Comissão estuda linha de crédito especial para regularização de dívidas rurais

Uma das cadeias que está mais mobilizada pela aprovação da proposta de repactuação é a da produção de arroz

24.05.2018 | 20:59 (UTC -3)
Assessoria de Comunicação CNA

Os produtores rurais brasileiros poderão contar com uma linha de crédito especial para renegociar débitos com instituições financeiras. A proposta será avaliada nas próximas semanas, assim que Governo e as equipes técnicas dos bancos ajustarem a proposta apresentada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à Comissão Externa sobre Endividamento Agrícola (Cexagri) da Câmara dos Deputados.

As condições foram debatidas em um encontro  na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), na quarta-feira (23/05). A reunião também contou com a presença de representantes dos Ministérios da Fazenda e da Agricultura, da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz).

“Saímos satisfeitos da reunião. Esperamos um encaminhamento que seja sustentável e que solucione o problema para todos. A inadimplência do produtor rural é ruim para ele mesmo e para o sistema financeiro também”, afirmou o presidente da Farsul, Gedeão Pereira.

O objetivo da linha é alongar o prazo de reembolso para os produtores que tiveram sua capacidade de pagamento impactada em função de problemas climáticos, preços mínimos ou contingenciamento de mercado. A expectativa é de que a renegociação dentro das novas condições já possa ser feita a partir de julho, dentro do próximo Plano Safra. Uma das cadeias produtivas que está mais mobilizada pela aprovação da proposta de repactuação é a rizicultura.

“Existe um grande número de produtores de arroz que está dependendo desse alongamento. O problema do arroz é complexo e passa por uma questão estrutural. Isto justifica o nosso pedido de um prazo compatível e também um juro que não onere tanto um setor que está com uma falta de renda muito grande”, disse o vice-presidente da Federarroz, Alexandre Velho.

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