembro e início de janeiro. O período chuvoso ocasiona atrasos nas aplicações e aumento de intervalos entre elas. Além do imprevisto climático, os produtores ainda enfrentam, nos últimos anos, a menor sensibilidade do fungo aos três principais grupos de fungicidas com modo de ação específico para a ferrugem.

Entre as ferramentas existentes para o produtor lidar com a doença estão as cultivares de soja com resistência à ferrugem. No mercado desde 2008, as cultivares com a Tecnologia Inox saem na frente, pois a ferramenta auxilia o produtor no combate a esse problema no campo e melhora a produtividade em condições onde a doença está presente. A Tecnologia Inox foi desenvolvida pela Tropical Melhoramento & Genética (TMG), empresa nacional que tem em seu portfólio de sementes de soja várias opções com resistência à ferrugem.

Um dos últimos lançamentos da empresa foi a TMG 7067IPRO, que traz a junção da Tecnologia Inox com a Tecnologia Intacta RR2 PRO, resistente às lagartas e ao herbicida glifosato. A cultivar foi desenvolvida para o sul do Brasil e adaptada ao cerrado, onde está apresentando excelente performance, com destaque para seu alto teto produtivo aliado à precocidade, além de características como alto peso de grãos e boa capacidade de engalhamento, essa última mais evidente em Goiás e norte de Mato Grosso do Sul.

Para o produtor rural de Silvânia (GO), Walter Brandtner, a TMG 7067IPRO é um “material fantástico” (palavras do produtor). Ele também ressaltou, em vídeo gravado no talhão da cultivar durante a colheita, seu sistema radicular “extremamente avantajado” e o alto peso de grãos. O agricultor fez a colheita com 105 dias em área de 65 hectares e obteve a produtividade de 79 sacas por hectare. “Talvez um dos melhores materiais que temos no mercado, à disposição do produtor de Goiás”, pontuou ele.     

Sua rusticidade também se destacou, na opinião do produtor Ricardo Bortoluzzi, de São Gabriel do Oeste, município situado na região norte de Mato Grosso do Sul. Ele colheu 79,9 sc/ha, em 93 ha de área com a cultivar. “A variedade também nos surpreendeu pelo pouco ataque de doenças de final de ciclo, como a mancha alvo”, relatou.

Já Cid Ricardo dos Reis, do Grupo Bom Futuro Agrícola, explica que a cultivar, já destaque em ensaios na safra 2016/17, quando foi campeã, continuou com bom desempenho nos ensaios desta safra e na área comercial do Grupo, em Campo Verde (MT). O resultado foi de 73,5 sc/ha em 351 ha. “Vai se tornar umas das nossas principais opções de cultivar superprecoce e para antecipar o plantio de algodão segunda safra”, acrescentou.    

Além de Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, a TMG 7067IPRO também se destacou em mais estados da região do cerrado, como a Bahia, além do sul do Brasil. Em São Desidério (BA), na área de 1,2 ha de Augusto Montani, a produtividade foi de 76,5 sc/ha. Para mais informações sobre a cultivar e a compra de sementes, o produtor pode entrar em contato com os consultores da empresa e acessar o site em www.tmg.agr.br.

 

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