Cooperativismo gaúcho fatura R$ 48 bilhões na contramão da crise econômica

Dados foram divulgados durante o Tá na Mesa da Federasul desta quarta-feira (3)

03.07.2019 | 20:59 (UTC -3)
Neusa Galli Fróes

No balanço divulgado nesta quarta-feira (3) durante o Tá na Mesa da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) pelo Sistema Ocergs/Sescoop-RS, o cooperativismo gaúcho se mostrou inabalável mesmo em meio ao cenário de instabilidade econômica no Estado e no País. Em 2018, o setor teve faturamento recorde de R$ 48,2 bilhões, significando um aumento de 12,13% em comparação com 2017.

A presidente da Federasul, Simone Leite, parabenizou o presidente do Sistema Ocergs/Sescoop-RS, Vergilio Perius, pelo resultado significativo. “Saudamos o cooperativismo gaúcho, que através do seu trabalho gera empregos e movimenta a economia, mesmo com a crise econômica que estamos vivendo”, afirmou.

Perius salientou que o motivo do crescimento do setor é a união de todos os cooperados para enfrentar as dificuldades e a valorização das pessoas. “As cooperativas se enraizaram nas comunidades e lá permanecem, gerando renda em meio à crise”, ressaltou.

As 437 cooperativas gaúchas dos 13 ramos de atividades econômicas geraram no último ano 63,8 mil empregos diretos, sendo que mais de 90% deste montante representam os ramos do agronegócio, da saúde e do crédito. As cooperativas agropecuárias formam o segmento economicamente mais forte, com 128 cooperativas que congregam 350 mil produtores associados e 36,6 mil empregos diretos gerados. O faturamento foi de R$ 31,7 bilhões em 2018, representando um aumento de 19,22% em relação ao período anterior.

No ramo de Crédito, foi registrado lucro de R$ 7,6 bilhões em 2018. Na captação de recursos, o crescimento de 24% dos depósitos a prazo no período de 2016 a 2018 demonstra a confiança dos associados no sistema cooperativista. Já a Saúde, ramo do cooperativismo presente em todo o Rio Grande do Sul, obtiveram lucro de R$ 6,8 bilhões, representando um crescimento de 5,7% em relação a 2017.

Sobre as reivindicações do setor cooperativista, Vergilio Perius destacou que o governo federal precisa ter um olhar mais atento ao acesso do sinal de internet para a população rural. Desta forma, o cooperado não precisará se deslocar por vários quilômetros para emitir a nota fiscal eletrônica. “Além disso, apesar de nossos jovens quererem continuar no campo, a internet é um importante atrativo para que eles permaneçam lá”, frisou.

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