Como minimizar os impactos da seca e do calor excessivo no café

Condições climáticas de algumas regiões afetam a recomposição de energia da planta.

28.09.2017 | 20:59 (UTC -3)
Camila Castro

A temporada de seca e calor excessivo que atinge, principalmente, a região sul de Minas Gerais, o triângulo mineiro e o norte do estado de São Paulo, tem deixado os produtores de café preocupados. A situação adversa aliada ao momento do ciclo produtivo da cultura, após a colheita, deixa o cafeeiro debilitado, podendo ocasionar até mortalidade das plantas.

Nesta fase, o vegetal precisa recompor energia após estresse causado pela colheita e também para lançar a primeira florada, etapas que se encontram bem afetadas pelas atuais condições climáticas. "Em uma situação como essa, o cafeeiro utiliza suas reservas energéticas para sobreviver e fica enfraquecido", alerta o engenheiro agrônomo Marcus Agnolo, gerente especializado em café da Alltech Crop Science.

Para auxiliar a planta a manter o desempenho diante do período de seca e calor excessivo, aplicações preventivas de soluções naturais à base de aminoácidos podem ser aliadas dos produtores, contribuindo com as funções vitais do cafeeiro. “A utilização desses compostos logo no pós-colheita funciona como uma ‘injeção na veia’, já que é um aporte energético de rápido resultado. Isso auxilia a planta a suportar melhor esse período de seca e manter, ainda que minimamente, as suas funções fisiológicas”, explica Agnolo.

Segundo o especialista, caso o produtor não tenha feito o aporte nutricional logo após a colheita e teve sua lavoura afetada pela seca, o ideal é aguardar a chegada das chuvas. “A primeira coisa a se fazer quando as chuvas voltarem é a aplicação de aminoácidos para recompor as funções vitais das plantas que se encontram debilitadas”, finaliza o agrônomo.

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