Congresso Brasileiro do Agronegócio apresentará o Plano de Estado 2030 para fazer do Brasil o maior produtor mundial de alimento

Expectativa dos organizadores é de receber aproximadamente 800 pessoas no evento que ocorre em agosto, em São Paulo

16.07.2018 | 20:59 (UTC -3)
Noemi Oliveira

No painel de encerramento da  edição 2018 do Congresso Brasileiro do Agronegócio, que será promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) e a B3 – Brasil, Bolsa, Balcão no dia 6 de agosto, em São Paulo, será apresentado o documento Plano de Estado - 2030. Organizado por importantes entidades do agronegócio brasileiro, com dimensões e ambições inéditas, tem como principal meta tornar o Brasil, em dez anos, o maior e melhor produtor mundial de alimentos.

Tendo por tema 2019: Novo Governo e Prioridades, o painel discutirá a concretização da ideia norteadora de contribuir para a segurança alimentar sustentável do Planeta, condição considerada indispensável para se garantir a paz no mundo, pois onde não há fome, fica mais fácil alcançar a paz.

Nesse sentido, o Plano aborda o desafio de atender alguns pressupostos. Na macroeconomia, por exemplo, a prioridade é manter rigidamente a inflação em níveis que permitam previsibilidade na economia, de forma a sustentar o processo de crescimento. Nesse sentido, o setor deverá apoiar e lutar pela necessária reforma da previdência, seguida das reformas tributária e política. No plano internacional, cabe ao país desenhar uma tática para fazer do agronegócio um ativo estratégico, de forma a exportar produtos com maior valor agregado.

Tanto para o desenvolvimento interno, quanto para atingir as metas internacionais, a gestão do agro, o empreendedorismo e a coordenação das cadeias produtivas dependem de um sistema educacional sólido que, em todos os níveis, assegure maior eficiência em todos os seus elos.

Em termos de sustentabilidade, o Plano pressupõe a utilização de áreas limitadas, mas já antropizadas na Amazônia para produção agrícola; a recuperação de pastagens degradadas no Cerrado e a geração de conhecimento para analisar os desafios e as potencialidades da Caatinga. Ainda nessa área é indispensável um esforço para aumentar a eficiência dos motores automotivos para o maior uso de etanol, com ênfase em políticas públicas para estimular tecnologia voltada, principalmente para o transporte coletivo e de carga. No caso do biodiesel, o aumento gradual da mistura obrigatória e conservação do Selo Combustível Social. Além disso, o Programa Renovabio precisa ser regulamentado.

Vale destacar também que, para incrementar o desenvolvimento sustentável, ganha relevância o papel de inclusão social e econômica representado pelo cooperativismo. Sendo assim, devemos privilegiar todas as ações voltadas para seu fortalecimento, especialmente o Programa de Capitalização de Cooperativas de Crédito, que necessita ser transformado em política pública permanente.

Por fim, o Plano de Governo salienta ser necessária uma melhor coordenação entre os vários órgãos responsáveis pela execução das políticas voltadas para o agro. Com a ausência de diretrizes e planos de médio e longo prazos, inexiste mecanismos de avaliação. Cabe fortalecer garantias de renda ao produtor (seguro rural); atualização e instrumentos de intervenção no mercado; além de revitalização da assistência técnica e extensão rural. Uma melhor coordenação interna do setor, pressupõe também aperfeiçoar sua comunicação com a sociedade para superar preconceitos históricos que afetam injustamente a imagem do Agro no Brasil.

Além da apresentação do Plano de Governo - 2030, o Congresso Brasileiro do Agronegócio, cujo tema principal será Exportar para Sustentar, debaterá no 1º painel Fontes de Financiamento para o Agronegócio, tendo em vista que o setor deverá entrar no circuito dos aportes estrangeiros, principalmente nas áreas de infraestrutura e logística. Os riscos geopolíticos do Brasil e da América do Sul passam por soluções e estratégias na área financeira para atrair capitais com longo prazo de maturação. Teremos uma visão de diferentes players do mercado, abordando as vantagens e desvantagens das diferentes opções de financiamento.

O 2º painel, cujo tema será Comércio Exterior: Limites e Oportunidades, avaliará como o Brasil se posicionará em um cenário internacional, cujas negociações estão cada vez mais difíceis. Nenhum país quer abrir mão de sua segurança alimentar, com a importação de mais produtos.

A Palestra Inaugural fará uma reflexão sobre a Geopolítica e Mercado internacional: impactos para o Brasil.  O contexto contemporâneo é de grandes mudanças na estrutura do sistema de poder mundial. Existem efeitos contraditórios no crescimento e na integração global. A emergência econômica de novos países e as aceleradas mudanças tecnológicas terão fortes implicações na posição relativa nacional.

O Congresso Brasileiro do Agronegócio também prestará algumas homenagens, por meio dos seus já tradicionais prêmios. Para este ano, no Prêmio Norman Borlaug, a escolhida foi a consultora em Biossegurança e Biosseguridade, Leila dos Santos Macedo e para o Prêmio Ney Bittencourt de Araújo, foi o Presidente da CNA – Confederação Nacional da Agricultura, João Martins da Silva Junior.

A expectativa da ABAG e B3 é receber aproximadamente 800 pessoas, um seleto público formado por empresários, executivos de empresas, gestores públicos ligados ao agronegócio, além de especialistas, consultores, lideranças setoriais, pesquisadores, produtores rurais e profissionais dos vários segmentos da cadeia produtiva do agronegócio. 

Serviço:

Congresso Brasileiro do Agronegócio Abag e B3 – Exportar para Sustentar

Data: 6 de agosto de 2018

Horário: das 8hs às 19h00

Local: Sheraton WTC São Paulo Hotel

As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo site www.cbaabagb3.com.br

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