Controle de plantas daninhas no treinamento da OCB

​​Aprimorar técnicas para o controle de plantas daninhas e a eficiência na aplicação de herbicidas foram os objetivos do segundo módulo da capacitação Embrapa e OCB, realizado na Embrapa Trigo (Passo Fundo,

25.05.2018 | 20:59 (UTC -3)
Joseani M. Antunes​

Aprimorar técnicas para o controle de plantas daninhas e a eficiência na aplicação de herbicidas foram os objetivos do segundo módulo da capacitação Embrapa e OCB, realizado na Embrapa Trigo (Passo Fundo, RS), nos dias 22, 23 e 24 de maio. Entre os temas apresentados estavam identificação de plantas daninhas, alelopatia, ação e resistência a herbicidas, além de atividades práticas sobre aplicação e manejo na lavoura. 

O controle de plantas daninhas parte do diagnóstico realizado na lavoura, ou seja, da identificação das espécies, da quantidade de infestação ou até mesmo se houver plantas grandes que sobraram da dessecação. Por outro lado, o domínio da tecnologia de aplicação é fundamental para assegurar a correta aplicação, com segurança ambiental, social e humana, bem como a obtenção de resultados econômicos positivos. 

De acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo, Leandro Vargas, de forma geral, o controle é mais eficiente quando as plantas daninhas ainda estão pequenas. Segundo ele, o método mais utilizado para controlar as invasoras é o químico, por meio do uso de herbicidas. Assim, após fazer o mapeamento plantas daninhas presentes em cada área, é fundamental que se conheça as especificações dos produtos antes de sua utilização. 

A consolidação das cultivares transgênicas facilitou o controle de plantas daninhas. No entanto, plantas resistentes a herbicidas tem se estabelecido e obrigado ao reposicionamento e novo entendimento para o emprego de manejo integrado. Na busca pelo controle mais barato, o produtor acaba repetindo os produtos e trazendo a resistência de plantas daninhas. Para o melhor controle, é preciso usar sementes livres de plantas daninhas, limpar bem a semeadora, eliminar invasoras de área próximas, como cercas e bordas da lavoura, investir na rotação de culturas e utilizar herbicidas com diferentes mecanismos de ação. 

O domínio da tecnologia de aplicação é fundamental para assegurar a correta aplicação, com segurança ambiental, social e humana, bem como a obtenção de resultados econômicos positivos. Para que isso ocorra, torna-se necessário que técnicos e produtores conheçam bem os parâmetros relacionados com as pulverizações. É fundamental saber quais os bicos adequados para cada aplicação e os métodos de calibração e aplicação dos diversos tipos de pulverizadores utilizados no campo, pois, o sucesso do controle de plantas daninhas depende muito da qualidade da aplicação do produto químico. Apenas comprar um pulverizador moderno não basta. É preciso atentar para as regulagens do equipamento que vão determinar uma boa aplicação, como o sistema de filtragem, a escolha da ponta mais adequada, o alvo, as condições climáticas no momento, e outros. Uma alternativa é a pulverização eletrostática, que otimiza a deposição dos defensivos e reduz as perdas para o solo em até 20 vezes quando comparadas com uma pulverização convencional.

Vale lembrar que a cobertura do solo e a palhada ainda são os melhores herbicidas. O indicado é colher uma cultura e semear outra na sequência. Em caso de infestação na colheita, é importante a aplicação de um herbicida pré-emergente. 

Os custos de controle de uma área infestada com plantas daninhas cobrem os gastos com a implantação de uma cultura de inverno. Somente com o pousio no inverno, serão necessárias duas aplicações de herbicidas na pré-semeadura de verão.

As orientações do segundo módulo da capacitação Embrapa-OCB contaram com os pesquisadores Leandro Vargas (Embrapa Trigo), Fernando Adegas (Embrapa Soja), André Ulguim (UFSM) e Lucas de Oliveira (COAMO). Participaram das atividades 35 profissionais dos departamentos técnicos das cooperativas Camnpal, Coasa, Cotrijal, Coagrisol, Copermil, Cotriel, Auriverde, Cotricampo, Cooperalfa, Cotripal, Cotribá, Coagril, Frísia e Cotapel.


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